domingo, 29 de julho de 2012

A POLÊMICA DO USO DO VOCABULÁRIO PRESIDENTA E/OU PRESIDENTE.

Vamos aprofundar este debate?



Sua Excelência, a Senhora “PRESIDENTA” Dilma Rousself ordenou para o Diário Oficial da União que lhe fosse adotado o vocábulo “Presidenta” e não Presidente nos atos e despachos da governabilidade.


As feministas do governo gostam do tratamento de presidenta, enquanto que, as conservadoras, a maioria, preferem o tratamento de Presidente, já adotado por jornais, revistas e emissoras de rádio e televisão. Na verdade, a ordem partiu diretamente da Sua Excelência Dilma Rousself: ela quer ser chamada de Presidenta. E ponto final.




Por oportuno, este blog dar conhecimento aos leitores de um texto sobre este assunto e que foi postado na internet pelo leitor Hélio Fontes, de Santa Catarina, intitulado: Olha "a" “Vernácula”! Vejam:

No português existem os particípios ativos como derivativos verbais. Por exemplo: o particípio ativo do verbo atacar é atacante, de pedir é pedinte, o de cantar é cantante, o de existir é existente, o de mendicar é mendicante… Qual é o particípio ativo do verbo ser? O particípio ativo do verbo ser é ente. Aquele que é: o ente. Aquele que tem entidade. Assim, quando queremos designar alguém com capacidade para exercer a ação que expressa um verbo, há que se adicionar à raiz verbal os sufixos ante, ente ou inte. Portanto, à pessoa que preside é PRESIDENTE, e não “PRESIDENTA”, independentemente do sexo que tenha. Se diz capela-ardente, e não capela 'ardenta'; se diz estudante, e não 'estudanta'; se diz adolescente, e não 'adolescenta'; se diz paciente, e não 'pacienta'.

Um bom exemplo seria: 'A presidenta se comporta como uma adolescenta pouco pacienta pensando ser eleganta por ser agora a representanta. Esperamos vê-la sorridenta, numa capela - ardenta, pois esta dirigenta, em atitude barbarizenta, não tem o direito de violentar o português.

A redação deste blog gostaria de saber o opnião dos nossos leitores, professores da língua portuguesa, estudantes e demais apaixonados sobre o tema exposto.

sábado, 28 de julho de 2012

SECRETÁRIO DE EDUCAÇÃO FALA SOBRE PREMIAÇÃO DE 14º E 15º SALÁRIOS PARA ESCOLAS ESTADUAIS.



O Secretário de Educação do Estado, Harrison Targino, explicou como funciona o prêmio Mestres da Educação e Escola de Valor, lançado na última segunda-feira. 23 de Agosto em solenidade no Salão Nobre do Palácio da Redenção. Os prêmios fazem parte do Plano de Gestão Paraíba Faz Educação, lançado em agosto de 2011.


Nesta segunda edição do prêmio, um professor pode receber até um 15º salário. “A escola que tiver um desempenho superior em comparação ao ano passado, seus funcionários receberão um 14º salário, desde o diretor da escola até o porteiro, todos recebem o 14º“.
“Além disso, existe a premiação individual para os professores. O profissional que conseguir transmitir o conhecimento de forma eficiente e diferenciada vai receber um salário extra, podendo acumular se a escola em que trabalha receber também. Assim, ficando com um 15º salário”, declarou.
“Um grande esforço do governador Ricardo Coutinho e do Estado. Uma grande premiação que valoriza as boas práticas, estimula as boas ações e assim melhoramos o desempenho das escolas públicas na Paraíba”, garantiu o secretários.
Redação: Pedro Callado / Fernando Braz


OBSERVAÇÃO:


A questão é o seguinte: Depois da tumultuada sessão ocorrida na Assembleia Legislativa na última quarta-feira, 25 de Agosto, será que àqueles professores comprometidos com a qualidade do ensino público, vão encontrar forças, fôlegos para enfrentar a falta de ânimo da grande maioria dos trabalhadores da educação existentes nas escolas?


