domingo, 10 de agosto de 2014

A SAGA DO POETA E ESCRITOR ARIANO SUASSUNA


MATERIAL DISPONIBILIZADO PARA TRABALHO DE PESQUISA 
SOBRE O PARAIBANO ARIANO SUASSUNA.





CONHEÇA A SAGA DO POETA, ESCRITOR E DRAMATURGO ARIANO SUASSUNA:


CAPÍTULO 1 - (EQUIPE 1)

Esta é a história do príncipe que conquistou o mundo escrevendo suas prosas e versos, elevando o imaginário da literatura brasileira e a riqueza da cultura popular de raízes, tantas vezes exaltada em suas vídeos aulas. Tudo começa no ano de 1927, bem perto dos festejos juninos, na antiga cidade, Nossa Senhora das Neves, depois Frederick, Paraíba, e hoje João Pessoa capital do estado.


D. Rita de Cássia Dantas Vilar e  João Suassuna.

Nasceu no dia 16 de junho de 1927, no Palácio da Redenção, sede do Governo da Paraíba, quando o pai era o Presidente do Governo do Estado, tendo governado a Paraíba de 1924 a 1928. Filho de Rita de Cássia Dantas Villar e João Urbano Pessoa de Vasconcelos Suassuna. No ano seguinte, seu pai deixa o governo da Paraíba e a família passa a morar em Sousa, sertão da Paraíba, na Fazenda Acauhan, distrito de Aparecida. O casal teve nove filhos: João, Saulo, Germana, Lucas, Beta, Marcos, Selma, Ariano e Magda.


Ariano Suassuna declamando o Poema:

ACAUHAN – A Malhada da Onça
(Ariano Suassuna)

Aqui morava um Rei, quando eu menino:
Vestia ouro e Castanho no gibão.
Pedra da sorte sobre o meu Destino,
Pulsava, junto ao meu, seu Coração.

Para mim, seu Cantar era divino,
Quando, ao som da Viola e do Bordão,
Cantava com voz rouca o Desatino,
O Sangue, o riso e as mortes do Sertão.

Mas mataram meu Pai, Desde esse dia,
Eu me vi, como um Cego, sem meu Guia,
Que se foi para o Sol, transfigurado.

Sua Efígie me queima. Eu sou a Presa,
Ele, a Brasa que impede ao Fogo, acesa,
Espada de ouro em Pasto ensanguentado.

Presidente João Pessoa
(52 anos)

Em 22 de outubro de 1928, João Pessoa Cavalcanti de Albuquerque, assume o governo do estado da Paraíba. Em 1929 é declarada a luta que antecedeu a Revolução de 1930. O Coronel e Deputado Estadual José Pereira Lima, se rebela na cidade de Princesa Isabel, no sertão do estado da Paraíba e passa a apoiar João Suassuna para Deputado Federal. 

Em 29 de julho de 1929, o então Presidente Washington Luís convida João Pessoa para compor como vice-presidente na chapa do candidato a presidente Júlio Prestes, mas João Pessoa negou a participação na chapa governista, mais tarde preferiu ficar como vice-presidente na chapa de Getúlio Vargas sendo candidato da oposição com apenas três estados da federal: Minas Gerais, Rio Grande do Sul e Paraíba, mas perderam para a chapa governista que tinha o apoio de dezessete estados que apoiavam a chapa encabeçada por Júlio Prestes  vencedora na eleição de 1 de março de 1930.


CAPÍTULO 2 - (EQUIPE 2)


Em 26 de julho de 1930, João Pessoa Cavalcanti de Albuquerque, presidente do estado da Paraíba é assassinado aos 52 anos por seu adversário político, o jornalista e advogado João Duarte Dantas, na Confeitaria Glória, no Recife.


O Presidente João Pessoa morto no balcão de uma farmácia
no centro do Recife-PE..

