domingo, 29 de dezembro de 2013

VENDA DE KOMBI SERÁ PROÍBIDO NO BRASIL E AS MONTADORAS TEM QUE ACABAR O ESTOQUE ATÉ 31 DE DEZEMBRO DE 2015.

Kombi modelo 2013
Após décadas carregando todo tipo de carga, a famosa Kombi está se despedindo do mercado. Sua produção será encerrada em 31 de dezembro de 2013 no Brasil, último lugar no mundo continua montando veículo da Volkswagen. No México, penúltimo país a manter a montagem do modelo, a produção acabou em 1995. Na Alemanha, onde foi lançada em 1950, a fabricação foi até 1979, mas foi interrompida por não atender a requisitos de segurança, mesmo motivo pelo qual será descontinuada no Brasil.


Kombi modelo 2013
      O Conselho Nacional de Trânsito (CONTRAN) recursou o pedido da Volkswagen e do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC para que a indústria continuasse a fabricar por mais dois anos o modelo sem incluir AIRBAG e freio ABS. Isso aconteceu porque, a partir de 1º de janeiro de 2014, todos os carros fabricados no país devem sair das montadoras com os dois itens de segurança.

Kombi modelo 2012

A decisão unânime do conselho sepultou, na prática, a sobrevivência da Kombi até o fim de 2015. O fim da fabricação não significa o término das vendas, uma vez que há estoques.



A Kombi foi lançada na Alemanha em 1950 e começou a ser produzida no Brasil em 1957. A exigência foi à deixa para que a indústria automobilística retirasse de linha modelos que são incapazes de incluir esses equipamentos, como Gol G4 e Uno Mille, além da Kombi. A própria Volkswagen comercializou duas séries especiais “last edition” da Kombi.





OPINIÃO DE MOTORISTAS QUE APROVAM A MEDIDA DE SEGURANÇA:




Uma pesquisa de opinião sobre a medida que irá exigir, a partir de 2014, que os carros fabricados no Brasil tenham que sair de fábrica com airbag e freio de ABS, apontou que a maioria dos motoristas é favorável. Até então, esses dois itens de seguranças eram opcionais.
Mesmo que a medida traga um aumento no valor dos carros, entre R$ 1 mil e R$ 1,5 mil, dependendo da marca do veículo, os consumidores estão aprovando por conta da segurança deles e dos passageiros, já que os dois itens reforçam a proteção para as pessoas que estejam dentro dos veículos.
Por outro lado, as montadoras vão ter que mexer na linha de produção, o que está condenado veículos tradicionais, que vão deixar de ser produzidos.
“Muito bom, muito válido, muito positivo. É proteção para todos nós, já deveria ter isso há muito tempo”, diz um executivo que preferiu não se identificar.
 No mercado de usados a tendência é de que os carros sem airbag e sem os freios ABS sofram uma desvalorização maior a partir de 2014, quando os carros fabricados no país terão que vir com esses equipamentos.

Com a obrigatoriedade do airbag e dos freios ABS as montadoras já avisam que alguns modelos que estão há décadas no mercado deixarão de ser produzidos.












quarta-feira, 25 de dezembro de 2013

TAPEROÁ/PB E SEUS ILUSTRES FILHOS CONHECIDOS PELA ARTE MUNDIALMENTE.


Taperoá/PB, terra dos meus avós, Afonso Correia, Júlia Correia e da minha família pelo lado materno! Tenho orgulho dos ilustres artistas desta terra que são raízes do meu cariri paraibano, a exemplo, o poeta Zé Vicente que pude conhecer pessoalmente; Abdias Farias (Fole 8 Baixo); Fubá de Taperoá (Cantor de Forró das décadas de 60 e 70); Zito Borborema (Cantor de Trio Forró Pé de Serra, onde também tocava triângulo e pandeiro destacou-se por ser um grande ritmista); Vital Farias e Ariano Suassuna dispensa comentários e Balduíno Lélis, que aos seus 81 ANOS: Uma vida dedicada à memória do povo paraibano.

Balduíno Lélis, filho de Taperoá/PB

Balduíno Lélis, paraibano, nascido em Taperoá no coração do semiário do Cariri Paraibano, dedicou sua vida à Cultura, Arqueologia, Paleontologia e a Preservação da Memória do Povo Paraibano, concluiu apenas o primário na escola Dona Antonia Lélis na sua cidade natal. Autodidata, aprendeu a falar Espanhol, Frances e Italiano e Merrime (Kanella) língua indígena (domínio para conversação).

Durante sua vida profissional tornou referência no país e no mundo, quando citado pela Enciclopédia Britânica pela relevância das pesquisas por ele realizadas sobre a cultura pré-histórica nos sítios arqueológicos da Itacoatiara do Ingá- PB. Lecionou na Universidade Federal da Paraíba e do Ceará e na Universidade de Tóquio no Japão, esteve como professor convidado para ministrar palestras sobre baleias pleistocênicas.

Aos seus oitenta e um anos vivendo na pacata cidade de Taperoá, deixa um grande legado para a cultura brasileira, onde pesquisou e implantou 14 museus, chamado pelos “Notáveis” da Paraíba de “O Senhor Museu”.

