quarta-feira, 29 de julho de 2015

HÁ 35 ANOS A ÚLTIMA CANÇÃO PEDIA A VOZ ROMÂNTICA DE PAULO SÉRGIO

PAULO SÉRGIO DE MACEDO foi um cantor e compositor brasileiro que fez muito sucesso no final da década de 60, além dos aos 70 e 80. Ficou conhecido artisticamente do grande público como, Paulo Sérgio. Nasceu na cidade de Alegre, estado do Espírito Santos, no dia 10 de março de 1944 e faleceu em São Paulo, em 29 de julho de1980,
Teve uma morte prematura, aos 36 anos, em decorrência de um derrame cerebral, Paulo Sérgio é lembrado como o maior nome da música romântica nacional. O cantor e compositor capixaba iniciou sua carreira em 1968, no Rio de Janeiro, lançando um compacto com o sucesso Última Canção. O disco obteve sucesso imediato e vendeu 60 mil cópias em apenas três semanas, transformando seu intérprete num fenômeno de vendas. A despeito da curta carreira, Paulo Sérgio lançou treze discos e algumas coletâneas, obtendo uma vendagem superior a 10 milhões de cópias.

Primeiro filho do alfaiate Carlos Beath de Macedo e de Hilda Paula de Macedo, Paulo Sérgio, se não tivesse manifestado desde cedo o intento de tornar-se músico profissional, talvez teria se realizado como alfaiate, haja vista que aos dez anos freqüentava a alfaiataria do pai, aprendendo os primeiros segredos da agulha e da tesoura. Porém, a veia artística já se desenhava cedo. Aos seis anos de idade, quando em sua cidade natal Alegre-ES, apareceram às caravanas de artistas de emissoras de rádio do Rio de Janeiro, Paulo Sérgio participou, ao fim do espetáculo, de um mini-concurso de calouros. Foi escolhido o melhor dentre vários concorrentes, passando a ser requisitado como atração especial em todas as festinhas da pequena Alegre.

Ao chegar ao Rio de Janeiro, para onde a família se mudara em meados dos anos 50, a trajetória do menino Paulo ganhou uma nova conotação. Estudou no Colégio Pedro II e morava em Brás de Pina, na zona norte carioca, quando terminou o ginásio. Aos 15 anos, foi trabalhar em uma loja no bairro de Bonsucesso. Coincidência ou não, era uma loja de discos e eletrodomésticos, chamada “Casas Rei da Voz”. Como tocava bem violão, logo os amigos o incentivaram e Paulo Sérgio começou a mostrar suas composições.

Os anos 60 sacudiam a juventude e Paulo Sérgio fez seu batismo no programa Hoje é Dia de Rock, comandado por Jair de Taumaturgo, o mais badalado entre os jovens do Rio. Posteriormente, passaria ainda por muitos outros programas de calouros, como o Clube do Rock, do saudoso Rossini Pinto, onde muitos outros ídolos que iriam formar o pessoal da Jovem Guarda se apresentaram. Em 1966, no filme Na Onda do Iê-iê-iê, Paulo Sérgio aparece como calouro do Chacrinha, cantando a canção Sentimental Demais de Altemar Dutra.

Em 1967, uma nova e grande oportunidade de Paulo Sérgio surgiu, quando um amigo seu foi convidado para realizar testes na gravadora Caravelle, do empresário Renato Gaetani. Paulo, então, prontificou-se a acompanhar o amigo ao violão, que infelizmente não teve sorte. Porém, durante o teste, Álvaro Menezes, integrante do conjunto Os Selvagens e que era responsável por descobrir novos talentos da jovem guarda para a gravadora Caravelle, constatou que Paulo Sérgio também cantava e manifestou interesse em ouvir algumas de suas composições.

Álvaro assegurou a Renato Gaetani, seu tio, que Paulo Sérgio seria sucesso absoluto e assim, um contrato foi prontamente assinado. Mas o sucesso veio mesmo antes de gravar! Álvaro o levou várias vezes ao programa Haroldo de Andrade na TV Excelsior e o auditório vinha abaixo ao ouvi-lo cantar "Benzinho" que ainda nem havia sido gravada!