Em sua homenagem, a partir do dia 4 de setembro de 1930, a capital do estado da Paraíba, antes denominada de Paraíba, passou a se chamar João Pessoa.  Fato que levou as autoridades da época modificarem a bandeira do estado, sendo adotada em 25 de setembro de 1930.




Hoje a cor preto significa, a morte de João Pessoa e a cor vermelha simboliza, o sangue de João Pessoa. No centro da faixa vermelha está posicionada à palavra, “NEGO” que é a conjugação do verbo negar na primeira pessoa do presente do indicativo. Este verbo é uma referência ao fato histórico em que o governador João Pessoa negou (não aceitou) o nome do sucessor indicado pelo presidente Washington Luís. A bandeira do estado da Paraíba foi adotada em 25 de setembro de 1930 (pela Lei nº 704) e somente oficializada em 26 de julho de 1965.



Velório do Presidente João Pessoa Cavalcanti.

De acordo com alguns historiadores, a morte do presidente João Pessoa teria sido uma das causas da explosão da Revolução de 1930, tendo depois o presidente Washington Luís elevado Getúlio Vargas ao Poder, assumido a Presidência do Brasil, no dia 3 de novembro de 1930 num governo chamado de “provisório”, era o fim da República Velha, que tinha característica de alternância de poder entre São Paulo (maior produtor de café do país) e Minas Gerais (com grande bacia leiteira), uma prática conhecida como “política do café com leite”.


Cel. José Pereira Lima

Enquanto isto, aqui na Paraíba em 1930, o município de Princesa Isabel declarava “território independente” pelo Coronel José Pereira Lima através de luta armada, entre os dias 3 e 4 de Outubro.


João Dantas e a noiva Anayde Beiriz.

Em 03 de outubro de 1930, João Dantas e seu cunhado Augusto Caldas, que haviam sido presos no episódio da Confeitaria Glória de 26 de julho daquele ano, foram encontrados mortos, estrangulados em sua cela na Casa de Detenção do Recife, uma morte para o qual nunca apareceram os culpados. A tese de suicídio, alardeada pelas autoridades da época, foi contestada pela família e é hoje reconhecida como falsa.


João Dantas assassinado na cela da Casa de Detenção no Recife.



Em 09 de outubro de 1930, João Urbano Pessoa de Vasconcelos Suassuna, deputado federal pelo estado da Paraíba, é assassinado por um pistoleiro que lhe tirou a vida pelas costas, por motivos políticos, quando caminhava para o parlamento na capital da república Rio de Janeiro. No bolso do seu paletó estava uma carta para sua mulher, em que dizia:


Deputado Federal João Suassuna.
“Se me tirarem a vida os parentes do presidente João Pessoa, saibam todos os nossos que foi clamorosa a injustiça – eu não sou responsável, de qualquer forma, pela sua morte, nem de pessoa alguma neste mundo”. “Não alimentem, apesar disso, ideia ou sentimento de vingança contra ninguém. Recorram para Deus, para Deus somente. Não se façam criminosos por minha causa!”


CAPÍTULO 3 - (EQUIPE 5)


Fazenda Acauhan no sertão da Paraíba

A família de Ariano Suassuna permaneceu morando na Fazenda Acauhan no sertão paraibano de 1931. No ano de 1932 houve uma grande seca no sertão do estado, onde a família perdeu quase todo o rebanho deixado pelo pai João Suassuna. Foi uma época que o menino Ariano Suassuna realizou as primeiras caçadas sob o comando do tio materno, Alfredo Dantas Vilar e do Irmão João Suassuna Filho. Neste ano a família Suassuna, agora chefiada por Dona Rita de Cássia Dantas Vilar, muda-se para a cidade de Taperoá, no pedregoso Cariri Velho da Paraíba do Norte.