Na sua lista de museus estão: Museu Escola e Sacro da Paraíba, Museu Zoobotânico Arruda Câmara, Museu Epitácio Pessoa – Tribunal de Justiça da Paraíba, Museu da Terra e do Homem – UNIPÊ, Museu de Augusto dos Anjos UNIPÊ, Memorial de Humberto Nóbrega UNIPE, Memorial da Energia Cruz do Peixe JP, Museu Histórico de Monteiro/PB, Museu Nacional dos Carros de Boi em Monteiro, Memorial de Miguel Guilherme em Sumé, Museu histórico e cultural de Cabaceira, Museu Nacional do Bode em Cabaceiras, Museu Didático e Antropológico da FAFI – UFPB.

Nas suas diversas faces é ator, cineasta, romancista, e artista plástico, nas décadas de 60 e 70 uniu-se a jornalistas, escritores e estudiosos e fundou: Associação Brasileira de Geógrafos (1962), União Brasileira de Escritores-Seção da Paraíba (1963) Centro Brasileiro de Arqueologia (1964), Instituto Paraibano de Genealogia e Heráldica (1970) e torna-se sócio da: Associação Brasileira de Museologia (1965), da Associação dos Membros do ICOM -1970. É Imortalizado pela Academia de Letras Municipais do Brasil e Correspondente do Museu Imperial de Petrópolis, é fundador e Vice Presidente do Instituto Histórico e Geográfico do Cariri – IHGC com sede em São João do Cariri onde foi homenageado em vida, dando o seu nome ao museu da cidade matriarca da região do Cariri Paraibano – Museu Balduíno Lélis .

Como pesquisador e folclorista, conterrâneo e amigo de Ariano Suassuna, conviveu com ilustres figuras como, o cineasta baiano, Glaber Rocha, o escritor paraibano José Lins do Rego, o folclorista Rio Grande do Norte, Luís da Câmara Cascudo, Luiz Almeida, o homem que trouxe a televisão para o Brasil, o paraibano de Monteiro, Assis Chateaubriand, amigo do Ministro e governador da Paraíba, José Américo de Almeida, que em 1957 nomeou-o Promotor Adjunto da Comarca de Taperoá.

Dentre das suas principais pesquisas estão: Cerâmica Popular da Paraíba, Cerâmica Popular do Ceará - Tabatinga do Aracati 1967, Cerâmica utilitária no Nordeste nos estados da PB, CE, RN, MA, Cerâmica Indígena do Areeiro, Cerâmica Marajoara Poço do Capim - Ilha de Marajó. Levantamento das inscrições Rupestre da Paraíba (1965 a 1969), Exumação da área Arqueológica da pedra do ingá, Auxiliar do Prof° Carlos de Paula Couto – diretor do Museu de Paleontologia do Museu Nacional - 1962, Ciclo do Couro na Paraíba, Teares de algodão e bolandeiras do Cariri e Sertão Paraibano, Levantamento folclórico da Paraíba, Levantamento folclórico - místico e mítico e religioso do Itapicurú para o Dept° de Antropologia da UFPB, Plantas medicinais usadas no Itapicuri (colinas), Traços étnicos, familiares sócias folclóricos míticos místicos comportamentais de colinas – MA, Casa de Farinhas da Paraíba, mandiocas lendas, Pesquisa sobre o João Redondo – folclore da região canavieira da Paraíba, chefiou a da expedição Alto Tupy – 1964 pelo instituto de antropologia do Cera –UFCE

Como romancista escreveu ainda não publicado: A Bota Maldita – Contos Regionais; O Conto dos Contos de Réis; O Causo do Capitão Tranquilino e o Padre Ananias.

Atuou no primeiro longa metragem rodado na Paraíba, nos filmes: Fogo Salário da Morte, produção de José Bezerra e Solha. Também foi dele o papel do Capitão Antonio Silvino no longa “Menino de Engenho”, uma produção de Glaber Rocha e Walter Lima as mais recentes atuação na sétima arte são: São Gregório no filme “São Gerônimo” de João Bressane, o Coronel Bezerra na minissérie o Auto da Compadecida (gravado em Taperoá) e o pai de Padre Rolim no longa “Um Sonho de Inacim – O aprendiz de Padre Rolim, direção de Eliézer Rolim”. Fundou também com seus amigos cineastas a Academia Paraibana de Cinema.

E em 1987 diante do êxodo nordestino, cria a Universidade Leiga do Trabalho em pleno coração do cariri. Onde os ofícios são repassados de uma geração para outra e ai sim garantir que a cultura do fazer de hoje e ontem possam acontecer no futuro, hoje a ULT é reconhecida pelo Ministério da Cultura como Pontão de Cultura que capacita e forma os jovens como “Guardiões da Memória”

Por esses feitos recebeu menções honrosas e Voto de louvor da Assembleia Legislativa do Estado da Paraíba, pela colaboração a cultura da PB de 1969, recebeu menção honrosa da Câmara Municipal de João Pessoa, pelos relevantes serviços prestados a valorização da cultura, em 1966, recebeu voto de louvou do Conselho Universitário da UFPB pela implantação do museu didático da FAFI -1966 e recebeu da Câmara Municipal de João Pessoa pela implantação do Zoobotancico 1972.