Paulo Sérgio tornou-se muito amigo de Álvaro a quem pedia conselhos sobre os mais diversos assuntos, até mesmo sobre a compra de seus dois primeiros carrões, um Mustang e um Cadillac Presidencial! Na época, o motorista de Paulo Sérgio era Tony Damito, o qual tempos depois, também gravou um disco com a ajuda de Paulo Sérgio e Álvaro.

Após alguns dias, Paulo Sérgio gravou um compacto simples, que continha as músicas Benzinho e Lagartinha. Entretanto, a sua afirmação definitiva deu-se com o lançamento, em 1968, do primeiro disco, denominado Paulo Sérgio - Volume 01, que, alavancou um grande sucesso com a música: Última Canção, que vendeu mais de 300.000 cópias. Paralelo ao sucesso meteórico de Paulo Sérgio surgiu à acusação de que ele era um imitador do cantor Roberto Carlos, então ídolo inconteste da juventude, dada a semelhança do seu timbre vocal. Como contrapartida, naquele mesmo ano Roberto Carlos lançaria o álbum O Inimitável.

Do sucesso inicial advieram propostas para que Paulo Sérgio ingressasse numa grande gravadora. Em 1972, este assinaria um vultoso contrato com a Copacabana, o qual, em razão das cifras envolvidas, foi considerado o maior acontecimento artístico daquele ano. Pelo selo Beverly, Paulo Sérgio lançaria ao todo oito álbuns.

A esposa Raquel Telles, o filho Rodrigo Jr. e Paulo Sérgio.
No dia 4 de março de 1972, Paulo Sérgio contraiu matrimônio com Raquel Teles Eugênio de Macedo, a qual conhecera casual e sugestivamente num pequeno acidente de trânsito. O casamento aconteceu secretamente, numa cerimônia simples, em Castilho, pequena cidade do interior de São Paulo. Em 23 de maio de 1974, nascia Rodrigo, que mais tarde usaria artisticamente o cognome de Paulo Sérgio Jr. Além de Rodrigo, Paulo Sérgio tivera ainda duas filhas, Paula Mara e Jaqueline Lira, fruto de relacionamentos anteriores.

ÚLTIMOS MOMENTOS DE SUA VIDA:

No dia 27 de julho de 1980, um domingo, Paulo Sérgio fez sua última apresentação na TV. Esta ocorreu no programa do apresentador Édson Cury (o Bolinha), da Rede Bandeirantes de Televisão, onde cantou duas músicas do seu último trabalho fonográfico: “O Que Mais Você Quer de Mim” e “Coroação”. Logo após apresentar-se no “Programa do Bolinha”, nos arredores do teatro onde aquele programa era veiculado, na Avenida Brigadeiro Luiz Antônio (São Paulo-SP), Paulo Sérgio envolveu-se num incidente que talvez tenha provocado sua morte.
Ele saiu do auditório para pegar seu carro, estacionado próximo à Avenida Brigadeiro Luís Antônio. Várias fãs o cercaram. Queriam beijos, autógrafos, carinhos, fotografias. Uma delas, agressivamente, começou a comentar fatos relacionados à vida íntima do cantor e sua mulher, Raquel Telles Eugênio de Macedo.
Para evitar encrencas os amigos trataram de afastar Paulo dela, enquanto a moça garantia que ainda tinha muito a dizer. Já nervoso, Paulo Sérgio deu a partida em seu carro, mas, quando manobrou o veículo, foi atingido por uma pedrada no pára-brisa. Fora de si, ele desceu do automóvel e partiu em perseguição à moça. Esta se refugiou no interior de um edifício, para onde o zelador não permitiu que Paulo a seguisse. Furioso, Paulo avaliou os danos causados a seu veículo e aguardou vários minutos, na calçada, que a garota voltasse à rua.