Todos os servidores da educação estão indignados com a ausência dos deputados estaduais: André Gadelha (PMDB); Daniella Ribeiro (PP); Márcio Roberto (PMDB), e este último só entrou no plenário após a votação. Também registramos nosso repúdio aos 10 deputados que votaram em branco, tendo alguns deles posteriormente a votação dado desculpas chulas de politiqueiros que não sabem honrar o seu mandato para servir o bem comum. É uma pena que as velhas praticas dos coronéis roteiam a Casa do Povo.
Deputado Janduhy Carneiro

Mas, parabéns ao Deputado Janduhy Carneiro pela postura de homem público tomada na defesa dos paraibanos, em especial os trabalhadores da educação, e nossos votos de aplausos aos 18 deputados estaduais que votaram favoráveis à derrubada do veto, à medida provisória 196/2012, conhecida como MP do Magistério.


Também registramos nossos repúdios aos 10 (dez) deputados estaduais que votaram em branco e os que se ausentaram da sessão. Será que, assim como o Tiririca, analfabeto de pai e mãe, eles nunca tiveram a lição dos principio da moral e dignidade absoluta? Por que será que o ato de fazer política necessariamente trilha pelo caminho da corrupção ou o jogo do toma lá da cá? “Volte” to fora desses cínicos e sangues suga”.


Mais uma vez o governo Ricardo Vieira Coutinho e a base governista souberam usar as cartas da manga, ou seja, se utilizou do Regimento Interno, para vencer a oposição apesar de um placar apertado, pois seriam necessários 19 votos para que a emenda apresentada pelo Deputado Janduhy Carneiro derrotasse o veto do governo. Para tristeza da categoria saímos derrotados de uma etapa da luta, mas não perdemos a guerra. Ela continua como mais força e novos horizontes. Vamos manter a categoria mais unificada e planejar e participação às lutas para uma vitória esmagadora nas próximas batalhas.  Vamos à luta companheiro!

É como disse o poeta Raul Seixas: “Sonho que sonha só é um sonho, mas sonho que sonha junto é realidade”.

"O povo pode até não saber votar, mas o povo sabe em quem não votar" - João Costa, Jornalista.

Redação: Tadeu Patrício, Educador.





sábado, 21 de julho de 2012

ÚLTIMAS PALAVRAS DO REI DO BAIÃO NO PALCO COMO ARTISTA:


Capitulo Final

 


Sanfona Branca, Chapéu e Gibão de Luiz Gonzaga

A última entrevista concedida por Luiz Gonzaga a imprensa, foi para o jornalista Gildson Oliveira, no dia 02 de junho de 1989. Recife foi o local escolhido por Luiz Gonzaga para passar seus últimos momentos de vida.  


Centro do Recife - PE


OBSERVAÇÃO: Vídeo da retrospectiva artística e da uma entrevista de Luiz Gonzaga.



O último show de Luiz Gonzaga foi realizado no dia 06 de junho de 1989 no Teatro Guararapes do Centro de Convenções de Recife, lugar com capacidade para receber 5.000 espectadores, onde recebeu homenagens de vários artistas do país. Antes de finalizar o show, o Rei do Baião proferiu estas palavras abaixo:              
Platéia do Teatro Gaurarapes