Recebe Honra ao mérito no IV Centenário Paraíba e na VI noite da Cultura paraibana, e a Medalha Rui Barbosa do congresso dos Tribunais de Contas do Brasil.

Aos 81 (oitenta) anos completados no último dia 23 de agosto continua se dedicando as suas pesquisas concentrando suas atividades na criação e implantação do Museu da “Com Ciência” Nordestina, Memorial que contará os hábitos e costumes do cotidiano do povo nordestino, que será instalado na cidade de Taperoá sua Terra Natal.



segunda-feira, 9 de dezembro de 2013

BREVE HISTÓRICO DA NAU CATARINETA DE CABEDELO



A Nau Catarineta é um legado importantíssimo do povo de Cabedelo, cuja origem do auto popular se perdeu no tempo, ninguém sabe a certo quem a criou, tanto a parte poética como os seus cânticos e coreografias. Sabe-se apenas que as primeiras considerações sobre “o Romance da Nau Catrineta conhecida no Brasil como Romance da Nau Catarineta é considerada uma obra prima da literatura popular lusitana que realça a influência de Portugal na origem deste tipo de manifestação que ainda hoje é apresentada na Paraíba, em especial na cidade portuária de Cabedelo, sendo o único grupo em atividade no estado.



Em Cabedelo, a manifestação popular dirigida por Tadeu Patrício tem se desenvolvido nos quatro cantos do município através do Projeto Caravana Cultural na Comunidade de forma muito dinâmica, alegre e criativa como poderemos conferir nas apresentações que o grupo tem realizado.

Desde 1998 que a Nau Catarineta de Cabedelo foi resgatada. Todo o processo de revitalização do folguedo foi uma tarefa muito difícil pelas dificuldades que o grupo folclórico encontrou em ter acesso aos órgãos governamentais para que incentivassem o Projeto de Revitalização da Nau Catarineta.




Para manter viva esta tradição popular com origem no século XVI, cuja dança folclórica chegou ao Brasil no Século XVIII, na Paraíba em 1903 e, em Cabedelo no ano de 1910, por via férrea, conduzida em um vagão da Great Westren, oriunda do município de Santa Rita, cuja brincadeira era dirigida pelo funcionário Basílio Costa da empresa concessionária inglesa.

De acordo com relatos de uma antiga moradora da Praia de Ponta de Matos conhecida por Dona Guilhermina que passou a residir em Cabedelo desde 1909, os primeiros movimentos para a criação desta brincadeira no lugar aconteceu ao lado da casa de Antônio do Farol, em um terreno na residência de Paulo Varanda, sendo dirigida pelo estivador conhecido por João de Tonha. Lembra que o primeiro o primeiro Grupo Folclórico de Cabedelo foi denominada de “Nau Catita” apesar de ter um grande barco de madeira para circular nas areias fofas de Cabedelo.


Ressaltou o mestre Tadeu Patrício que é importante destacar na programação dos 101 anos de fundação do auto popular nomes dos seus principais fundadores, a exemplo: Valdivino Carlos Morais, João de Tonha, Paula Varanda, Júlio do Beco, Marieta Saloia, essas pessoas foram os primeiros brincantes da Barca de Cabedelo, que de acordo com relatos dos mais antigos moradores de Cabedelo, era costume se apresentar na Rua do Arame, outrora rua do meretrício, hoje atual Rua Ismael Farias em Cabedelo. Este grupo permaneceu firme até de 1914. A partir de 1916, o grupo passou por uma reorganização, ingressaram novos brincantes e recebeu apoio de um comerciante cabedelense conhecido Pedro de Ofrásio que seguiu firme com o grupo até 1937.

Já no inicio da década de 1940 o grupo passa por outra grande renovação recebendo novos componentes, a exemplo de José Paulino e João de Zacarias que chegou a ocupar o cargo de mestre da brincadeira. Nessa mesma época ingressaram no grupo Antônio Paulo, Santino Paulo, Severino do Beco e Luís de Góis que era um comerciante bastante conhecido em Cabedelo chegando a ocupar o cargo de vereador em 1969. Nessa época os ensaios aconteciam na Rua Cleto Campelo, por trás da casa de Antônio Paulino, segundo contava o mestre Moacir Caetano.

 Na década de 50 o grupo manteve-se em plena atividade graças o apoio do saudoso Padre Alfredo Barbosa que ofereceu o pátio da casa paroquial para a realização de ensaios, além do irrestrito apoio do folclorista Tenente Lucena que levou o grupo para se apresentar em vários capitais brasileiras e cidades do interior do Estado da Paraíba.

Já na década de 60 o grupo da Barca de Cabedelo pode contar com o apoio do dramaturgo e folclorista Altimar de Alencar Pimentel que muito contribuir com a divulgação da Barca de Cabedelo, além do apoio do atual presidente da Comissão do Folclore no Estado, professor Osvaldo Trigueiro, bem como do produtor musical Marcos Vinícius que contribui junto com a Universidade Federal da Paraíba na produção do LP da Barca de Cabedelo em 1972.