Seus acompanhantes procuraram acalmá-lo. Ele ainda teria de cumprir três apresentações, antes que o domingo terminasse. Finalmente, o convenceram a esquecer o incidente e sair dali. Rumaram para uma pizzaria em Moema. Paulo tentou fazer um lanche, mas não conseguiu comer direito. Tinha muita dor de cabeça e nenhum apetite.
A primeira apresentação foi no Grajaú. Quando terminou de cantar, Paulo chamou seu secretário, pedindo a ele que encontrasse uma farmácia e providenciasse comprimidos para sua dor de cabeça, que estava cada vez mais violenta. Ingeriu dois de uma só vez e partiu para Itapecerica da Serra. Mas lá só conseguiu cantar quatro músicas. A sua cabeça latejava dolorosa e implacavelmente e a sua visão estava começando a ficar turva. Ele cambaleou até o camarim. Logo depois, os amigos o encontraram alternando-se entre gemidos e gritos de dor e tendo tremores por todo o corpo. Foi levado até o carro e transportado para o Hospital Piratininga. De lá, o enviaram para o Hospital São Paulo. Quando chegou a este último, já estava em coma. O diagnóstico foi rápido e assustador: Paulo Sérgio tivera um derrame cerebral.
Após as primeiras providências clínicas, Paulo Sérgio foi internado na Unidade de Terapia Intensiva. Teve início assim uma desesperada batalha pela sua sobrevivência. Amigos e parentes foram alertados. Apesar de preocupados, todos, tanto familiares como fãs e equipe médica, estavam confiantes até aquele momento. Afinal, ele era um homem forte, sadio… e com apenas 36 anos. Com esse perfil, todos acreditavam que não havia motivo para que se duvidasse de sua recuperação.
No entanto, mesmo com a equipe médica fazendo tudo que foi possível, seu esforço de nada adiantou. Na manhã de segunda-feira, 28 de julho, os corredores do hospital já estavam repletos de pessoas que queriam ver e saber alguma notícia sobre o estado de Paulo Sérgio. O otimismo já cedia lugar a um certo desespero. Afora os familiares, ninguém mais naquele momento tinha autorização para entrar na UTI, onde ele se encontrava.
As reações de Paulo Sérgio continuavam desfavoráveis. O Dr. Pimenta, chefe da equipe que incansavelmente tentava reabilitar o cantor, após exames minuciosos, revelou aos familiares de Paulo que suas possibilidades de sobrevivência já eram mínimas, quase nulas. Mesmo assim, a luta prosseguia. No hospital, a vigília permanecia continua. Mais uma noite e o estado de saúde de Paulo Sérgio, ao invés de melhorar, se agravou. Às 14 horas e trinta minutos de terça-feira, 29 de julho, foi declarado que já não havia mais nenhuma possibilidade de reversão do seu quadro clínico, de modo que e sua morte clínica definitiva passara a ser apenas uma questão de tempo. Paulo Sérgio já estava praticamente sem vida e apenas os aparelhos mantinham sua respiração e seus batimentos cardíacos. Às vinte horas e trinta minutos, foi anunciado o fim de sua longa e dolorosa agonia. Apesar de todo o esforço feito para salvá-lo, Paulo Sérgio estava morto.
Durante a madrugada e a manhã seguinte o corpo do cantor ficou exposto para visitação no velório do Cemitério de Vila Mariana, em São Paulo. Atendendo ao pedido dos pais de Paulo Sérgio, o seu corpo foi sepultado no Rio de Janeiro. Na capital carioca, o velório ocorreu no Cemitério do Caju. Entre os cantores que prestaram suas últimas homenagens, podemos citar Antônio Marcos, Jerry Adriani, Agnaldo Timóteo e Zé Rodrix

O cantor Roberto Carlos não pôde comparecer ao enterro, mas prestou sua homenagem enviando uma enorme coroa de flores com os seguintes dizeres: “Meu coração está em luto, pois morreu meu grande ídolo”. Às 16 horas do dia 30 de julho (quarta-feira), o seu corpo baixou à sepultura ao som de seu maior sucesso, “Última Canção”. 

