Pedro
Américo de Figueiredo e
Melo, nasceu na cidade de Areia, brejo da Paraíba, no dia 29 de abril de
1843. Filho do violonista Eduardo de Figueiredo e de Feliciana Cirne. Foi um pintor de uma família muito humilde, juntamente com seu
irmão Francisco Aurélio de Figueiredo e Melo seguiu pelo caminho da arte desde
cedo. A família, como um todo, tinha vínculos com a arte, e o talento de Pedro
Américo logo se destacou, repercutiu pela cidade natal sua capacidade em
desenhar.
O menino prodígio aos 9 (nove) anos impressionou o
viajante francês Louis Jacques
Brunet de passagem pela Paraíba, que logo pediu autorização aos pais
para levar o talentoso menino em uma expedição. Foram vinte meses viajando pelo
Nordeste do Brasil.
Em 1854, aos 11 anos, Pedro Américo foi para o Rio
de Janeiro estudar no Colégio Dom Pedro II, onde mais uma vez se destacou. Em
1956, com 13 anos, ingressou na Academia Imperial de Belas Artes onde
conquistou sucesso. Recebeu de D. Pedro II, um curso na Escola de Belas Artes
em Paris, para onde foi em 1859. O próprio imperador o concedeu uma pensão para que
estudasse na Europa.
Entre os anos de 1859 e 1864, ou seja, de 16 a 21
anos, Pedro Américo estudou na Escola de Belas Artes de Bruxelas, em Paris. Foi
discípulo de Ingres, um dos mais importantes pintores do neoclassicismo
francês. Viajou por diversas capitais europeias para ampliar o
conhecimento. Aos 22 anos, voltou ao Brasil e foi aprovado em concurso para ser
Professor da Academia Imperial de Belas Artes. Aos 24 anos, retornou à Europa
para receber o título de Doutor em Ciências Naturais ao defender sua tese em
Bruxelas.
Morando na Europa, produzir várias telas,
dedicou-se à poesia, ao romance, e a filosofia. Em 1869 esteve em Portugal,
onde se casou com Carlota de Araújo Porto Alegre, filha do cônsul brasileiro em
Lisboa. O casal teve três filhos. Nesse período, entre outros trabalhos, pintou
os retratos de D. Pedro I, D. Pedro II e Duque de Caxias.
Foi uma fase em que produziu diversas obras
importantes, incluindo retratos de celebridades e fatos políticos importantes.
A consagração veio com o quadro Batalha
do Avaí, uma das obras mais importantes do nacionalismo romântico no
Brasil.
Pedro Américo foi
um pintor muito marcante do período imperial brasileiro, mas manteve seu
prestígio com a Proclamação da República. Enquanto outros pintores de sua
geração foram levados ao ostracismo, como Victor Meirelles, enquanto o talentoso pintor da Paraíba continuou
produzindo importantes obras. Chegou até a ocupar o cargo de deputado no
Congresso Constituinte, por Pernambuco, em 1890. Foi autor de importantes obras
de arte da República também, como o quadro Tiradentes
Supliciado, que se encontra no Museu Mariano Procópio, em Juiz de Fora,
Minas Gerais.
Pedro Américo foi também historiador, filósofo,
escritor, romancista e poeta. Mas, sem dúvida, seu grande talento foi à pintura.
Sua obra esteve inserida na arte neoclássica, privilegiando temas históricos e
personificações. Suas pinturas são fundamentais para se compreender o
patriotismo criado entre os brasileiros. Pedro Américo é considerado um
inovador na pintura brasileira e, pelo seu talento, recebeu variados prêmios
nacionais e internacionais. Muitas de suas obras entraram para o imaginário coletivo, sendo reproduzidas em diversas ocasiões.
Foi o desenhista e pintor brasileiro mais
importante do século XIX. Sendo ainda hoje um dos desenhistas e pintores mais
importantes da nossa história. É Patrono da cadeira nº 24 da Academia Paraibana
de Letras. É o autor de dezenas de telas, a exemplo: "O Grito do Ipiranga", uma encomenda da família real,
para fazer parte do acervo do Museu do Ipiranga. Também são de sua autoria as
telas: "Batalha do Havaí",
"Paz e Concórdia", "Batalha do Campo Grande", entre outras.
Em 1888, estando em Florença, Itália, Pedro
Américo pintou a sua obra de maior importância em sua carreira, "Independência ou Morte" mais
conhecida como "O Grito do
Ipiranga", retratando um fato ocorrido em 1822, antes de seu
nascimento, que foi encomendada por D. Pedro II, para fazer parte do acervo do
Museu Imperial, hoje Museu Paulista.
Na infância, sofreu com beribéri e praticamente
ficou cego, além de empobrecido com a crise nacional no começo da República.
Faleceu em Florença, Itália, no dia 7 de outubro de 1905 e foi provisoriamente
sepultado no Rio de Janeiro. Somente mais tarde seu corpo foi transferido para
sua cidade natal, Areia.
SUAS
PRINCIPAIS OBRAS SÃO:
Batalha do Campo Grande, 1871 (Museu Imperial
do Rio).
A Fala do Trono, 1873 (Museu Imperial do Rio).
Batalha do Havaí, 1877 (Museu Nacional de Bela
Arte).
Davi e Abisag, 1879 (Museu Nacional de Belas
Artes).
Moisés e Jacabed, 1884 (Museu Nacional de
Belas Artes).
O Grito do Ipiranga, 1888 (Museu Paulista).
Libertação dos Escravos, 1889 (Palácio dos
Bandeirantes).
Tiradentes Esquartejado, 1893 (Museu Mariano
Procópio - Minas).
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Tiradentes Esquartejado - 1893 |
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Duas Crianças Dormindo (Os Filhos de Eduardo IV da Inglaterra - 1893) |
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Paraíso |
Permita me fazer algumas observações, você se equivocou as imagens das batalhas do Avaí e Campo grande estão trocadas ,você coloca o Osório na Batalha de Campo Grande ,ele foi retratada na do Avaí e você chama a batalha de Campo Grande de Avaí .também coloca um soldado Paraguaio como Pedro Américo também esta errado
ResponderExcluirObrigado pela observação, foi corrigido as fotos trocadas.
ResponderExcluirVocê sabe de que movimento é o quadro Fausto e Margarida e sabe mais sobre esse quadro?
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