segunda-feira, 12 de outubro de 2015

ORIGEM DO DIA DA CRIANÇA NO BRASIL


O Dia das Crianças é uma data comemorada em diferentes países. De acordo com a história e o significado da comemoração cada país tem uma determinada data e certos tipos de celebração para homenagear o dia de suas crianças. Mas, o Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF) convencionou o dia 20 de novembro para se comemorar o dia das crianças.

A escolha desta data se deu porque nesse mesmo dia, no ano de 1959, o UNICEF oficializou a Declaração dos Direitos da Criança. Nesse documento, se estabeleceu uma série de direitos válidos a todas as crianças do mundo como alimentação, amor e educação. No caso do Brasil, a tentativa de se padronizar uma data para as crianças aconteceu alguns anos antes.

Em 1923, a cidade do Rio de Janeiro, capital da República do Brasil, sediou o 3º Congresso Sul-Americano da Criança. No ano seguinte aproveitando a recente realização do evento, o deputado federal Galdino do Valle Filho, elaborou um projeto de lei que estabelecia uma nova data comemorativa para o dia da criança, propôs 12 de Outubro, que foi sancionada pelo Presidente da República do Brasil, Arthur da Silva Bernardes, através do Decreto nº 4867, de 5 de novembro de 1924, determinando assim que o dia 12 de outubro ficaria como data oficial para comemoração do Dia das Crianças.

Entretanto, a data não se tornou muito divulgada. Somente em 1955, a data começou a ser celebrada a partir de uma campanha de marketing elaborada por uma indústria de brinquedos chamada Estrela. O criador desse marketing foi Eber Alfred Goldberg, diretor comercial da empresa que teve a idéia de lançar a chamada “Semana do Bebê Robusto”. O sucesso da campanha logo atraiu a atenção de outros empresários ligados à indústria de brinquedos.



Com isso, lançaram uma campanha publicitária promovendo a “Semana da Criança” com o objetivo de alavancar as vendas. Os bons resultados fizeram com que esse mesmo grupo de empresários revitalizasse a comemoração do “Dia 12 de Outubro” que havia sido criado através de projeto de lei pelo deputado Galdino do Valle Silva e sancionada pelo presidente da república federativa do Brasil, Arthur da Silva Bernardes, cuja data estava no ostracismo do calendário das datas comemorativas do Brasil. Dessa forma, o Dia das Crianças foi revitalizado e passou a incorporar o calendário de datas comemorativas do país.



Mas, somente em 1960, quando a Fábrica de Brinquedos Estrela decidiu fazer uma promoção em conjunto com a Johnson & Johnson, para aumentar suas vendas, lançando a "Semana do Bebê Robusto", é que a data passou a ser comemorada.

A estratégia deu tão certo que desde então o dia das crianças passou a ser comemorado com muitos presentes!  Logo depois, outras empresas decidiram criar a Semana da Criança para aumentar suas vendas.


No ano seguinte, os fabricantes de brinquedos decidiram fazer mais propagandas para comemoração do dia 12 de outubro. A partir dá estratégia de marketing, o dia das crianças se tornou uma data importante para a indústria de brinquedos que crescia a todo vapor no Brasil, gerando milhares de empregos durante o governo de Juscelino Kubitschek, fato que até hoje os setores de brinquedos nas lojas e shopping são os mais procurados por pais, parentes e amigos para adquirir um presente e fazer uma criança feliz. Mas também há aqueles pais que nessa data preferem não entrar no mundo do capitalismo, preferem passar o dia das crianças na companhia dos seus filhos, passeando por parques de diversões, zoológicos, museus, cinemas, piqueniques, praias, lagos, rios, etc...

Por fim, não poderia deixar de citar outro fato importante: com o apogeu da indústria dos brinquedos, especialmente a Fábrica de Brinquedos Estrelas, muitas brincadeiras, jogos e brinquedos da cultura popular tem desaparecido do mundo lúdico das crianças e adolescentes. E nos dias de hoje a situação se agravou ainda mais com a chegada e o avanço da tecnologia, muitas crianças e jovens até desconhecem as brincadeiras, jogos e brinquedos da cultura popular, o que é péssimo para a continuidade da nossa identidade cultural. É uma baixa irreparável para cultura popular.










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