sexta-feira, 15 de maio de 2015

ESTUDO DA HISTÓRIA DE VIDA E OBRA DO POETA DO ROMANTISMO BRASILEIRO - CASTRO ALVES





Prezados alunos, no texto a seguir vamos conhecer a história de vida do patrono da poesia brasileira, Antônio Frederico de Castro Alves, ficou mais conhecido como: Castro Alves. Entrou para a história nacional, como o poeta dos escravos, por defender os ideais dos abolicionistas.

Nasceu no ano de 1847, na Fazenda Cabaceiras, município de Muritiba, que pertencia a Província da Bahia, hoje a cidade se chama Castro Alves, uma justa homenagem ao grande poeta e romancista brasileiro.

Começou a fazer poesia praticamente desde que aprendeu a escrever, logo revelou grande facilidade nas rimas, métricas e uma bela inspiração. Aliás, antes mesmo de concluir seus estudos no Ginásio Baiano, ele já se familiarizava com todos os grandes poetas da época, tanto brasileiros como franceses e ingleses.






            Enviado pelo pai que para estudar no Recife, a fim de cursar a Faculdade de Direito na capital pernambucana, Castro Alves logo demonstrou que não sentia a menor vocação para a carreira de advogado tão almejada pelo Pai.

Preferia dedicar-se à poesia, declamando suas composições em festas e bailes. Dentro de pouco tempo, seu nome se tornara conhecido em toda a Capital Pernambucana. Mas, até então, seus versos ainda não havia adquiridos a profundidade que realmente define os grandes poetas.

            A inspiração definitiva que iria fazer dele um nome imortal na literatura brasileira, veio quando tinha os seus dezessete anos. Mas foi cometido por uma terrível doença muito comum nos séculos passados – A Tuberculose.

Esta doença era uma infecção contagiosa que ocorria nos homens e alguns animais, com as mais variadas manifestações e localizavam-se nos pulmões, intestinos, rins ou sistema nervoso, matando as pessoas em pouco tempo quando não bem tratada.

Por isso que Castro Alves viu-se obrigado a suspender temporariamente seus estudos na Faculdade de Direito no Recife para fazer um prolongado tratamento da doença, então voltou para sua casa em Salvador para se tratar.

Durante a sua recuperação, o jovem, que até então vivera despreocupadamente, passava a se interessar pelo sofrimento alheio, e, dentro da sociedade brasileira daquele tempo, os que mais sofriam eram os escravos.

Compadecendo-se dos constantes castigos ordenados pelos senhores fazendeiros donos de escravos e dos sofrimentos dos negros, Castro Alves voltou sua inspiração para a nobre causa do abolicionismo, transformando-se desde então em um poeta social.





É verdade que ele também componha poesias de amor; mas suas maiores obras seriam aquelas em que condenava a escravidão. Os poemas abolicionistas de Castro Alves atingiram tal grandeza que o apelidaram de poeta Condoreiro; isto porque o condor é, dentre todas as aves, aquela que voa alto.

            Achando-se recuperado, regressa ao Recife, onde conheceu o poeta Fagundes Varela, da segunda geração dos poetas romancistas e que iria ter grande influência sobre ele, o moço baiano tornou-se um dos maiores defensores da Abolição.

Em companhia de outros Acadêmicos de Direito, um dos quais era Rui Barbosa, fundou uma sociedade antiescravista, através da qual combatia com veemência o odioso sistema servil.

Poeta famoso, dotado de uma bela aparência física e que encantava as mocinhas e sinhás de sua época, sempre era convidado a declamar poemas nos bailes do seu tempo. Castro Alves teve muitos amores, que lhe inspiraram versos de grande sentimento.

Entre suas paixões, a mais longa foi a que dedicou à talentosa atriz portuguesa Eugênia Câmara. Especialmente para ser representado pela amada, o jovem escreveu um drama intitulado: Gonzaga ou a Revolução de Minas. Essa peça de teatro, que na realidade era um brado contra a escravidão, foi encenada com grande sucesso em Salvador e, mais tarde, em São Paulo.





Em 1868, Castro Alves se transferiu para a Faculdade de Direito do Largo de São Francisco, na Capital Paulista. Ali, no meio da generosa juventude acadêmica de São Paulo, encontrou o ambiente ideal para seus princípios abolicionistas.

Com efeito, foi em São Paulo que ele compôs os poemas: Vozes d’África e o Navio Negreiro, momentos culminantes da poesia condoreira.

            Transformado em ídolo da mocidade estudantil, o poeta, com sua figura elegante e romântica, tornou-se tão conhecido dos paulistanos e dos Recifenses. Suas poesias, declamadas nos salões dos bailes da aristocracia e publicadas nos jornais, ganhavam novos partidários para a grande causa da libertação dos escravos.

            Sua popularidade atingira o auge quando lhe sobreveio um grave acidente: ao caçar nos arredores da cidade, sua espingarda disparou acidentalmente, ferindo-o no calcanhar.
O ferimento infeccionou a tal ponto que, depois de permanecer acamado durante vários meses, o poeta foi levado para o Rio de Janeiro, onde lhe amputou o pé. Ao mesmo tempo, sua velha inimiga, a tuberculose, voltava a atacá-lo.

            Como quem adivinhava o fim próximo, Castro Alves, nesse período dramático de sua vida, compunha versos sem parar. Embora ainda cantasse a vida e o amor, sua inspiração suprema continuava a ser a Abolição. Eis porque a história iria lhe dar o apelido glorioso de Poeta dos Escravos.





            Em busca de uma cura que sabia ser impossível, Castro Alves partiu para a Bahia, em fins de 1869. No ano seguinte, publicou em Salvador o poema: Espumas Flutuantes, a única obra de sua autoria que ele chegou a editar.

Mas seu estado de saúde piorava cada vez mais. E em 6 de julho de 1871, com apenas 24 anos de idade, o Poeta dos Escravos faleceu em Salvador.

Castro Alves entrou para a história da literatura brasileira, como o poeta dos escravos, o que lhe valeu o carinhoso apelido de condoreiro, porque tinha um estilo elevado em suas poesias. E como todo grande artista soube está onde o povo estar soube fazer do seu talento uma causa nobre na defesa da razão social e soube como poucos amar o próximo.

Poesias para leitura:

1. Laço de Fita;
2. Os três amores;
3. O fantasma e a canção;
4. O Gondoleiro do Amor;
5. Adormecida;
6. Onde estás?
7. Coração;
8. As duas flores;
9. Canção do boêmio;
10.Quando eu morrer.

            (Organização de Texto - Professor Tadeu Patrício).












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