De 1934 a 1937, o menino Ariano Suassuna aprende as primeiras letras em Taperoá com pessoas de sua família. Realiza as suas caçadas e expedições nas Fazendas São Pedro, Saco, Parati e Malhada da Onça. Nessa época, Ariano Suassuna escuta as primeiras cantorias e desafios de viola e vê pela primeira vez uma peça de teatro de mamulengo (marionete), cujo caráter de “improvisação” seria uma das marcas registradas também da sua produção teatral. É nesse mesmo ano que sua mãe, Rita de Cássia Dantas Vilar vê-se obrigada a vender a Fazenda Acauhan para poder educar os filhos.


Cidade de Taperoá

De 1938 a 1941, o menino Ariano Suassuna é levado a conhecer outros mundos através da literatura brasileira por intermédio dos seus tios Manuel Dantas Vilar (meio ateu e republicano) e por Joaquim Duarte Dantas (monarquista e católico) ambos incentivam o sobrinho a fazer as primeiras leituras nos livros dos autores: Eça de Queiroz, Guerra Junqueira e Euclydes da Cunha. O tio Manuel Dantas Vilar recomenda ao menino, a leitura do romance histórico – Vida e Reinado de Dom Sebastião da autoria de Antero Figueiredo (1886-1953), o que mais tarde viria inspirar Ariano Suassuna na criação do Romance d'A Pedra do Reino. Ao completar 10 anos ganha do tio Antônio Dantas Vilar, o livro “Doidinho” do escritor paraibano José Lins do Rêgo.

RESUMO DO LIVRO - DOIDINHO da Autoria de José Lins do Rego.

“Doidinho”, de José Lins do Rego, é o segundo livro do autor paraibano de Itabaiana, publicado em 1933, e que faz parte de um período do autor conhecido historicamente por “Ciclo da Cana-de-Açúcar”.

Misturando lembranças da infância e adicionando a isso diversos elementos ficcionais, ele cria o personagem Doidinho, apelido escolar do menino Carlos de Melo, recém-entrado na adolescência, e que é descendente de uma abastada família dona de engenho. O garoto de apenas 12 anos é enviado para estudar no Instituto Nossa Senhora do Carmo, uma escola de Itabaiana, cuja fama do diretor e dono, senhor Maciel, é de usar métodos violentos, via palmatória e castigos, para manter a disciplina entre os alunos, mesmo nos casos daqueles que apresentam dificuldades no aprendizado ou de comportamento. Doidinho vê-se então repentinamente extraído do mundo livre e desimpedido de sua infância, para uma vida totalmente inédita, cheia de novidades para um menino criado dentro de uma fazenda. Logo se acostuma com o aprendizado tosco e difícil do professor, sente as primeiras pulsações do amor por uma colega de sala, contrai vínculos de amizade sincera, ao mesmo tempo em que contempla a sordidez de índole e comportamento com alguns outros colegas de sala. Também sofre com a alimentação sem muito nutrientes, os castigos impostos pelo professor, às dificuldades no aprendizado de algumas lições, as injustiças que vê (e pratica) no cotidiano. Vai tornando-se homem, enfim, através de duras lições proporcionadas no dia-a-dia da escola.

É certo que ele também obtém suas pequenas vitórias, como o aprendizado rápido das matérias e suas leituras. Tanto que quando volta para a fazenda, em suas férias alguns meses depois já levam dentro de si todos os remendos dessa transformação interior. Observa melhor a disposição do tecido social no qual está inserido. Sem forças para modificar o mundo, vê-se às voltas com os mesmos (e outros) problemas já experimentados antes, na escola. E eles são de toda ordem: mentira, inveja, soberba, opressão e ambição.

Seu retorno à escola, após as férias, já denotam um outro avanço, a vontade de crescer rápido, sair logo dali, ao mesmo tempo em que percebe que a morte e a doença estão à espreita, e vem de todo lado. Assim como a compreensão de que somos humanos, e como tais, cheios de falhas, erros, fraquezas e medos.

José Lins do Rego, excelente prosador brasileiro, foi criador de tipos humanos completos, cerzidos na vida e suas circunstâncias. “Doidinho” revela-se um excelente exemplar dessa manufatura de tipos humanos em formação perfeitamente natural. A grande contribuição de seus textos, principalmente seus três primeiros livros – os do “Ciclo da Cana-de-Açúcar”, Menino de Engenho, “Doidinho” e Bangüê – uma conjuntura de seres, traços, personalidades e sociedades que representam sobriamente o macrocosmo de um Brasil que não é, e nunca foi diferente daquilo que sabemos ser o mundo real. A ficção se vale disso para nos lembrar de que a vida é isso aí. Basta-nos vivê-la, e intensamente.

CAPÍTULO 4 - (EQUIPE 3)

Em 1942, muito preocupada com os estudos dos filhos, Dona Rita de Cássia Dantas Vilar, mudou-se para a cidade do Recife, onde seus filhos mais velhos já estudavam. Ali passa a residir definitivamente e Ariano começa a conhecer uma nova realidade, alicerçando a formação de um futuro escritor, durante sua adolescência e juventude.

Em 1945, passa a estudar no Colégio Oswaldo Cruz, onde torna-se amigo do pintor Francisco Brennand, seu colega de turma, com quem partilhou uma longa amizade. Publica seu primeiro poema – Noturno – por intermédio de Tadeu Rocha e Esmaragdo Marroquim, no Jornal do Comércio. Inicia a publicação de poemas em jornais pernambucanos de 1945 até 1970.

Em 1946, começa os estudos na Faculdade de Direito do Recife. Aí um novo mundo se abre definitivamente para ele através de contatos com grupo de escritores, atores, pintores, romancistas e pessoas interessadas em arte e literatura. Neste grupo estavam pessoas como Hermilo Borba Filho, José Laurênio de Melo, Carlos Maciel, Capiba, Galba Pragana, Joel Pontes, Ivan Neves Pedrosa, Aloísio Magalhães, Heraldo Pessoa Souto Maior, José de Morais Pinto, Gastão de Holanda, Ana e Rachel Canem, etc... E sob a liderança de Hermilo Borba Filho, os estudantes, tendo à frente Ariano Suassuna, fundaram o Teatro do Estudante de Pernambuco. São produzidos os primeiros poemas ligados ao romanceiro popular do Nordeste, a exemplo Galope à Beira-Mar; A Morte do Touro Mão de Pau e Os Guaribas que são publicados na Revista Estudante da Faculdade de Direito, no Jornal do Diretório Acadêmico de Medicina e em Suplementos de jornais do Recife.

Em 1947, já com a sua formação cultural consolidada, Ariano Suassuna escreve a sua primeira peça de teatro, “Uma Mulher Vestida de Sol” baseada no Romanceiro nordestino.

Em 1948, ganha seu primeiro prêmio literário com a dramaturgia da peça, “Uma Mulher Vestida de Sol”, prêmio Nicolau Carlos.  Neste ano escreve sua segunda peça teatral, intitulada: “Cantam as Harpas de Sião” (ou O Desertor de Princesa) que foi montada pelo Grupo de Teatro do Estudante de Pernambuco com direção de Hermilo Borba Filho.

Em 1949, escreveu a sua terceira peça teatral, intitulada: “Os Homens de Barro” desta vez em três atos que foi montada no ano seguinte pelo mesmo grupo e diretor.

Em 1950, escreveu a sua quarta peça teatral, “Auto de João da Cruz”, baseada em três folhetos de cordel e recebeu o Prêmio Martins Pena pela peça, Auto de João da Cruz e forma-se pela Faculdade de Direito do Recife. Sentindo-se cansado volta a residir temporariamente em Taperoá para curar de doença pulmonar.

Em 1951, morando em Taperoá, escreve a sua quinta peça teatral, “Torturas de um coração Ou em Boca Fechada não Entra Mosquito”, que fora encenada por mamulengo com o objetivo de apresentar especialmente para recepcionar sua noiva e familiares que vinham do Recife/PE. A peça foi acompanhada por músicos da turma de pífano do seu Manoel Campina.

