1. No princípio: Antes da
chegado do colonizado na terra de Pindorama, esta terra era povoada pelos
valentes índios Potiguras;
2. Introdução: Quando o
Governador Geral (D. Luís de Brito) recebeu a ordem para separar a capitania de
Itamaracá, também recebeu a ordem do rei de Portugal D. Sebastião de punir os
índios responsáveis pelo massacre de Tracunhaém, expulsar os franceses que
habitavam a margem do rio Paraíba (Forte Velho) e fundar uma cidade. Assim
começaram as cinco expedições para a conquista da Paraíba. Para isso o rei D.
Sebastião deu ordem primeiramente ao Ouvidor Geral D. Fernão da Silva.
3. I Expedição (1574): O comandante desta
expedição foi o Ouvidor Geral D. Fernão da Silva que ao chegar no Brasil,
Fernão tomou posse das terras em nome do rei de Portugal sem que houvesse
nenhuma resistência, mas isso foi apenas uma armadilha. Sua tropa foi
surpreendida por ataques indígenas e teve que recuar para Pernambuco.
4. II Expedição (1575): Quem comandou a segunda expedição
foi o Governador Geral, D. Luís de Brito. Sua expedição foi prejudicada por
ventos desfavoráveis e eles nem chegaram sequer às terras paraibanas. Três anos
depois outro Governador Geral (Lourenço Veiga), tenta conquistar o Rio Paraíba,
não obtendo êxito por causas de maus tempos.
5. III Expedição (1579): Frutuoso Barbosa faz acordo
com o rei de Portugal, impôs a condição de que se ele conquistasse a Paraíba,
deveria governar por dez anos. Essa ideia só lhe trouxe prejuízos, uma vez que
quando estava vindo à Paraíba, caiu sobre sua frota uma forte tormenta e além
de ter que recuar até Portugal, ele perdeu sua esposa.
6. IV Expedição (1582): Com a mesma proposta
imposta por ele na expedição anterior, Frutuoso Barbosa volta decidido a
conquistar a Paraíba, mas cai na armadilha dos índios e dos franceses. Frutuoso
Barbosa desiste após perder um filho em combate.
7. V Expedição (1584): Agora
com o apoio dos comandantes Flores Valdez e Felipe de Moura, o insistente comerciante
Frutuoso Barbosa, finalmente consegui expulsar os franceses da margem do rio
Paraíba e conquistar da enseada de Cabedelo. Após a conquista, eles construíram
o Forte de São Felipe e São Tiago, cujas ruínas resistem à ação do tempo e estão
localizadas no lugar paradisíaco chamado, Forte Velho, município de Santa Rita.
8. Conquista da Paraíba: O Ouvidor Geral Martim Leitão
formou uma tropa constituída por brancos, índios, escravos e até religiosos. Quando
aqui chegaram se depararam com índios que sem defesa, fogem e são aprisionados.
Ao saber que eram índios Tabajaras, Martim Leitão manda soltá-los, afirmando
que sua luta era contra os Potiguaras (rivais dos Tabajaras). Após o incidente,
Leitão procurou formar uma aliança com os Tabajaras, que por temerem outra
traição, a rejeitaram.
9. Depois de alguns meses, Martim Leitão
e sua tropa finalmente chegaram ao Forte de São Felipe e São Tiago, que se
encontrava em decadência e miséria devido às intrigas entre espanhóis e portugueses.
Com isso Martim Leitão nomeou outro português, conhecido como Castrejon, para o
cargo de Frutuoso Barbosa. A troca só fez piorar a situação. Ao saber que
Castrejon havia abandonado, destruído o Forte e jogado toda a sua artilharia ao
mar, Leitão o prendeu e o enviou de volta à Espanha.
10. Quando ninguém esperava, os
portugueses se unem aos índios Tabajaras, fazendo com que os índios Potiguaras deixassem
o litoral e fugissem para o interior do estado. Isto se deu no início de agosto
de 1585.
11. A conquista da Paraíba se deu no final de tudo
através da união de um português, João Tavares e um chefe indígena chamado Piragibe, palavra
que significa Braço de Peixe.