No final dos anos 1980, uma nova tecnologia permitiu juntar as vozes de Paulo Sérgio e de seu filho, então com 12 anos. A canção escolhida foi “Quero Ver Você Feliz”, música que Paulo gravou em 1975 em homenagem ao nascimento do filho. Na nova versão, lançada em 1987, o filho responde ao pai com novos versos, incluídos à letra original da canção.
Curiosidades: A última entrevista do cantor foi concedida a um programa de rádio ao comunicador Altieris Barbiero, na Rádio Record de São Paulo. Esta ocorrera dia 11 de julho de 1980, sendo veiculada em 18 de julho de 1980. Curiosamente, o apresentador faz como última pergunta se Paulo Sérgio teria medo da morte. 18 dias depois de gravada a entrevista, Paulo Sérgio falece.





















domingo, 26 de julho de 2015

26 DE JULHO DIA MUNDIAL DOS AVÓS:




VAMOS SABER PORQUE É IMPORTANTE COMEMORAR O DIA DOS AVÓS!



A data 26 de Julho foi escolhida para ser o Dia dos Avós. Neste dia, é comum comprar presentes, fazer visitas ou simplesmente telefonar em sinal de admiração e carinho. Os avós são pessoas muito sábias, respeitadas por toda família e que estiveram presentes em momentos importantes das vidas dos seus netos, por isso merecem ser parabenizados.




Embora o perfil dos avós tenha se modernizado com o passar do tempo, eles continuam ocupando papel essencial na criação e na formação dos netos. Os vovôs e as vovós são grandes companhias do dia a dia, afinal, eles transmitem suas experiências de vida através dos conselhos e cativam com muitos dengos e mimos os netos.




A vovó sofreu grandes influências do mundo moderno, por isso, ela não é mais aquela idosa de antigamente, que assistia programas de culinária na TV ou ficava fazendo tricô o dia todo. O mesmo se emprega ao vovô, que não se dedica mais a tarefas ultrapassadas. Os avôs modernos estão acessando a internet, fazendo viagens em grupo, indo aos bailes da terceira idade, dançando em grupos populares e até mesmo frequentando aulas de hidroginástica.

Apesar de apresentar interesses diferentes, os avôs do século XXI continuam recebendo homenagens dos seus netos todos os anos no dia 26 de julho. Esta data comemorativa tem origem antiga e foi inspirada nos avós de Jesus Cristo, pais da virgem Maria.

ORIGEM E SIGNIFICADO DO DIA DOS AVÓS

O dia 26 de julho foi escolhido como Dia dos Avós em homenagem a Santa Ana e São Joaquim. Ao longo do tempo, a data já passou por várias mudanças, mas foi o Papa Paulo VI que determinou que a data para celebrar o dia mundial dos avós seria 26 de julho. Em razão disso, Santa Ana e São Joaquim se tornaram padroeiros dos avós. É comum muitas pessoas orarem e pedirem para que os pais de Maria intercedam pelos vovôs e pelas vovós, principalmente aqueles que estão doentes ou abandonados.


   HISTÓRIA DE SANT'ANA E JOAQUIM:

De acordo com os relatos históricos da palestina, Ana nasceu em Belém na Judéia e casou-se com Joaquim da cidade de Nazaré na Galiléia, ambos eram descendentes de Davi. Joaquim era pastor e recebeu a importante função de fornecer os cordeiros que seriam usados nos sacrifícios do Templo de Jerusalém. Passou-se o tempo e o casal não tiveram filhos. Certa vez, Joaquim ouviu zombarias sobre a esterilidade de seu casamento referindo a sua esposa que era estéril, ficando proibido de fornecer animais para a festa da páscoa no Templo, pois a ausência de filhos em uma família era considerada uma maldição, segundo a tradição judaica. Diante da humilhação dos homens e não considerando a sua própria condição de idoso, Joaquim resolveu retira-se para o deserto e se recolheu em quarenta dias de jejum e orações, suplicando a Deus que lhe concedesse a benção dos filhos, pois muito queria um descendente. Durante este tempo, Ana enche-se de preocupação pelo desaparecimento de seu marido. E lançando o olhar sobre um ninho repleto de novos passarinhos, mergulha em desespero, e orando a Deus clama entre lágrimas: “Por que vim ao mundo, Senhor? Ó Deus de meus pais, abençoa-me e ouve as minhas orações, como abençoaste nossa mãe Sarah, dando-lhe o seu filho Isaac. Ai de mim, quem me gerou e que ventre me concebeu, nasci maldita aos olhos dos filhos de Israel. Fui encomendada por injurias. Até quando zombarão de mim e vão querer me expulsar do templo do Senhor meu Deus".

Neste momento, um anjo aparece-lhe e transmite a feliz notícia: “Deus ouviu suas preces e em breve tu conceberás uma menina a quem darás o nome de Maria”. Em meio a suas orações, Joaquim é avisado por um anjo sobre o milagre e retorna para casa. Mas ao chegar ao Portão da cidade de Jerusalém, Joaquim encontra sua esposa e o casal, Joaquim e Ana correm um ao encontro do outro, e contam a novidade anunciada pelo Anjo.

De fato, conforme o Senhor Deus lhes prometera, deste casal nasce Maria que será a mãe do divino Salvador prometido. De acordo com a história judaica, Maria nasceu na antiga cidade de Jerusalém, no local do seu nascimento fora construída uma igreja que, por sua simplicidade, não atrai a atenção de muitos estrangeiros, inclusive chegando a passar despercebidos de muitos peregrinos que passavam pela Terra Santa. A Igreja é denominada de Sant'Ana, e está erguida desde o século IV, a qual testemunha durante os séculos o local onde Maria nasceu e viveu ao lado dos seus pais, Joaquim e Ana. Devido ao privilégio de serem pais de Nossa Senhora, Sant' Ana e São Joaquim tornaram-se os padroeiros dos avós e das pessoas em idade mais avançadas. Sua festa, na Igreja cristã é comemorada no dia 26 de julho. Apesar da velhice o casal Joaquim e Ana entrou para a história da Salvação como os avós de Jesus.


Nossos primeiros avós, Joaquim e Ana fazem parte de uma longa corrente que transmitiu sua fé e o amor a Deus, no calor da família, até Maria, que acolheu em seu seio o Filho de Deus e o ofereceu ao mundo e a cada um de nós. Vemos aqui o valor precioso da família como lugar privilegiado para transmitir a fé! Olhando para o ambiente familiar, queria destacar uma coisa: como os avós são importantes na vida familiar para comunicar o patrimônio de humanidade e de fé que é essencial para qualquer sociedade! Por isso que é importante o encontro e o diálogo entre gerações, principalmente dentro da família. De fato, não existe futuro individual ou social se não descobrimos o valor do encontro entre as gerações mais jovens e as mais idosas. Comemorar o dia dos avós, a partir dos ensinamentos de Ana e Joaquim, significa dar atenção à vida no seu sentido mais abrangente, como passado e futuro num encontro sempre atual, na perspectiva que nos é aberto pelo caminho da fé!


Exposições de fotografias referentes ao tema abordado:



































sábado, 25 de julho de 2015

85 ANOS DO ASSASSINATO DO PRESIDENTE JOÃO PESSOA



Neste 26 de Julho de 2015, completa-se 85 anos da morte do Presidente da Parahyba, João Pessoa Cavalcanti de Albuquerque. No texto abaixo, relatos da biografia de João Pessoa, seu assassinato no Recife, o apelido João Cancela e o famoso telegrama do Nego.