CAPÍTULO 5 - (EQUIPE 4)

Em 1952, volta a residir no Recife, logo procura o amigo Murilo Guimarães, renomado jurista e professor, a fim de trabalhar em seu escritório como advogado. Dedicou-se à advocacia, sem abandonar, porém, a atividade teatral. Nessa época escreve a peça teatral, “O Arco Desolado” e ganha menção honrosa no concurso do IV Centenário de São Paulo, onde conquista espaço nos grandes centros de Movimentos Culturais.

Em 1953, baseado em folheto de Cordel escreve a peça teatral, “O Castigo da Soberba”, de apenas um ato.

Em 1954, mais uma vez escreve uma peça teatral, “O Rico Avarento” em um ato para ser encenada por teatro popular de mamulengo. Os mesmos estudantes que tinham criado o teatro tempo atrás, agora se reúnem e forma uma sociedade que denominaram de “O Gráfico Amador”, para imprimir os escritores do grupo, ficando à frente da iniciativa Orlando da Costa Ferreira (o único que não tinha sido colega da Faculdade de Direito), Gastão Holanda, José Laurênio de Melo e Aloísio Magalhães, onde todas as quintas-feiras à noite esse grupo se reunia para conversar e cuidar da impressão de seus, num total de 30, em sete anos de sua existência. Foi nessa cooperativa que Ariani Suassuna publica o livro Ode.

Em 1955, escreveu a peça teatral, “O Auto da Compadecida”, que seria seu grande sucesso no campo da dramaturgia. A peça tem o personagem João Grilo que foi inspirado em personagem existente nos folhetos de cordel e também Chicó um grande contador de causos mentirosos que existia na cidade de Taperoá-PB.
Em 1956, escreve um romance intitulado, “A História de Amor de Fernando e Isaura”. Na época, torna-se professor de Estética de Arte da Universidade Federal de Pernambuco, deixando a advocacia. Escreve para seus alunos um Manual de Estética e torna-se encarregado do Setor de cultura do SESI.

Em 1957, no dia do aniversário de seu pai, 19 de janeiro, casa-se com Zélia de Andrade Lima, da família de José de Barros Lima, o Leão Coroado, companheiro do frei Caneca em 1817. O Casal teve seis filhos: Joaquim, Maria, Manuel, Isabel, Mariana e Ana. Neste ano, ganha o prêmio Vânia Souto de Carvalho com a peça, “O Casamento Suspeitoso”, montada em São Paulo pela Companhia Sérgio Cardoso, com direção de Hermilo Borba Filho. Nesse mesmo ano, ganha Medalha de Ouro da Associação Paulista de Críticos Teatrais pela peça, “O Santo e a Porca”. Assume o ensino de Teoria do Teatro, Estética e Literatura Brasileira no atual Centro de Artes e Comunicação da UFPE, então Escola de Belas Artes e de História da Cultura Brasileira, no Mestrado de História da Universidade Federal de Pernambuco.

Em 1958, neste ano Ariano Suassuna escreve a peça teatral, “O Homem da Vaca e o Poder da Fortuna”, baseado num folheto de cordel, peça esta para ser encenada com mamulengo e num canto oral da literatura popular nordestino. Ainda neste ano foi premiado com a peça, “O Auto da Compadecida”, ganhando Medalha de Ouro, conferida pela Associação Brasileira de Críticos Teatrais. Também é considerado o Melhor Autor Nacional de Comédia pela Secretaria de Educação e Cultura da cidade do Rio de Janeiro. Recebe os prêmios Vânia Souto de Carvalho, conferidos pela Associação de Cronistas Teatrais de Pernambuco.

Em 1959, escreve a peça, “A Pena e a Lei”, em três atos. O diretor Hermilo Borba Filho monta a peça, “Torturas de um Coração” para inaugurar o Teatro Popular do Nordeste no Recife.