“Boa Noite minha gente! (…) Minha gente, não preciso dizer que estou enfermo. Venho receber essa Homenagem. Estou feliz, graças a Deus, por ter conseguido chegar aqui. E estou até melhor um pouquinho. Quem sabe, né? Quero ser lembrado como o sanfoneiro que amou e cantou muito seu povo, o sertão; que cantou as aves, os animais, os padres, os cangaceiros, os retirantes, os valentes, os covardes, o amor. Este sanfoneiro viveu feliz por ver o seu nome reconhecido por outros poetas, como Gonzaguinha, Gilberto Gil, Caetano Veloso, Alceu Valença Jorge de Altinho, Nando Cordel e outros. Quero ser lembrado como o sanfoneiro que cantou muito o seu povo, que foi honesto, que criou filhos, que amou a vida, deixando um exemplo de trabalho, de paz e amor. Ah! Quero ser lembrado como o sanfoneiro que amou e cantou muito seu povo, o sertão; que cantou as aves, os animais, os padres, os cangaceiros, os retirantes, os valentes, os covardes, o amor. Gostaria que lembrassem que sou filho de Januário e dona Santana. Gostaria que lembrassem muito de mm; que esse sanfoneiro amou muito seu povo, o Sertão. Decantou as aves, os animais, os padres, os cangaceiros, os retirantes. Decantou os valentes, os covardes e também o amor. (…) Muito obrigado.”
Na quarta feira, 21 de junho de 1989, às 10:00h, o velho Lua foi levado às pressas ao Hospital Santa Joana, permanecendo 42 dias internado, aonde veio a falecer. Palavras de Luiz Gonzaga na UTI do hospital: “Vocês não me levem a mal, sinto muitas dores e gosto de aboiar quando deveria gemer.” Luiz Gonzaga travava naquele hospital uma luta imensa contra a morte, e o Brasil todo ficava cada vez mais preocupado com o estado de saúde de seu maior defensor. Luiz Gonzaga não resistiu, o Brasil e o mundo ficou enlutado com o seu último suspiro. A Asa Branca da Paz voava para a eternidade deixando um grande exemplo de vida a ser seguido.
A MORTE DO REI DO BAIÃO:
Hospital Santa Joana - Recife - PE


A viúva Dona Helena das Neves Cavalcanti em seu último Adeus ao Rei do Baião.
O Rei do Baião faleceu numa quarta-feira, dia 02 de agosto de 1989, às 5:15 minutos da manhã, no Hospital Santa Joana, em Recife. Foi na Veneza Brasileira que Luiz Gonzaga dava seu último suspiro. Seu corpo foi velado na Assembléia Legislativa de Recife nos dias 02 e 03. Após a realização da santa missa de corpo presente pelo cardeal Dom Helder Câmara, o caixão foi fechado às 9:45 minutos da manhã da quinta-feira e conduzido até onde estava o caminhão do corpo de bombeiros do Estado de Pernambuco.
Dom Helder Câmara e Gonzaguinha nos preparativos da Missa no Recife - PE.
Depois que colocaram o caixão do Rei do Baião em cima do caminhão do corpo de bombeiro, já era 10:00 horas daquela manhã enrolarada, e a multidão saiu acompanhando o carro pelas principais ruas do centro do Recife, até chegar ao aeroporto dos Guararapes, deonde um avião o levaria até o Juazeiro do Norte para cumprir a vontade do artista de ser velado na terra do Pe. Cícero do Juazeiro de quem ele era devoto.      
Mas houve um atrazo no percurso no Recife de aproximadamente 04 horas e o avião só pousou no aeroporto do Juazeiro do Norte/CE por voltas das 15:15 minutos da tarde, onde uma multidão aguardava o corpo de Luiz Gonzaga. E foi ali mesmo na pista do aeroporto que o Rei do Baião recebeu diversas homenagens de violeiros, poetas e fás do artista. Após ser velado pela multidão, à tardinha, por volta das 17:00 horas o avião novamente decolou com destino ao Exu sua terra natal, levando o corpo do Rei do Baião.                
No entanto, a família de Gonzaga queria levá-lo direto para o Exu-PE. Mas o filho Gonzaguinha disse as seguintes palavras ao chegar no aeroporto de Juazeiro: “TUDO BEM, VAMOS ENTRAR NA CIDADE. SE O POVO QUER, QUE PODEMOS FAZER?”
Ao anoitecer da quinta-feira, dia 03 de agosto de 1989, finalmenete o corpo do Rei do Baião chegou a sua terra natal, a querida Exu/PE. Lá foi velado na Igreja Matriz de Exu Bom Jesus dos Aflitos, durante o restante da noite do dia 03 de agosto e durante o dia 04 de agosto.        
Última Missa de corpo presente na Matriz do Exu/PE.