● Nasceu em Umbuzeiro, interior do estado da Paraíba, no dia 24 de Janeiro de 1878. O presidente da Paraíba era sobrinho do então ex-presidente da República Epitácio Pessoa e sobrinho-neto do Barão de Lucena, que era presidente da província de Pernambuco durante o Império e Ministro da Fazenda do governo de Deodoro da Fonseca.
● Em 1895, João Pessoa ingressou na Escola Militar da Praia Vermelha, no Rio de Janeiro, mas não concluiu seu curso.
● Em 1899, matriculou-se na Faculdade de Direito de Recife, por onde se formou como Bacharel em Direito no ano de 1904.
● Em 1909, transferiu-se para o Rio de Janeiro, trabalhando como advogado no Ministério da Fazenda e na Marinha.
● Em Julho de 1919, três meses após a posse de Epitácio Pessoa na Presidência, foi nomeado ministro do Supremo Tribunal Militar (STM).
● Na década de 1920, atuou como juiz nos processos movidos contra os envolvidos nos levantes tenentistas então deflagrados, destacando-se sempre pelo rigor contra os acusados.
● Foi Ministro Civil do Superior Tribunal Militar, do qual aposentou para se candidatar a Presidente do estado da Paraíba.
● Em 1928, elegeu-se presidente do Estado da Paraíba. Nesse cargo, promoveu uma reforma na estrutura político-administrativa do estado e, para enfrentar as dificuldades financeiras, instituiu à tributação sobre o comércio realizado entre o interior paraibano e o porto de Recife, até então livre de imposto.
● Nessa época a Paraíba era o maior exportador de algodão do Brasil, mas quem recebia os impostos era o governo de Pernambuco, por isso que João Pessoa colocou porteiras em todas as estradas da Paraíba que davam acesso ao porto do Recife para que o produto do algodão só saísse do estado mediante o pagamento dos seus impostos devidos, o que lhe valeu o apelido de João Cancela por parte dos fazendeiros/coronéis do interior do estado. Essa medida contribuiu para o saneamento financeiro do estado, mas gerou grande descontentamento entre os fazendeiros do interior, como o coronel José Pereira Lima, chefe político do município de Princesa e com forte influência sobre a política estadual.
● Negou o seu apoio ao candidato oficial à presidência da República Júlio Prestes, em 29 de Julho de 1929, e aceitou convite para ser o candidato à vice-presidente na chapa oposicionista da Aliança Liberal, articulada pelos estados de Minas Gerais e Rio Grande do Sul e encabeçada pelo gaúcho Getúlio Vargas, vista as eleições de 1 de Março de 1930.
● Realizado o pleito, a chapa oposicionista foi derrotada e o coronel José Pereira, que apoiava Júlio Prestes, iniciou uma revolta em Princesa contra o governo estadual, sendo apoiado pelo governo federal. Ao mesmo tempo, ganhava força no interior da Aliança Liberal a proposta de deposição de Washington Luís através de um movimento armado.
● João Pessoa rejeitou essa solução. Sua preocupação concentrava-se, nesse momento, no combate à Revolta de Princesa. Nesse sentido, ordenou que a polícia paraibana invadisse escritórios e residências de pessoas suspeitas de receptar armamentos destinados aos rebeldes.
● Numa dessas invasões, na residência de João Dantas, aliado de José Pereira, foram encontradas cartas íntimas trocadas entre Dantas e sua amante a professora Anaíde Beiriz. As cartas foram publicadas pela imprensa alinhada ao governo estadual, provocando grande escândalo na sociedade paraibana.
● Dias depois, em viagem a Recife, João Pessoa foi assassinado na capital pernambucana, no centro do Recife, na Rua Nova, precisamente na confeitaria Glória, no dia 26 de Julho de 1930, com dois tiros desferidos por João Duarte Dantas que era jornalista e aliado do coronel José Pereira Lima.


● O assassinato provocou forte comoção no País. 
Os líderes da Aliança Liberal trasladaram o corpo para o Rio de Janeiro, onde foi enterrado em meio a grande manifestação popular.