Marcos Zero da Paraíba onde aconteceu o acordo de paz entre um chefe português e o chefe indígena |
12. Fundação da Paraíba: O Ouvidor Martim
Leitão trouxe para a Paraíba, pedreiros, carpinteiros, engenheiros e outros
para edificar a Cidade de Nossa Senhora das Neves. Com o início das obras, Martim
Leitão foi a Baía da Traição expulsar o restante dos franceses que permaneciam
em terras paraibanas. Martim Leitão nomeou João Tavares para ser o capitão do
Forte. A Paraíba foi à terceira cidade a ser fundada no Brasil e a última do
século XVI.
13. Medidas
Atitudes: As primeiras medidas de Martim Leitão foram para a construção de
galpões de trabalho, levantamento de um forte, projeção de uma casa para servir
de almoxarifado e demais construções essenciais à moradia.
Atual rua General Osório |
14. Primeira Edificação: A principal fortificação teve construção iniciada em 1586, no lugar
denominado Cabedelo – palavra equivalente à ponta de terra – onde o rio Paraíba
se encontra com o mar. Tornava-se essencial fortalecer esse sítio porque quem o
controlasse teria acesso à cidade, dezoito quilômetro rio abaixo.
Catedral Basílica de Nossa Senhora das Neves - JP |
15. Forte de Cabedelo – Em 1589 deu início à construção do Forte do Cabedelo a margem direita
do rio Paraíba no lugar chamado de cabo de areia com a finalidade de cumprir
funções específicas ligadas à defesa da capitania da Paraíba, cidade de Nossa
Senhora das Neves e de todo litoral nordestino contra tentativas de invasões
estrangeiras: franceses e holandês.
Fortaleza de Santa Catarina |
16. O Forte do Cabedelo foi construído sob
a ordem do Capitão-mor Frutuoso Barbosa, que tinha intenção de explorar a
região e combater as invasões estrangeiras, ordenou ao engenheiro alemão,
Cristóvão Lintz, o projeto de construção do Forte, que posteriormente desenhou
uma planta em forma de polígono estrelado.
17. O Forte do Cabedelo teve seu primeiro
comandante, Francisco Cardoso do Matos. A munição era assegurada pela Casa
da Pólvora, a terceira e mais importante das quais tomou o lugar do forte do Varadouro
erguido em 1710.
Casa da Pólvora |
18. A colonização da Paraíba é pontilhada de momentos
difíceis. Além dos problemas de subsistência do pequeno grupo pioneiro de
Martim Leitão e João Tavares era necessário:
·
Proteger
os locais escolhidos para dar início ao povoamento;
·
Vigiar a
barra do rio Paraíba, porta aberta aos franceses e aventureiros;
·
Ter
cautela com tribos Cariri, que podiam atacar vindos do interior;
·
Sustentar
defesa contra investidas Potiguaras;
·
Expulsar
os franceses;
·
Conservar
a aliança com os Tabajaras;
·
Transferir
colonos e fixa-los na Capitania;
·
Estabelecer
uma economia estável.
Fortaleza de Santa Catarina - Cabedelo/PB |
19. Conclusão
do Forte do Cabedelo – 1712 - Mais de um século levou a
construção do Forte, sendo reconstruídas várias vezes por causa dos constantes
ataques franceses, indígenas e holandeses, centenas de homens portugueses,
espanhóis, negros e índios trabalharam dias e mais dias para a conclusão do
Forte de Cabedelo, sua primeira denominação. Depois passou a chamar-se Forte de Margarida, em homenagem a mãe do General Maurício de Nassau, que
tinha falecido recentemente. O Domínio holandês na Paraíba foi de 1634 a 1654. Com a expulsão,
(depois de vinte longos anos), dos holandeses da Paraíba o forte mudou de nome,
ficando até hoje denominado de Fortaleza de Santa Catarina, talvez em homenagem
a Duquesa de Bragança, Dona Catarina, Sobrinha do Cardeal D. Henrique de
Bragança, Rei de Portugal, ou por ocasião da Capela de Santa Catarina.
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