Após a missa de corpo presente e a última homenagem prestada pelo amigo e músico Dominguinhos e o jovem músico Waldonys, conduziram o caixão para o sepultamento no Cemitério São Raimundo às 15:45 minutos. Das centenas de coroas de flores que estavam espalhadas na Matriz do Exu, oferecidas por fãs de Luiz Gonzaga, estava uma do repórter Gildson Oliveira que transcreveu a seguinte mensagem:       “Amado Lula: o silêncio acende a alma… O País canta sua voz… Os pássaros se entristecem com a partida da Asa Branca, mas fica em nossos corações a sua história. E a nossa festa é esta. Quem crê em Cristo, mesmo que esteja morto viverá.”      
O corpo de Luiz Gonzaga foi levado no carro corpo de bombeiros, passando por diversas ruas da cidade rumo ao Cemitério São Raimundo, local onde aconteceram as últimas manifestações de carinho, àquele que só foi alegria. O caixão só desceu a sepultura depois que Gonzaguinha, Dominguinhos, Alcimar Monteiro e mais de 20 mil pessoas cantarem a música ASA BRANCA, e às 16:50 minutos sepultaram o Rei do Baião que foi embalado no seio da terra na sexta feira, no mesmo dia da semana, que ele nasceu. Uma outra coincidência é que ele morreu no amanhecer do dia, assim como ele nasceu no amanhecer do dia 13 de dezembro de 1912.    Observação: Vídeo da Missa celebrada por Dom Helder Câmara no Recife, cortejo e chegada do corpo de Luiz Gonzaga ao Juazeiro do Norte/CE.           
  Observação: Vídeo da chegada do corpo de Luiz Gonzaga em Exu/PE, Missa e Sepultamento.           
     
Mausoleu do Gonzagão
LIVROS LANÇANDOS APÓS A MORTE DE LUIZ GONZAGA:
Em 1990 foi lançado pela Editora Martin Claret o livro LUIZ GONZAGA, VOZES DO BRASIL. O filho de Luiz Gonzaga, Gonzaguinha Jr. depois de ter passado 15 dias em Exu/PE falando aos familiares e amigos sobre a preservação do Parque Aza Branca, veio a falecer subitamente por ocasião de um acidente automobilístico que aconteceu na manhã do dia 29 de abril de 1991, morrendo no mesmo dia do pai.
Em 1991, o jornalista Gildson Oliveira lançou o livro LUIZ GONZAGA, O MATUTO QUE CONQUISTOU O MUNDO. A viúva, Dona Helena Gonzaga, conhecida por “MADAME BAIÃO”, faleceu na manhã do dia 04 de fevereiro de 1993 na Casa Grande do Parque Aza Branca.
Em 1994, o cordelista Pedro Bandeira lança uma 2ª edição ampliada do livro LUIZ GONZAGA, NA LITERATURA DE CORDEL.
Em 1997, a Francesa Dominique Dreyfus lança o livro VIDA DO VIAJANTE: A SAGA DE LUIZ GONZAGA. Ainda em 1997 o professor Uéliton Mendes da Silva lança o livro LUIZ GONZAGA, DISCOGRAFIA DO REI DO BAIÃO.
No ano de 2000 a professora Sulamita Vieira, lança o livro SERTÃO EM MOVIMENTO – A dinâmica da produção cultural fruto de sua tese de doutorado. Ainda no corrente ano a professora Elba Braga Ramalho lançou o livro LUIZ GONZAGA: A Síntese Poética e Musical do Sertão. Fruto de sua tese de doutorado na University of Liverpool, na Inglaterra.
Em dezembro 2001 o jornalista Gildson Oliveira, grande admirador do Rei do Baião, escreveu um livro, intitulado: “LUIZ GONZAGA, O ASA BRANCA DA PAZ” que foi apresentado a Chiquinha Gonzaga, irmão do Rei do Baião, e recebeu dela a aprovação do trabalho.
FOTOS DO PARQUE AZA BRANCA:
Vista área do Parque Aza Branca.
BR. Aza Branca - Acesso ao Parque
Lago do Parque Aza Branca
Entrada do Parque Aza Branca
Casa Grande de Luiz Gonzaga
Palco para show artísticos
Pátio da Praça do Parque Aza Branca
Museu Luiz Gonzaga, Rei do Baião
Palco dos Trios Pé de Serra
Restaurante Assum Preto
MATRIZ DO DISTRITO DO ARARIPE REFORMADA POR LUIZ GONZAGA:
Igreja São João do Carneirinho - Araripe/PE
Vitral restaurado por Luiz Gonzaga.
Altar reformado por Luiz Gonzaga.
Grupo Escola construído por Luiz Gonzaga no povoado do Araripe.