Em 1985, o grupo da Barca de Cabedelo pode contar com o apoio do Projeto de Extensão de Educação e Apoio Cultural da Universidade Federal da Paraíba, coordenado pelo professor Silvino Espínola e do cineasta Manfredo Caldas que documentou o auto popular em película de 36 mm produzindo um filme sobre a Nau Catarineta que foi premiado em festivais de cinema de cidades como Gramado (SC) e Brasília (DF).

Para o mestre Tadeu Patrício, resgatar a Nau Catarineta de Cabedelo, não é somente revitalizar um grupo folclórico. Este resgate significa muito mais do que isto. Significa contribuir para o desenvolvimento da cultura do povo paraibano e divulgar o potencial turístico do nosso Estado.

Entre final dos anos 80 e início dos anos 90 a Nau Catarineta de Cabedelo passou por uma grande tormenta mais resistiu à falta de incentivo e apoio a cultura popular. Após uma década parada as suas atividades de ensaios e apresentações o grupo finalmente retomou suas atividades através do empenho e dedicação do agente cultural Tadeu Patrício que contou com o irrestrito apoio do amigo e mestre Hermes Nascimento, cujo folclorista incentivado por Tadeu Patrício pode retornar ao grupo, de onde tinha se afastado por desmotivação de problemas existentes no grupo na década de 80.

Estimulado por Tadeu Patrício, o mestre Hermes Nascimento retomava a brincadeira para revitalizar conjuntamente com Tadeu Patrício o autor popular, proporcionando aos novos e antigos brincantes uma nova página na história tradicional e dinâmica brincadeira da Barca de Cabedelo. Hermes Nascimento tão logo foi ensinando os cânticos e coreografias para que o folguedo pudesse chegar novas gerações para fazer uma simples demonstração do que é a Barca da Paraíba, assim denominada por muitos cabedelenses.




Em 1998, o Projeto de Revitalização da Nau Catarineta contou com o apoio cultural da Prefeitura Municipal de Cabedelo, através do ex-prefeito Edésio Rezende, Maria das Graça Carlos Rezende (primeira dama); Professora Maria Ramos (Secretário da Educação Municipal); Governo do Estado da Paraíba (José Targino Maranhão); Secretário da Educação Estadual (Dr. Carlos Mangueira) e do presidente da Fundação Fortaleza de Santa Catarina (Professora Osvaldo da Costa Carvalho). Depois o apoio continuo com o ex-prefeito do PT (Dr. Júnior Farias) e o Subsecretária da Cultura em Cabedelo (Professor Fernando Abath). A estas personalidades, nossa eterna gratidão porque foram sensíveis a cultura popular ao atender as nossas reivindicações existentes no orçamento público. Pois entendemos a cultura como um direito da sociedade e jamais despesas públicas.

A Nau Catarineta é uma dança folclórica dividida em 04 (quatro) jornadas, onde cada Jornada Narra um Episódio de Aventura Náutica das conquistas portuguesas no Novo Mundo, incluindo Costa da África e a Índia.

O Auto Popular é um bailado dramático, de inspiração marítima, cujas coreografias são desenvolvidas pelos seus brincantes de forma que os movimentos estabeleçam o balanço do mar, ora agitado, ora em calmarias ou maretas.

Portanto, vamos todos juntos, governo e sociedade preservar a cultura popular, para que ela não seja manchete de livros, de velhos jornais ou documentários de cinema nacional.

            Tadeu Patrício, mestre em cultura popular.

domingo, 8 de dezembro de 2013

A SAGA DE ANAYDE BEIRIZ UMA MULHER A FRENTE DE SUA ÉPOCA:



ANAYDE MEIRIZ nasceu na capital da Paraíba em 18 de fevereiro de 1905. Se destacou durante os seus estudos, formou-se na Escola Normal em maio de 1922, aos dezessete anos de idade. Passou, assim, a lecionar, alfabetizando os pescadores da então vila de Cabedelo.
Jovem e bela, Anayde foi a vencedora de um concurso de beleza promovido pelo Jornal Correio da Manhã em 1925. Chamavam a atenção os seus olhos de cor negra, que lhe valeram o apelido, em seu círculo de amizades, de "a pantera dos olhos dormentes".
Para a mentalidade conservadora da sociedade brasileira à época, particularmente na Paraíba, Anayde não era uma mulher bem vista por causa das ideias progressistas que alimentava: como poetisa, participava ativamente do movimento intelectual, envolvida em acontecimentos artísticos e frequentando saraus literários; como cidadã, defendia a participação das mulheres na política, em uma época em que sequer podiam votar; ousava em sua aparência, vestindo roupas decotadas e apresentando um corte de cabelo "à la garçonne". Além disso, não se prendia a convenções no que dizia respeito a relacionamentos amorosos.

É importante destacar neste relato da saga de Anayde Beiriz que ela teve um namorado que foi o seu verdadeiro e grande amor, o estudante de medicina Heriberto Paiva, fato narrado no livro do escritor Marcus Aranha que teve como fonte de pesquisa o diário de Anayde Beiriz intitulado "Cartas do meu grande amor" - Dolorosas reminiscências do sonho desfeito da minha mocidade", cujo material inspirou o escritor Marcus Aranha para escrever o livro, cuja família autorizou a publicação das cartas do diário de Anayde Beyriz

Passados três anos, Anayde iniciou um relacionamento amoroso com João Dantas em 1928. Ele político local ligado ao Partido Republicano Paulista, que fazia oposição ao então presidente do Estado (governador) da Paraíba João Pessoa. Depois do violento confronto político que deu origem ao Território de Princesa Isabel, João Dantas acabou se refugiando no Recife, mantendo o relacionamento com Anayde à distância, através de cartas.