Em 1960, escreve a peça “A Faça da Boa Preguiça” em três atos. Forma-se em Filosofia pela Universidade Católica de Pernambuco.


Em 1961, escreve a peça “A Farsa da Boa Preguiça” que é montada pelo Teatro Popular do Nordeste, com direção de Hermilo Borba Filho.

Em 1962, escreve a peça “A Caseira e a Catarina”, um espetáculo para ser encenado em um ato, que fora montado pelo Teatro Popular do Nordeste, sob direção de Hermilo Borba Filho.

Em 1963, a Universidade da California Press publica a tradução com versão para o inglês da peça, O Auto da Compadecida.

Em 1964, o dramaturgo Ariano Suassuna publica pela editora da Universidade Federal de Pernambuco duas peças de sua autoria: “Uma Mulher Vestida de Sol e O Santo e a Porca”. Neste mesmo ano a peça, O Auto da Compadecida é traduzida para o Holandês.

Em 1966, neste ano, a peça, “O Santo e a Porca” é publicada na Argentina pelas Editoras Losangue, B. Aires, com tradução de MonteserrtMira, com o título de “El Santo y la Chancha”.

Em 1967, Ariano Suassuna passa a ser Membro Fundador do Conselho Federal de Cultura, do qual fez parte de 1967 a 1973.

Em 1968, Ariano Suasssuna é indicado Membro Fundador do Conselho Estadual de Cultura de Pernambuco, do qual fez parte de 1968 a 1972.

Em 1969, Ariano Suassuna ocupa o cargo de Diretor do Departamento de Extensão Cultural da Universidade Federal de Pernambuco, onde fica de 1969 a 1974. Como diretor deste Departamento, convoca os artistas, Capiba, Guerra Peixe, Cussy de Almeida, Jarbas Maciel e Clóvis Pereira para procurarem uma música erudita, a música Armorial, baseada nas raízes populares e que viesse a se juntar ao seu teatro, à pintura de Francisco Brennand, à gravura de Gilvan Samico, à poesia de Janice Japiassu, Deborah Bernnand, Ângela Monteiro e Marcus Accioly, ao romance de Maximiano Campos, etc... Neste ano a peça, “A Pena e a Lei” é premiada no Festival Latino Americano de Teatro em Santiago do Chile.


Em 1970, neste ano é lançado no Recife, no dia 19 de outubro, o Movimento Armorial, com um concerto intitulado – Três Séculos de Música Nordestina, passando pela música barroca ao armorial e com exposição de gravura, pintura e escultura. Lança o livro de poemas “O Pasto Incendiado”. Na França, a editora, Gallimard, lança a tradução da peça, O Auto da Compadecida.


OBSERVAÇÃO:

Nos próximos dias serão postadas as atividades artístico culturais do paraibano Ariano Suassuna, referentes as décadas de, 70, 80, 90 até os anos 2000, considerando as diversas manifestações artistas por ele realizada.



PEÇAS TEATRAIS ESCRITAS POR ARIANO SUASSUNA:

1947 - Uma Mulher Vestida de Sol;
1949 – Os Homens de Barro;
1950 – Auto de João da Cruz;
1951 – Torturas de um Coração ou (Em Boca Fechada não entre Mosquito)
1952 – O Arco Desolado;
1953 – O Castigo da Soberba;
1954 – O Rico Avarento;
1955 – O Auto da Compadecida;
1956 – A História de Amor de Fernando e Isaura;
1957 – O Casamento Suspeitoso;
1957 - O Santo e a Porca;
1958 – O Homem da Vaca e o Poder da Fortuna;
1959 – A Pena e a Lei;
1960 – A Farsa da Boa Preguiça;
1962 – A Caseira e a Catarina.
1968 – O Romance d 'A Pedra do Reino escrita em 1958 e só concluída uma década depois em 1968 em plena ditadura  militar.