Observação: Vídeo do Jornal Nacional e depoimentos de grandes atores da rede Globo.



CONCLUSÃO:
E eu professor Tadeu Patrício, pesquisador da cultura popular e admirador da obra artística de Luiz Gonzaga, eterno Rei do Baião, espero ter contribuído com estas informações colhidas nos diversos autores das biografias acima citadas, as quais tive acesso, bem como outros documentos. Encerro dizendo que, aprendi muito mais realizando esta prazerosa pesquisa, por isso quero dedicar este trabalho a memória de um amigo: Francisco Sales Urquiza da Nóbrega, que foi grande amigo pessoal e admirador de Luiz Gonzaga, e na década de 70 trouxe a Cabedelo, o Rei do Baião, tendo o mestre Lua participado aqui em Cabedelo de uma reunião na maçonaria e após este encontro fez uma apresentação no Cine Apolo no centro da cidade portuária.

sábado, 14 de julho de 2012

EXPOSIÇÃO DO ARTISTA E AMBIENTALISTA FRANS KRACJBERG



Estimados amigos, artes educadores, demais professores, alunos e agentes culturais: Encontra-se em exposição na Estação Cabo Branco, Ciências, Cultura e Artes, os trabalhos do ambientalista Frans Krajcberg intitulado – Natureza Extrema. A arte grita em favor do meio ambiente. Vale a pena conferir este trabalho.


 


Ah! Lembrem-se, a referida exposição está no anexo 3 da Estação Cabo Branco, no novo prédio inaugurado pela atual gestão, acesso gratuito.








De acordo com Lúcia França, Curadora Geral, a trajetória artística do ambientalista Frans Krajcberg e seu exemplo de vida denotam seu compromisso com a natureza. Por isso que, a Estação Cabo Branco em parceria com a Secretaria Municipal do Meio Ambiente firmaram o compromisso desta gestão com a cidade e acordaram com o artista o compromisso de plantar 5000 árvores.




Além desse gesto, também se realizou a 5ª Edição do Seminário o Grito de Krajcberg que contou com a participação do artista/ambientalista que é um dos pioneiros da arte ambiental do Brasil, e tem buscado uma ampla discussão do tema preservação ambiental. O seminário também contou além da palestra do Krajcberg, teve a participação do ilustre do escritor amazonense Thiago de Melo e da produtora Lucenilde Araújo, que lançou o Filme, O Grito, produzido pela jornalista Renata Rocha. O filme é narrado por Maria Betânia e a trilha sonora, assinada por Camilo Fróes e Jarbas Bittencourt. Toda essa programação aconteceu na Estação Cabo Branco no último dia 30 de Junho de 2012.



Os promotores do evento envolvidos com esta obra dão o tom da competente equipe organização do seminário, que consideram harmoniosa melodia que une amor pela cidade e, sobretudo compromisso com a vida e o planeta.