João Pessoa reagiu, mandando a polícia revistar as casas dos revoltosos e suspeitos, em busca de armas que pudessem ser utilizadas em uma revolta armada. Um desses locais foi o escritório de João Dantas situado em um sobrado próximo a Rua Duque de Caxias centro da Cidade da Paraíba (atual João Pessoa), invadido em 10 de Julho de 1930. Embora não tenham sido encontradas armas, os policiais depredaram as instalações e arrombam o cofre, onde foi encontrada a correspondência de João Dantas, inclusive cartas e poemas de amor recebidos de Anayde.

No dia seguinte, o jornal governista "A União", e outros órgãos de imprensa estadual ligados à situação, publicaram o conteúdo das mesmas, visando atingir a honra de Dantas. 

Pouco dias depois, o presidente João Pessoa resolveu viajar ao Recife para tratar de assuntos pessoais acreditando que ninguém, além do motorista José Francisco de Sousa e o ordenança Tenente Antonio Pontes de Oliveira. 

No dia seguinte, 25 de Julho, manda chamar o Vice-Presidente Álvaro de Carvalho e comunica que iria até o Recife para um passeio e, pediu-lhe reserva, acrescentando que desejaria absoluto segredo sobre este fato. O vice-presidente, no momento de receber o governo das mãos do Presidente João Pessoa, o advertiu para os perigos do passeio ao Recife em face dos inimigos que o presidente possuía em Pernambuco. Mas não foi por falta de aviso. Pois ainda estava recente o episódio da invasão ao escritório de João Dantas, que na certa não teria gostado de ver suas cartas e o diário íntimo no qual narrava suas peripécias amorosas com as senhoras donzelas da Paraíba expostas à execração pública. O vice-presidente chegou até oferecer o seu irmão Oswaldo para acompanhá-lo na viagem, mas o presidente João Pessoa esbravejou e dispensou o conselho. Quis o presidente que a viagem ficasse entre os mais íntimos.

Mas muita gente sabia em razão da publicação do jornal A União que noticiava a matéria, em letras grandes, que o presidente estava indo ao Recife, chagaria tal hora, que passaria pelo hospital para visitar um amigo, se dirigia ao jornal, depois a uma joalheria, tiraria retrato e ao fim da tarde se encontraria na Confeitaria Glória para tomar um chá. O Vice-Presidente Álvara de Carvalho quando soube da notícia ficou aborrecido e interpelou o diretor do jornal, tendo ele  respondido que apenas cumprira ordens do presidente. 

No dia 26 de Julho, João Dantas acompanhado do seu cunhado Augusto Caldas dentro de um bonde ao ler o Jornal A União da Paraíba viu a notícia. Puxou o relógio de algibeira, conferiu a hora, verificando que naquele momento seu inimigo estava na Confeitaria Glória. Desceu na próxima estação, pegou um carro de praça, tocou para lá, depois certificou que o revólver estava na cinta. Ao chegar, foi avistado pelo motorista do presidente João Pessoa que o reconheceu e ficou calado, misteriosamente calado. João Dantas entrando pela porta lateral à Rua Santo Amaro de onde o Presidente estava com Agamenon Magalhães e outros amigos sentados a mesa tomando um chá, ao se aproximar, puxou o revólver, e disse: João Pessoa, eu sou João Dantas e disparou o primeiro tiro que bateu catolé e os três seguintes se alojaram no peito do Presidente João Pessoa, matando-o lavava, com esse gesto, a sua honra ofendida, com sangue. Pois a tentar fugir da Confeitaria Glória foi atingido por um tiro de raspão na testa pelo segurança o Tenente Antonio Pontes. A bala não atingiu o cérebro e João Dantas que caiu tonto mais foi preso conjuntamente com o seu cunhado por Agamenon Magalhães, o Tenente Antonio Pontes e a ajuda de outras pessoas presentes ao episódio que logo levaram para a Casa de Detenção para ser sangrado mais tarde, por João da Mancha.

Enquanto isso, o presidente foi levado para a Farmácia Pinho, situada na Rua Nova, onde ficou deitando sobre uma mesa, morto, as mãos entrelaçadas, o peito coberto de sangue. Os médicos legistas Dr. Theodorico de Freitas e Dr. Arnaldo Marques botaram no atestado de óbito que João Pessoa morreu da seguinte causa mortis: "Ferimento penetrante no tórax com lesão no coração e pulmão esquerdo. Ferimento penetrante no abdome, com lesão na artéria ilíaca. Lesões externas provocadas por projéteis de armas de fogo: no tórax, região ilíaca e antebraço.




O presidente João Pessoa tinha 52 anos quando foi assassinado, deixou uma mulher e quatro filhos de menores. 

