terça-feira, 4 de agosto de 2015

A HISTÓRIA DA CONQUISTA DA PARAÍBA HÁ 430 ANOS


1.  No princípio: Antes da chegado do colonizado na terra de Pindorama, esta terra era povoada pelos valentes índios Potiguras;

2.  Introdução: Quando o Governador Geral (D. Luís de Brito) recebeu a ordem para separar a capitania de Itamaracá, também recebeu a ordem do rei de Portugal D. Sebastião de punir os índios responsáveis pelo massacre de Tracunhaém, expulsar os franceses que habitavam a margem do rio Paraíba (Forte Velho) e fundar uma cidade. Assim começaram as cinco expedições para a conquista da Paraíba. Para isso o rei D. Sebastião deu ordem primeiramente ao Ouvidor Geral D. Fernão da Silva.

3.  I Expedição (1574): O comandante desta expedição foi o Ouvidor Geral D. Fernão da Silva que ao chegar no Brasil, Fernão tomou posse das terras em nome do rei de Portugal sem que houvesse nenhuma resistência, mas isso foi apenas uma armadilha. Sua tropa foi surpreendida por ataques indígenas e teve que recuar para Pernambuco.

4.  II Expedição (1575): Quem comandou a segunda expedição foi o Governador Geral, D. Luís de Brito. Sua expedição foi prejudicada por ventos desfavoráveis e eles nem chegaram sequer às terras paraibanas. Três anos depois outro Governador Geral (Lourenço Veiga), tenta conquistar o Rio Paraíba, não obtendo êxito por causas de maus tempos.

5.  III Expedição (1579): Frutuoso Barbosa faz acordo com o rei de Portugal, impôs a condição de que se ele conquistasse a Paraíba, deveria governar por dez anos. Essa ideia só lhe trouxe prejuízos, uma vez que quando estava vindo à Paraíba, caiu sobre sua frota uma forte tormenta e além de ter que recuar até Portugal, ele perdeu sua esposa.

6.  IV Expedição (1582): Com a mesma proposta imposta por ele na expedição anterior, Frutuoso Barbosa volta decidido a conquistar a Paraíba, mas cai na armadilha dos índios e dos franceses. Frutuoso Barbosa desiste após perder um filho em combate.

7.   V Expedição (1584): Agora com o apoio dos comandantes Flores Valdez e Felipe de Moura, o insistente comerciante Frutuoso Barbosa, finalmente consegui expulsar os franceses da margem do rio Paraíba e conquistar da enseada de Cabedelo. Após a conquista, eles construíram o Forte de São Felipe e São Tiago, cujas ruínas resistem à ação do tempo e estão localizadas no lugar paradisíaco chamado, Forte Velho, município de Santa Rita.

8.  Conquista da Paraíba: O Ouvidor Geral Martim Leitão formou uma tropa constituída por brancos, índios, escravos e até religiosos. Quando aqui chegaram se depararam com índios que sem defesa, fogem e são aprisionados. Ao saber que eram índios Tabajaras, Martim Leitão manda soltá-los, afirmando que sua luta era contra os Potiguaras (rivais dos Tabajaras). Após o incidente, Leitão procurou formar uma aliança com os Tabajaras, que por temerem outra traição, a rejeitaram.

9.  Depois de alguns meses, Martim Leitão e sua tropa finalmente chegaram ao Forte de São Felipe e São Tiago, que se encontrava em decadência e miséria devido às intrigas entre espanhóis e portugueses. Com isso Martim Leitão nomeou outro português, conhecido como Castrejon, para o cargo de Frutuoso Barbosa. A troca só fez piorar a situação. Ao saber que Castrejon havia abandonado, destruído o Forte e jogado toda a sua artilharia ao mar, Leitão o prendeu e o enviou de volta à Espanha.

10.   Quando ninguém esperava, os portugueses se unem aos índios Tabajaras, fazendo com que os índios Potiguaras deixassem o litoral e fugissem para o interior do estado. Isto se deu no início de agosto de 1585.

11.   A conquista da Paraíba se deu no final de tudo através da união de um português, João Tavares e um chefe indígena chamado Piragibe, palavra que significa Braço de Peixe.


Marcos Zero da Paraíba onde aconteceu o acordo de paz 
entre um chefe português e o chefe indígena

12.   Fundação da Paraíba: O Ouvidor Martim Leitão trouxe para a Paraíba, pedreiros, carpinteiros, engenheiros e outros para edificar a Cidade de Nossa Senhora das Neves. Com o início das obras, Martim Leitão foi a Baía da Traição expulsar o restante dos franceses que permaneciam em terras paraibanas. Martim Leitão nomeou João Tavares para ser o capitão do Forte. A Paraíba foi à terceira cidade a ser fundada no Brasil e a última do século XVI.

13.   Medidas Atitudes: As primeiras medidas de Martim Leitão foram para a construção de galpões de trabalho, levantamento de um forte, projeção de uma casa para servir de almoxarifado e demais construções essenciais à moradia.


Atual rua General Osório

14.  Primeira Edificação: A principal fortificação teve construção iniciada em 1586, no lugar denominado Cabedelo – palavra equivalente à ponta de terra – onde o rio Paraíba se encontra com o mar. Tornava-se essencial fortalecer esse sítio porque quem o controlasse teria acesso à cidade, dezoito quilômetro rio abaixo.


Catedral Basílica de Nossa Senhora das Neves - JP

15.  Forte de Cabedelo – Em 1589 deu início à construção do Forte do Cabedelo a margem direita do rio Paraíba no lugar chamado de cabo de areia com a finalidade de cumprir funções específicas ligadas à defesa da capitania da Paraíba, cidade de Nossa Senhora das Neves e de todo litoral nordestino contra tentativas de invasões estrangeiras: franceses e holandês.


Fortaleza de Santa Catarina

16.   O Forte do Cabedelo foi construído sob a ordem do Capitão-mor Frutuoso Barbosa, que tinha intenção de explorar a região e combater as invasões estrangeiras, ordenou ao engenheiro alemão, Cristóvão Lintz, o projeto de construção do Forte, que posteriormente desenhou uma planta em forma de polígono estrelado.

17.   O Forte do Cabedelo teve seu primeiro comandante, Francisco Cardoso do Matos. A munição era assegurada pela Casa da Pólvora, a terceira e mais importante das quais tomou o lugar do forte do Varadouro erguido em 1710.


Casa da Pólvora

18.   A colonização da Paraíba é pontilhada de momentos difíceis. Além dos problemas de subsistência do pequeno grupo pioneiro de Martim Leitão e João Tavares era necessário:

·  Proteger os locais escolhidos para dar início ao povoamento;
·  Vigiar a barra do rio Paraíba, porta aberta aos franceses e aventureiros;
·  Ter cautela com tribos Cariri, que podiam atacar vindos do interior;
·  Sustentar defesa contra investidas Potiguaras;
·  Expulsar os franceses;
·  Conservar a aliança com os Tabajaras;
·  Transferir colonos e fixa-los na Capitania;
·  Estabelecer uma economia estável.


Fortaleza de Santa Catarina - Cabedelo/PB


19Conclusão do Forte do Cabedelo – 1712 - Mais de um século levou a construção do Forte, sendo reconstruídas várias vezes por causa dos constantes ataques franceses, indígenas e holandeses, centenas de homens portugueses, espanhóis, negros e índios trabalharam dias e mais dias para a conclusão do Forte de Cabedelo, sua primeira denominação. Depois passou a chamar-se Forte de Margarida, em homenagem a mãe do General Maurício de Nassau, que tinha falecido recentemente. O Domínio holandês na Paraíba foi de 1634 a 1654. Com a expulsão, (depois de vinte longos anos), dos holandeses da Paraíba o forte mudou de nome, ficando até hoje denominado de Fortaleza de Santa Catarina, talvez em homenagem a Duquesa de Bragança, Dona Catarina, Sobrinha do Cardeal D. Henrique de Bragança, Rei de Portugal, ou por ocasião da Capela de Santa Catarina.












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