Agora a capital paraibano tem um espaço pensado para exposição de padrões internacionais, que abriu com chave de ouro as portas para o cidadão paraibano e para o mundo. Agora é só visitar, não paga nada para ter acesso a uma cultura de qualidade.





CONTEXTUALIZAÇÃO DA ARTE AMBIENTAL

            Surgiu no final da década de 1960, nos EUA, no contexto das rupturas artísticas propostas e praticadas pelo por arte, pelo minimalismo e pela arte conceitual, movimentos que se desdobraram em novas categorias estéticas, tais como: instalações, performances, arte processual, vídeo-arte, happenings.



            Para Sidney Azevedo, o conceito da arte ambiental é incorporado nos anos 70 ao vocabulário da crítica especializada, tendo um sentido amplo, designando obras e movimentos artísticos variados, onde suas criações artísticas se direcionam à natureza, à realidade urbana e também ao campo das novas tecnologias.





            As ações da arte ambiental têm a intenção de ultrapassar as limitações do espaço tradicional das galerias e museus, recusando o sentido comercial da arte. Sendo assim, a arte ambiental sinaliza uma tendência da arte contemporânea voltada às questões do espaço e do meio ambiente, abrangendo tanto o espaço natural quanto o criado pelo ser humano.


            Por que o homem destrói as riquezas naturais quando ele sabe que o planeta se consome e que sem elas sua própria vida será impossível?


            O naturalismo assim concebido implica não somente maior disciplina da percepção, mas também maior na abertura humana. No final das contas a natureza é, e ela nos ultrapassa dentro da percepção de sua própria duração. Porém, no espaço-tempo da vida de um homem, a natureza é a medida de sua consciência e de sua sensibilidade.





            O naturalismo integral é alérgico a todo tipo de poder ou de metáfora de poder. O único poder que ele reconhece é o, poder purificador e catártico da imaginação a serviço da sensibilidade, e jamais o poder abusivo da sociedade.




            Este naturalismo é de ordem individual. A opção naturalista oposta à opção realista é fruto de uma escolha que engaja a totalidade da consciência individual. Essa opção não é somente crítica, ela não se limite a exprimir o medo do homem frente ao perigo que ocorre a natureza pelo excesso de civilização industrial e a consciência planetária. Ela traduz o advento de um estado global da percepção, a passagem individual para a consciência planetária. Nós vivemos uma época de balanço dobrado. Ao final do século se junta o final do milênio, com todas as transferências de tabus e da paranoia coletiva que esta concorrência temporal implica – a começar pela transparência do medo do ano 1000 sobre o medo do ano 2000, o átomo no lugar da peste.


Trecho do Manifesto do Rio Negro, escrito por Pierre Restany (Alto Rio Negro, quinta-feira, 3 de Agosto de 1978. Na presença de Sepp Baendereck e Frans Kracjberg):


O que é o Trabalho da Exposição Arte Ambiental de Frans Kracjberg?



            A exposição Natureza Extrema, apresenta um conjunto de obras, por entre relevos e esculturas em madeiras, documentação fotográfica, que simbolizam um chamado mundial de conscientização. Nesta árdua e imperativa tarefa, seu trabalho artístico de descomunal força e plasticidade é mais eficaz do que o recurso de palavras. Mas é sem dúvida, com auxílio do Manifesto do Naturalismo Integral ou Manifesto do Rio Negro – expressão da consciência planetária, na definição do crítico Pierre Restany, que a obra de Kracjberg se elucida e se conceitua. A Natureza passa a ser vista como a medida da consciência e da sensibilidade, um regresso ao idealismo necessário à sobrevivência do homem, e uma resposta possível ao impasse da arte do século XXI, consequência do processo de desmaterialização do objeto.

            Seu trabalho em defesa do meio ambiente o transformou em um dos principais ativistas do planeta. Um homem solitário, um bravo, um enfurecido Don Quixote, cuja loucura diante da abominável realidade dos homens produziu silenciosos gritos que tomaram forma e voz através da arte. Frans Krajcberg: Natureza Extrema é uma maravilhosa oportunidade de celebrar a vida e a natureza e de conhecer o trabalho de um dos mais respeitados artistas e ambientalistas do mundo.


Quem é Frans Krajcberg?





Artista brasileiro, naturalizado em 1957. É pintor, gravurista, escultor e fotógrafo. Nasceu na Polônia em 1921 e sobreviveu os horrores da Segunda Guerra Mundial. Foi aluno de Willi Baumeister na Academia de Stuttgart e emigrou para o Brasil em 1947;

Prêmios recebidos:



Em 1957 conquistou o Prêmio de melhor escultor nacional na IV Bienal Internacional de São Paulo, e em 1967 o Prêmio da Cidade de Veneza na Bienal de Veneza, projetando-se internacionalmente a seguir;

Recebeu em 2021 o Grande Prêmio de Enku, no Japão, sendo-lhe atribuído o título de melhor escultor do Mundo;
Ativista ambiental que produziu em parceria com o crítico de arte francês Pierre Restany e o pintor Sepp Baendereck, o Manifesto do Rio Negro – Naturalismo Integral. De extrema importância para a compreensão da vida e obra de Krajcberg, o manifesto traz à tona um novo conceito de naturalismo e parte da constatação de que “no espaço-tempo da vida de um homem, a Natureza é a medida de sua consciência e de sua sensibilidade”, devendo a natureza original “ser exaltada como uma higiene da percepção, e um oxigênio mental: um naturalismo integral, gigantesco catalisador e acelerador das nossas faculdades de sentir, pensar e agir”.


Palavras para reflexões:


   
“Brevemente haverá apenas uma natureza vencida pelo homem, uma natureza destruída pelo homem, assassinada pelo homem”.  Autor - Frans Kracjberg




“Sou inteiramente ligado à natureza. Meu ser, minha vida, minha cultura são a natureza. Dela dependem minha sobrevivência e minha criatividade”. Autor - Frans Kracjberg.


Assista abaixo o Clip 1 da Música - SAL DA TERRA de Beto Guedes para refletir:



Assista abaixo o Clip 2 da Música - SAL DA TERRA no show musical que Beto Guedes comemora 50 anos de carreia com a participação da  Banda JOTA QUEST. Só pra curtir.

sexta-feira, 13 de julho de 2012

NA DÉCADA DE 70, LUIZ GONZAGA RETORNA AOS PALCOS

VI Capitulo


Neste capítulo estão postados os episódios mais importantes que marcaram a trajetória artística de Luiz Gonzaga, Rei do Baião. O seu retorno aos palcos agora é mais sofisticado do que antes nas décadas de 40 e 50. Veja o clip abaixo:


Em 1970, Luiz Gonzaga e Humberto Teixeira tem suas obras musicais incluídas na Coleção História da MPB, publicada pela editora Abril Cultural.  
Em 1971, Luiz Gonzaga recebeu o título de “Imortal da Música Brasileira”, pela TV TUPÍ do Rio de Janeiro.
Em 1972, Luiz Gonzaga recebe o Título de Cidadão de Caruaru. Neste mesmo ano os idealizadores do Movimento Tropicalismo do Brasil, Gilberto Gil e Caetano Veloso, proclamaram solenemente que a moderna canção popular brasileira tinha raízes também na arte atemporal de Luiz Gonzaga.   
 
O reencontro de Gilberto Gil com a música do criador do baião, através do disco As Canções de Eu, Tu, Eles, remete não só a presença de Luiz Gonzaga em seu repertório, mas, sobretudo, a forte e decisiva influência dos gêneros nordestinos sobre seu trabalho.  
No show tributo ao Rei do Baião.
A verdade é que, muito antes de ser atraído por João Gilberto, em 59, à época em que decidiu que o seu instrumento seria o violão, ele já havia, na infância, se encantado com Luiz Gonzaga, o que o levou a tocar sanfona. Esta influência da música nordestina está presente em boa parte do que tem produzido, desde as gravações anteriores ao movimento tropicalista em 1969 (Procissão, por exemplo), até o álbum conceitual Quanta, de 97, seu mais recente disco de autor. O Nordeste, aliás, é uma espécie de nave-mãe em dois dos melhores discos que gravou, Expresso 2222, de 72, e Refazenda, de 75.
No dia 24 de março de 1972, no Teatro Tereza Raquel do Rio de Janeiro, Luiz Gonzaga realiza um show musical intitulado: “Luiz Gonzaga Volta pra Curtir”, marcando assim a sua volta triunfal as paradas de sucesso. Naquela noite Luiz Gonzaga fez uma síntese falando de toda a sua carreira musical. E ainda declarou sua estima pelo o estado do Ceará, dizendo: “É por isso que eu costumo dizer que uma banda minha é pernambucana e a outra banda é cearense!”  
No ano de 1973, o Rei do Baião resolve deixar a RCA Victor e passa a gravar na Emi-Odeon. Ainda neste mesmo ano, Luiz Gonzaga recebe o Título de Cidadão Paulista das mãos do governador de São Paulo.   
Em 1975, o Rei do Baião conhece Maria Edelzuíta Rabelo, e esta amizade virou uma paixão ardente, este foi o motivo que levou Luiz Gonzaga a se corresponder com a jovem com o pseudônimo de Marcelo Luiz.
Maria Edelzuita Rabelo e Luiz Gonzaga
Em 1976, Luiz Gonzaga recebe na capital do ceará, Fortaleza o Título de Cidadão Cearense. Neste mesmo ano, a TV GLOBO promove a gravação de um show musical de Luiz Gonzaga que é exibido em rede nacional nos dias 13 e 20 de agosto de 1976, com o título de “Especial de Luiz Gonzaga”, tendo a participação do pai, seu Januário.
Em 1977, Luiz Gonzaga entrou na Versão Brasileira da Enciclopédia Universal Britânica. Neste mesmo ano o pai do rock brasileiro, Raul Seixas declara que tambéu bebeu na fonte musical de Luiz Gonzaga, que várias músicas de sua autoria tinham a batida do baião. Em uma entrevista dada ao programa da Gaby na Rede Manchete, Raul Seixas comentou sobre a incrível semelhancia existente entre Elvis Presley, o Rei do Rock Americano e Luiz Gonzaga, o Rei do Baião Brasileiro, que tanto a música country americana (caipira), produzida por Elvis Presley, como a música sertaneja brasileira (baião), produzida por Luiz Gonzaga tem tudo haver. Disse que, quando fez a música Let Me Sing Rock n´ Roll, foi criada a partir da sua observação entre os dois estilos, o blue americano e o baião brasileiro, que tanto Elvis Presley, como Luiz Gonzaga trazem na música esse jeito de cantarolar um quase falando acompanhado pelo instrumento, um a guitarra e o outro a sanfona.    
Em 11 de Junho de 1978, morre em um dos apartamentos do Parque Aza Branca, situado no município do Exu-Pernambuco, o pai de Luiz Gonzaga do Nascimento, seu Januário José dos Santos. De acordo com a pesquisa ele faleceu com 81 um anos em um dos duplex nos braços de um velho conhecido da família, Zé de Elvira. Abaixo video da reportagem da morte seu Januário, Pai de Luiz Gonzaga. É só clik.  
Em 1980 para alegria de Luiz Gonzaga, ele é convidado a cantar em Fortaleza/CE no estádio Castelão, para o Papa João Paulo II, que lhe agradeceu ao pegar em sua mão dizendo: “OBRIGADO, CANTADOR!”. Luiz Gonzaga fica envaidecido por episódio marcante em sua vida, já que é vem de uma família tradicional de formação católica.