Na Paraíba o vice-presidente Álvaro de Carvalho recebia a notícia por telegrama. Não acreditou de primeira, teve que pedir confirmação ao telégrafo. Mas era verdade e a cidade toda já sabia e estremecia. Cento e noventa presos foram retirados da cadeia para juntos à população enlouquecida procurar fazer vingança com as próprias mãos. Propriedades e casas dos adversários de João Pessoa foram incendiadas. De todos os cantos da cadeia, ouviram-se os disparos de armas de fogo e explosão de bombas. As chamas dos incêndios lambiam o céu.

Assim, a comoção tomava conta do país e especialmente da Paraíba. E não havendo mais nada a fazer, criticada publicamente pela sociedade por razões morais e políticas, Anayde sentiu-se acuada após o assassinato de João Pessoa, que causou comoção popular. Desse modo, abandonou a sua residência na Paraíba e foi morar em um abrigo no Recife, onde passou a visitar João Dantas, detido em flagrante e recolhido à Casa de Detenção naquela cidade.
Dantinha assim era bastante conhecido na roda de amigos foi encontrado morto em sua cela, degolado, em 3 de Outubro do mesmo ano, no início da Revolução de 30. Embora tenha sido declarado o suicídio como causa mortis à época, as circunstâncias ainda permanecem obscuras.
Anayde morreu dias depois, aos 25 anos de idade, supostamente por auto envenenamento. Foi sepultada como indigente no Cemitério de Santo Amaro na capital pernambucana.

segunda-feira, 2 de dezembro de 2013

ESPETÁCULO - AS CARTAS DE ANAYDE BEIRIZ TEM ESTRÉIA NESTA SEXTA-FEIRA, 6/12 NA SEDE SOCIAL DA ADUFPB:

Espetáculo - As cartas de Anayde


As cartas de Anayde” é uma montagem teatral do Grupo de Teatro da ADUFPB, Sindicato dos Professores da UFPB. O espetáculo surgiu a partir de uma oficina de teatro oferecida pela ADUFPB em maio de 2013 e estará em cartaz nos dias 06, 07, e 08 de dezembro, sexta-feira, sábado e domingo, às 20 horas na Sede Social da ADUFPB – Sindicato dos Docentes da UFPB, na Rua Gilvan Muribeca, 88 – Cabo Branco – João Pessoa, com entrada gratuita. O texto é de José Flávio Silva, direção de Carlos Cartaxo. O elenco é formado por Anadete Alves do Nascimento, Ananda Freitas, Georgina Furtado, Laura Sitcovsky, Paulo Medeiros, Sevi Faustino e Waglânia Freitas.



O texto é do professor de filosofia e escritor José Flávio Silva, baseada no livro "Anayde Beiriz - Panthera dos olhos dormentes" do médico e escritor Marcus Aranha. Esse texto teatral fala de uma Anayde intelectual, leitora, apaixonada, feminina e moderna, o que a fazia uma mulher além do seu tempo. A peça, assim como o livro, aborda a troca de correspondência entre Anayde e o homem que foi verdadeiramente seu grande amor: o estudante de medicina Heriberto Paiva. O livro teve como fonte de pesquisa o próprio diário de Anayde, intitulado "Cartas do meu grande amor - Dolorosas reminiscências do sonho desfeito da minha mocidade", ao qual Marcus Aranha teve acesso e se inspirou para escrever o livro. A família de Anayde autorizou Aranha a publicação das cartas. Do livro, Flávio Silva escreveu o monólogo “As Cartas de Anayde”.



A encenação é de Carlos Cartaxo que é Doutor em Artes Visuais e Educação pela Universidade de Barcelona (2013). Mestre em Engenharia de Produção pela Universidade Federal da Paraíba (1987). Especialista em Educação Superior pela Universidade da Amazônia (1992) Possui graduação em Engenharia Mecânica pela Universidade Federal da Paraíba (1983) e graduação em Educação Artística pela Universidade Federal da Paraíba (1987). Atualmente é professor efetivo da Universidade Federal da Paraíba. Tem experiência na área de Artes, atuando principalmente nos seguintes temas: Artes Cênicas, com dezenas de peças encenadas e como ator e autor teatral; Artes Visuais, com artigos, exposições e cenários projetados; educação, como professor do ensino fundamental, médio e superior. Tem vários livros escritos. Dentre eles, o romance “A família Canuto e a luta camponesa na Amazônia” que foi agraciado com o Prêmio Jabuti de Literatura da Câmara Brasileira do Livro.


Cartaxo buscou, nesse trabalho, uma narrativa que fortalece a poética no que concerne ao diálogo literário entre Heriberto Paiva e Anayde Beiriz. O forte é carga dramática que as cartas conduzem. Todo trabalho de interpretação foi construído a partir das metáforas e entrelinhas que a literatura produzida por anayde e Heriberto transmitem.