● Nas cidades por onde passou, o cortejo fúnebre foi alvo de manifestações semelhantes. Tal clima contribuiu para que os preparativos revolucionários se acelerassem, resultando na deposição de Washington Luís, em outubro, e na ascensão de Vargas ao poder, no mês seguinte.



● Em setembro de 1930, a capital paraibana, até então denominada cidade da Paraíba, foi rebatizada com seu nome.
● Ainda hoje, o seu legado histórico desperta certa polêmica, inclusive o nome da capital da Paraíba. Os defensores de João Pessoa alegam que ele foi um combatente das oligarquias locais e se contrapunha a interesses de grupos tradicionais, embora ele mesmo proviesse de família de oligarcas.
● O seu governo foi apenas dois anos de mandato, ou seja, de 1928 a 1930. Ele promoveu uma reforma na estrutura política administrativa do estado e, para enfrentar as dificuldades financeiras instituiu a tributação sobre o comércio realizado entre o interior paraibano e o porto do Recife, até então livre de impostos. Essa medida contribuiu para o saneamento financeiro do estado, mas gerou descontentamento entre os fazendeiros do interior, a exemplo o coronel José Pereira Lima, chefe político do município de Princesa Isabel, alto sertão do estado da Paraíba e com forte influência sobre a política estadual.
● A cidade de João Pessoa é assim denominada em sua memória. Antes chamada Paraíba – mesmo nome do Estado, a capital teve o seu nome alterado, logo após o assassinato de João Pessoa, episódio considerado o estopim da Revolução de 1930, que levou a Getúlio Vargas ao cargo de presidente da República do Brasil.
● Naquele período, foram perseguidos e mortos muitos opositores ao grupo político do qual as pessoas faziam parte. O momento de exceção em que se deu a homenagem, entre outras razões, justificaria, segundo alguns pessoenses, a discussão sobre uma nova alteração na denominação da cidade.
CONTEÚDO DO FAMOSO TELEGRAMA DO 'NEGO":
"Paraíba, 29-julho-1929

Deputado Tavares Cavalcanti: Reunido o diretório do partido, sob minha presidência política, resolveu unanimemente não apoiar a candidatura do eminente Sr. Júlio Prestes à sucessão presidencial da República. Peço comunicar essa solução ao líder da Maioria, em resposta à sua consulta sobre a atitude da Paraíba.
Queira transmitir aos demais membros da bancada essa deliberação do Partido que conto, todos apoiarão, com a solidariedade sempre assegurada.
Saudações: João Pessoa, Presidente do Estado da Paraíba.








sexta-feira, 24 de julho de 2015

25 DE JULHO - DIA NACIONAL DO ESCRITOR

Como Surgiu?



 

O Dia do Escritor surgiu após a realização do I Festival do Escritor Brasileiro, promovido pela UBE - União Brasileira de Escritores, que fora realizado no dia 25 de julho de 1960, e contou com a organização dos célebres escritores, presidente João Peregrino Júnior e do vice-presidente, escritor Jorge Amado.  No entanto, o grande sucesso do evento foi primordial para que, por intermédio de um decreto governamental, a data fosse instituída através de decreto federal com a finalidade de celebrar a importância do profissional das letras, profissão que, infelizmente, nem sempre tem sua relevância reconhecida.

Projetos de Leitura:

 

O Brasil conta com mais de trinta projetos de incentivo à leitura, bem como diversas bibliotecas públicas e com acervos riquíssimos. O Plano Nacional do Livro e Leitura é um dos projetos mais importantes no meio literário, pois, ele oferece apoio a novos escritores, defende os direitos autorais, investem em traduções, além de outros benefícios para os Escritores e para a literatura brasileira como um todo.

Tipos de Textos:



Existem diversos tipos de textos e produções literárias, sendo textos científicos, textos literários, que se dividem em romances, comédias, suspenses, poemas, poesias, biografias, músicas, novelas, cordel, infantis, histórias em quadrinhos e muitos outros tipos. A literatura divide-se em tantas formas que é impossível não conseguir encontrar algo que lhe satisfaça e seja parecido com os seus gostos.

