Prezados alunos, no texto a seguir vamos conhecer a história de vida
do patrono da poesia brasileira, Antônio
Frederico de Castro Alves, ficou mais conhecido como: Castro Alves. Entrou
para a história nacional, como o poeta dos escravos, por defender os ideais dos
abolicionistas.
Nasceu no ano de 1847, na Fazenda Cabaceiras,
município de Muritiba, que pertencia a Província da Bahia, hoje a cidade se
chama Castro Alves, uma justa homenagem ao grande poeta e romancista brasileiro.
Começou a fazer poesia praticamente desde que
aprendeu a escrever, logo revelou grande facilidade nas rimas, métricas e uma
bela inspiração. Aliás, antes mesmo de concluir seus estudos no Ginásio Baiano,
ele já se familiarizava com todos os grandes poetas da época, tanto brasileiros
como franceses e ingleses.
Enviado pelo pai que para estudar no
Recife, a fim de cursar a Faculdade de Direito na capital pernambucana, Castro
Alves logo demonstrou que não sentia a menor vocação para a carreira de
advogado tão almejada pelo Pai.
Preferia dedicar-se à poesia,
declamando suas composições em festas e bailes. Dentro de pouco tempo, seu nome
se tornara conhecido em toda a Capital Pernambucana. Mas, até então, seus
versos ainda não havia adquiridos a profundidade que realmente define os
grandes poetas.
A inspiração definitiva que iria
fazer dele um nome imortal na literatura brasileira, veio quando tinha os seus
dezessete anos. Mas foi cometido por uma terrível doença muito comum nos
séculos passados – A Tuberculose.
Esta doença era uma infecção
contagiosa que ocorria nos homens e alguns animais, com as mais variadas
manifestações e localizavam-se nos pulmões, intestinos, rins ou sistema
nervoso, matando as pessoas em pouco tempo quando não bem tratada.
Por isso que Castro Alves viu-se
obrigado a suspender temporariamente seus estudos na Faculdade de Direito no
Recife para fazer um prolongado tratamento da doença, então voltou para sua
casa em Salvador para se tratar.
Durante a sua recuperação, o jovem,
que até então vivera despreocupadamente, passava a se interessar pelo
sofrimento alheio, e, dentro da sociedade brasileira daquele tempo, os que mais
sofriam eram os escravos.
Compadecendo-se dos constantes
castigos ordenados pelos senhores fazendeiros donos de escravos e dos
sofrimentos dos negros, Castro Alves voltou sua inspiração para a nobre causa
do abolicionismo, transformando-se desde então em um poeta social.
É verdade que ele também componha
poesias de amor; mas suas maiores obras seriam aquelas em que condenava a
escravidão. Os poemas abolicionistas de Castro Alves atingiram tal grandeza que
o apelidaram de poeta Condoreiro; isto porque o condor é, dentre todas as aves,
aquela que voa alto.
Achando-se recuperado, regressa ao
Recife, onde conheceu o poeta Fagundes Varela, da segunda geração dos
poetas romancistas e que iria ter grande influência sobre ele, o moço baiano
tornou-se um dos maiores defensores da Abolição.
Em companhia de outros Acadêmicos de
Direito, um dos quais era Rui Barbosa, fundou uma sociedade
antiescravista, através da qual combatia com veemência o odioso sistema servil.
Poeta famoso, dotado de uma bela
aparência física e que encantava as mocinhas e sinhás de sua época, sempre era
convidado a declamar poemas nos bailes do seu tempo. Castro Alves teve muitos
amores, que lhe inspiraram versos de grande sentimento.
Entre suas paixões, a mais longa foi a
que dedicou à talentosa atriz portuguesa Eugênia Câmara. Especialmente
para ser representado pela amada, o jovem escreveu um drama intitulado:
Gonzaga ou a Revolução de Minas. Essa peça de teatro, que na realidade era
um brado contra a escravidão, foi encenada com grande sucesso em Salvador e,
mais tarde, em São Paulo.
Em 1868, Castro Alves se transferiu
para a Faculdade de Direito do Largo de São Francisco, na Capital Paulista.
Ali, no meio da generosa juventude acadêmica de São Paulo, encontrou o ambiente
ideal para seus princípios abolicionistas.
Com efeito, foi em São Paulo que ele compôs
os poemas: Vozes d’África e o Navio Negreiro, momentos culminantes da
poesia condoreira.
Transformado em ídolo da mocidade
estudantil, o poeta, com sua figura elegante e romântica, tornou-se tão
conhecido dos paulistanos e dos Recifenses. Suas poesias, declamadas nos salões
dos bailes da aristocracia e publicadas nos jornais, ganhavam novos partidários
para a grande causa da libertação dos escravos.
Sua popularidade atingira o auge
quando lhe sobreveio um grave acidente: ao caçar nos arredores da cidade, sua
espingarda disparou acidentalmente, ferindo-o no calcanhar.
O ferimento infeccionou a tal ponto
que, depois de permanecer acamado durante vários meses, o poeta foi levado para
o Rio de Janeiro, onde lhe amputou o pé. Ao mesmo tempo, sua velha inimiga, a
tuberculose, voltava a atacá-lo.
Como quem adivinhava o fim próximo,
Castro Alves, nesse período dramático de sua vida, compunha versos sem parar.
Embora ainda cantasse a vida e o amor, sua inspiração suprema continuava a ser
a Abolição. Eis porque a história iria lhe dar o apelido glorioso de Poeta dos
Escravos.
Em busca de uma cura que sabia ser
impossível, Castro Alves partiu para a Bahia, em fins de 1869. No ano seguinte,
publicou em Salvador o poema: Espumas Flutuantes, a única obra de sua
autoria que ele chegou a editar.
Mas seu estado de saúde piorava cada
vez mais. E em 6 de julho de 1871, com apenas 24 anos de idade, o Poeta dos
Escravos faleceu em Salvador.
Castro Alves entrou para a história da
literatura brasileira, como o poeta dos escravos, o que lhe valeu o carinhoso
apelido de condoreiro, porque tinha um estilo elevado em suas poesias. E como
todo grande artista soube está onde o povo estar soube fazer do seu talento uma
causa nobre na defesa da razão social e soube como poucos amar o próximo.
Poesias para leitura:
1. Laço de Fita;
2. Os três amores;
3. O fantasma e a canção;
4. O Gondoleiro do Amor;
5. Adormecida;
6. Onde estás?
7. Coração;
8. As duas flores;
9. Canção do boêmio;
10.Quando eu morrer.
(Organização de Texto - Professor Tadeu Patrício).
Poesias para leitura:
1. Laço de Fita;
2. Os três amores;
3. O fantasma e a canção;
4. O Gondoleiro do Amor;
5. Adormecida;
6. Onde estás?
7. Coração;
8. As duas flores;
9. Canção do boêmio;
10.Quando eu morrer.
(Organização de Texto - Professor Tadeu Patrício).
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