Segundo Carlos Cartaxo, "encenar um texto cujo foco é Anayde, é abrir o debate em que a mulher se posiciona como elemento central na sociedade pós-moderna". Segundo Cartaxo, "A Anayde que a peça aborda, não é aquela que foi esteve no meio do conflito político entre João Dantas e João Pessoa. Muito menos aquela que Tizuka Yamazaki trata, equivocadamente, no filme “Parahyba mulher macho”, como amante de João Dantas. Mas, a mulher à frente de seu tempo na década de 20 do século passado, escritora e leitora ávida, intelectual que frequentava saraus poéticos e foi apaixonada pelo estudante de medicina Heriberto Paiva. O rapaz estudava no Rio de Janeiro e ela morava em Parahyba do Norte. A distância fazia do namoro uma troca de cartas de amor, declarações e projetos de construção familiar. Todavia, a intelectualidade que fazia par à sensibilidade de Anayde, provocou o rompimento na relação amorosa do casal. A peça foca a mulher dinâmica, professora, que rompia paradigmas até com seu corte de cabelo.” Cartaxo enfatiza que: “Essa é a Anayde que poucos conhecem, entretanto deve-se focá-la, reparando a história. Por isso o Grupo de Teatro da ADUFPB traz à cena, uma mulher, professora e escritora que frequentava os círculos literários de vanguarda de Parahyba do Norte da década de 20, século passado, (hoje João Pessoa), que merece ser resgatada como um símbolo intelectual do povo paraibano”.

Cartaxo lembra que a constituição paraibana sugere um plebiscito sobre a mudança do nome da capital, plebiscito que nunca foi feito. Segundo ele, “de fato não é mudar o nome da capital, mas resgatar o nome Parahyba, que histórica e culturalmente lhe pertenceu por mais de 300 anos”. Cartaxo enfatiza que a peça “As cartas de Anayde” tem o papel de trazer à tona o debate, acender a chama para que a constituição seja respeitada e o plebiscito seja realizado. Além de rever a criação literária de Anayde Beiriz que foi renegada, vítima do conflito político entre João Dantas e João Pessoa, e do moralismo da época que a condenou desrespeitosamente, imputando inverdades sobre a mulher que revolucionou os costumes de Parahyba e, consequentemente, foi considerada à frente de seu tempo.”


sexta-feira, 22 de novembro de 2013

MUSIPOC PARABENIZA OS MÚSICOS DE CABEDELO NESTE DIA DO MÚSICO:

MUSIPOC PARABENIZA OS MÚSICOS DE CABEDELO NESTE DIA DO MÚSICO:



Nesta Sexta-Feira, 22 de Novembro o nosso calendário mundial, reserva esta data para o Dia Internacional do Músico. Em nome do Movimento de Música Popular de Cabedelo, dou alvíssaras com votos de aplausos a todos os músicos paraibanos e em especial, os músicos cabedelenses, pela sua luta em conquistar espaços para apresentações culturais, pela luta em divulgar sua arte ou até mesmo batalhar pelo direito de  receber um cachê artístico após realização de um show musical, quando muitas vezes não somos valorizados profissionalmente, mesmo assim continuamos resistir e sonhar, pois como diria o poeta maluco: “Sonho que se sonha só é um sonho, mas sonho que sonhamos juntos é realidade.”.

Desde 1989, ou seja, há 24 anos venho narrando esta belíssima história da padroeira dos músicos - Santa Cecília. Ela pertencia a uma nobre família romana dos Metelos, filha de um senador romano e cristã desde a infância. Os pais de Cecília, sem que a filha soubesse, prometeram-na em casamento a um jovem patrício romano, chamado Valeriano. Se bem que tivesse alegado os motivos que a levavam a não aceitar o contrato de casamento. Mas a vontade dos pais se impôs de maneira a tornar-lhe inútil qualquer resistência. Assim se marcaria o dia do casamento e tudo estava preparado para a grande cerimônia. Todos da família estavam alegres com aquela união, menos uma pessoa que estampava no rosto uma exceção. Naquele dia vestida de um belo traje de túnica dourada e alvejante peplo, não deixavam adivinhar que por baixo das vestes existia o cilício, e no coração lhe reinasse a tristeza.


Santa Cecília na capela em seu altar. (Foto Tadeu Patrício)

Em dado  momento quando estava sozinha com o noivo, disse-lhe, Cecília com toda a amabilidade e não menos firmeza: “Valeriano, acho-me sob a proteção direta de um Anjo que me defende e guarda minha virgindade. Não queiras, portanto, fazer coisa alguma contra mim, o que provocaria a ira de Deus contra ti”. A estas palavras, incompreensíveis para um jovem pagão, Cecília fez seguir a declaração de ser cristã e obrigada por um voto que tinha feito a Deus de guardar a pureza virginal.

Disse-lhe mais: que a fidelidade ao voto trazia a bênção, a violação, porém, o castigo de Deus. Valeriano, ficou "vivamente impressionado" com as declarações da noiva, respeitou-lhe a virgindade, converteu-se e recebeu o batismo naquela mesma noite. Valeriano relatou o fato ao irmão Tibúrcio o que tinha se passado e conseguiu que também ele se tornasse um cristão.

O Prefeito de Roma, Turcius Almachius, teve conhecimento da conversão do dois irmãos: Tibúrcio e Valeriano. Resolveu então cita-lhos perante o tribunal romano e exigiu que os irmãos abandonassem a religião quer tinham abraçado, sob pena de morte. Diante da recusa formal, foram condenados à morte e decapitados. Também a jovem Cecília,  teve de comparecer na presença do juiz. Antes de mais nada, foi intimada a revelar onde se achavam escondidos os tesouros dos dois sentenciados. Cecília respondeu-lhe que os sabia e estavam bem guardados, sem deixar perceber ao tirano que já tinham achado o destino nas mãos dos pobres
.
O Prefeito Almachius, mais tarde, cientificado deste fato, enfureceu-se e ordenou que Cecília fosse levada ao templo e obrigada a render homenagens aos deuses pagãos. De fato foi conduzida ao lugar determinado, mas chegando lá ela falou com tanta convicção aos soldados da beleza de sua religião e do amor de Cristo que estes se declararam a seu favor, e prometeram abandonar o culto dos deuses.