O que é escrever? 


Escrever é uma liberação da mente, pois, escrevendo, damos asas aos nossos pensamentos e à nossa criatividade, sem encontrarmos limites no tempo nem no espaço. Um escritor não precisa ter a missão de salvar o mundo, mas deve carregar a responsabilidade de ser honesto consigo mesmo e com os outros, pois um dia seus escritos podem ser lidos por alguém, formados de opiniões. Quando lemos, nossa imaginação nos leva ao mundo da fantasia e dos sonhos, onde podemos ser o que quisermos. Experimente!


O mundo virtual:


Hoje em dia, os escritores tem tido muitas dificuldades na publicação de seus livros, pois, com o advento da internet e das redes sociais, os livros perderam espaço em meio aos jovens e as crianças. É necessário então, buscar novos meios de se manter a literatura viva nas novas gerações e permear a necessidade de se ler livros.



Séculos de Histórias:



Com pouco mais de quinhentos anos de história, a Literatura Brasileira, se comparada à tradição literária europeia, por exemplo, ainda é jovem, mas nem por isso menos rica e interessante. Dos primeiros cronistas à literatura contemporânea, oferece uma diversidade de autores que representam os mais variados gêneros, muitos internacionalmente reconhecidos. Em verso e prosa, os escritores brasileiros representam e defendem a identidade cultural do país, fazendo da palavra a matéria-prima de sua arte. Por meio de pensamentos, sentimentos e opiniões, provocam nos leitores diferentes emoções, fazendo rir, chorar, recordar e refletir.



O que é um bom escritor?



São aqueles que proporcionam voos ao céu com os pés no chão, propiciam navegar por todos os mares do mundo e até aqueles que nunca foram vistos. No Dia do Escritor deve-se enaltecer toda a criatividade e inteligência daqueles que colocam todos em contato com novas culturas, novas vidas e novos mundos. Dia de agradecer àqueles que contam histórias para dormir, histórias para refletir, histórias que fazem acordar para a vida. Seja fantasia, seja real, não há segredo, um bom livro pode mudar toda uma vida!


Maiores Escritores da Literatura Brasileiros:


A Literatura Brasileira é extremante rica e diversificada. Existem escritores para todos os gostos e histórias para todos os corações. Confira os maiores escritores do Brasil e transforme a sua vida através da leitura.


Aluísio Azevedo, São Luis, Maranhão (1857-1913)
Álvaro de Azevedo, São Paulo (1831-1852)
Ariano Suassuna, Paraíba (1927-2014)
Carlos Drummond Andrade, Minas Gerais (1902-1987)
Castro Alves, Salvador, Bahia (1847-1871)
Cecília Meireles, Rio de Janeiro (1901-1964)
Érico Veríssimo, Rio Grande do Sul (1905-1975)
Euclides da Cunha, Rio de Janeiro (1866-1909)
Gonçalves Dias, São Luis, Maranhão (1823-1864)
Graciliano Ramos, Alagoas, Sergipe (1892-1953)
Guimarães Rosas, Minas Gerais ( 1908-1967)
Jorge Amado, Salvador, Bahia (1912-2001)
José de Alencar, Ceará, Fortaleza (1820-1877)
José Lins do Rêgo, Paraíba (1901-1957)
Machado de Assis, Rio de Janeiro (1839-1908)
Manuel Bandeira, Recife, Pernambuco (1886-1968)
Mário de Andrade, São Paulo (1893-1945)
Mário Quintana, Porto Alegre (1933-2014)
Monteiro Lobato, São Paulo (1882-1948)
Nelson Rodrigues, Recife, Pernambuco (1912-1980)
Oswaldo de Andrade, São Paulo (1890-1954)
Raquel de Queiroz, Ceará, Fortaleza ( 1910-2003)
Rubens Alves, Minas Gerais (1933-2014)
Vinicius de Morais, Rio de Janeiro (1913-1980)