O Prefeito, Almachius, vendo novamente frustrado, deu ordem para que Cecília fosse trancada na instalação balneária do seu próprio palacete e asfixiada pelos vapores d’água. Cecília teria sido então protegida milagrosamente, e embora a temperatura tivesse sido elevada a ponto de tornar-se intolerável, ela nada sofreu. Segundo outros mitos, a Santa “foi metida em um banho de água fervente do qual teria saído ilesa”.
Enfurecido ainda mais, o Prefeito Almachius ordenou então à pena capital. Foram três golpes dados sem que o algoz conseguisse separar a cabeça do tronco. Cecília, mortalmente ferida, caiu por terra e ficou três dias tombada ao chão. Os cristãos que vinham visitá-la dava bons e caridosos conselhos. Dizendo para entregar ao Papa todos os bens, com o pedido de distribuí-los entre os pobres. Outro pedido fora o de transformar a sua casa em igreja, o que se fez logo depois de sua morte. Foi enterrada na Catacumba de São Calisto.

Segundo históriadores quando ela estava morrendo, ela cantou a Deus. É provável que tenha sido martirizada entre 176 e 180, sob o império de Marco Aurélio. Escavações arqueológicas não deixam dúvidas, sobre a existência dela, mas sua história só foi registrada no século V, na narrativa Paixão de Santa Cecília.

A popularidade e devoção dos músicos para com a Santa Cecília fizeram com que o novo calendário litúrgico da igreja católica conservasse sua memória como virgem e mártir romana, exaltando-a como o modelo mais perfeito de mulher cristã, que por amor a Deus, professou a sua virgindade publicamente, por isso sofreu o martírio.

Esta devoção religiosa e a proteção de Cecília, sobre a música sagra, devem-se de fato à sua grande paixão e dedicação a música, registrada somente a partir dos anos 486 dos primeiros séculos da era cristã.

Cecília era uma jovem de família nobre, que diariamente assistia a santa missa celebrada pelo Papa Urbano, nas catacumbas da Via Àpida, situada na Itália, onde era guardada por uma multidão de pessoas pobres, que nela conheciam a sua generosidade e compaixão para com aquela gente humilde e excluída daquela sociedade.

Inspirado nesse relato, o escultor Maderno italiano, a esculpiu a sua célebre estátua, a qual é festejada em todo mundo como padroeira dos músicos, ficando o dia 22 de Novembro, data do seu martírio para ser celebrada por todos os amantes da música mundial.

E desde o século V que o culto a Santa Cecília é realizado em uma basílica em Roma como o reconhecimento do seu martírio, onde é lida a liturgia das horas, em sua homenagem. Assim encerro PARABENIZANDO todos os músicos.


                               Tadeu Patrício, pesquisador cultural.

domingo, 10 de novembro de 2013

ANIVERSÁRIO DE TADEU PATRÍCIO QUE OS AMIGOS ORGANIZARAM

No último domingo 27 de Outubro de 2013 estava participando da santa missa ás 18h30min horas na igreja São Frei Pedro Gonçalves, situada no centro histórico de João Pessoa, quando o meu celular tocou por diversas vezes, mas somente foi retornar a ligação após a missa. Era a mais cumprisse amiga Roseleide Farias me chamando para dar uma passadinha em sua residência. Eu havia combinado com alguns amigos e amigas da universidade da gente se encontrar no aniversário dos 20 Anos do Coral Voz Ativa que tem a frente o amigo, também arte educador Luiz Carlos Otávio. Quando deu às 20h30min daquela noite o celular não ficou mais em silêncio e os amigos envolvidos no segredo que haviam preparado cobrando a minha presença em uma "certa festinha" na casa de Roseleide, pois logo desconfiei, então me despedi dos amigos e amigas da capital onde estava presente e resolvi retornar a Cabedelo onde dirigi-me até a casa de Roseleide. Ao subir as escadas da casa de Rose já ouvia as canções animadas pela turma. Depois de cumprimentar a todas e a todos os presentes com um forte abraço e cheiros, Valdenice Cardoso que acabava de chegar foi logo puxando o fole de sua sanfona Scandalli e arrebentou o tico-tico no fubá seguido de forrós, valsas, boleros e sambas acompanhados pelos mestres Zé Rocha no Bandolim, Duquinha no violão, Paulo Peixoto no surdo, José Patrocínio no afoxé, Diana minha esposa na pandeirola e na voz, Roseleide Farias, Teca do Coco, Mestra Lia Rocha, Mestra Erotilde Rocha, Gisele Medeiros, Iracema Pereira, Fátima Peixoto e outros ex-alunos presentes. Encerro este pequeno relato agradecendo a participação e o carinho recebido de todas e todos os presentes ao meu aniversário.  Veja o registro das fotos: