Matérias:


CONTEXTUALIZAÇÃO DO CARNAVAL

Professor Tadeu Patrício - Ano - 2000

Neste texto vamos conhecer como se desenvolveu a maior festa popular da humanidade que já foi denonimada de Agrários, Saturnália, Carne-levare, Entrudo, Pervertidos e hoje chama-se Carnaval.

"A máscara é um dos principais símbolos do carnaval"
"A máscara era usada pelos foliões como um desface aos maus espíritos"


1. SUA ORIGEM:


Na antiguidade existiu uma festa popular denominada de AGRÁRIOS que era desenvolvida pelos povos pagãos. De acordo com pesquisadores há registros que indicam que esta festa ocorreu por volta de 8.000 anos a.C. Desde então corpos e rostos eram pintados de cinzas, carvão e outras tintas extraídas das plantas para que homens e mulheres se pintassem. Também se enfeitavam com máscaras, peles de animais e penas de aves domésticos e selvagens para participarem do culto chamado de AGRÁRIOS onde se celebrava a fartura da agricultura. Seus participantes percorriam em cortejos por vilas e cidades do mundo antigo, batucando e provocando um grande alarido, mela-mela em todos que encontravam pela frente. Neste culto de louvor dedicado as forças sobrenaturais, acreditavam que a algazarra e a gritaria serviam para espantar os maus espíritos, os demônios existentes para poderem alcançar prosperidade.


"O Maior Bloco Carnavalesco do Mundo é o Galo da Madrugada - Recife/PE"

"Como antigamente, o povo escolhe um símbolo e sai percorrendo as ruas e vilas de suas cidades"

"A pintura no corpo é uma marca do carnaval desde a antiguidade"

2. CARNAVAL EM ROMA:

Os romanos eram politeístas adoravam vários deuses, um deles chamava-se Saturno, deus da agricultura, e nos dias dedicados a ele havia música, danças, alegria, bebedeira, comilança, máscaras, mela-mela e libertinagem. Os romanos se apossaram desta cultural antiga e uniram parte dos rituais dos cultos agrários às festas saturnais que tinham o mesmo objetivo, sendo orgíacas por natureza. Durante os festejos as regras sociais e as restrições morais eram liberadas. Todas as atividades de trabalhos eram suspensas e até os escravos podiam participar da brincadeira.


"Assim como nas Festas Saturnálias de Roma, a nudez e sensualidade são elementos marcante no carnaval"

Segundo o historiador inglês Richard Courtney “Os romanos quando realizavam a festa da saturnália, escolhia entre seu povo um soldado que era eleito rei momo. E durante 30 dias se festejava, percorrendo em cortejo (multidão) por vilas e cidades. No final da festa ele era sacrificado com a morte no altar do deus saturno”.
"A Fantasia é uma criação humana desde o Culto Agrária dos povos pagãos, cerca de 8.000 antes de Cristo"


"A Figura do Rei Mono surgiu na Festa de Saturnália ainda na Roma Antiga"

3 . CARNAVAL NA GRÉCIA:

"Cortejo carnavalesco ao monumneto Acrópole de Atenas - Grécia"

Podemos observar que na Grécia antiga também havia uma festa semelhante a esta festa romana, quando nas comemorações consagradas ao deus Dionísio, denominado pelos gregos de deus das árvores, dos frutos (da uva), do vinho, da embriaguez e do entusiasmo, em sentido material e espiritual de transe e do êxtase, tornando a festa uma verdadeira orgia. Nas festas saturnálias, denominação dada pelos romanos aos festejos pagãos desde período, onde se acendiam fogueiras em louvor ao sol, a lua, a chuva, pedindo sempre o seu retorno.


"Altar das oferendas ao deus Dionísio"

Neste festejo pagão os homens se transformavam e se transfiguravam com as suas máscaras, fantasias e revestidos de peles de animais e penas de aves. À noite, os homens se reuniam sob a luz de tochas e fogueiras promovendo grandes alaridos acompanhados de muita música com sons de batuques, flautas e outros instrumentos musicais. Nesse ritual era costume sacrificar um animal cujo corpo era despedaçado, devorando a carne pelo povo presentes no festejo. Em seguida percorriam em cortejo as principais vilas e ruas das cidades gregas.






"O carnaval na Grécia"

4. CARNAVAL NA IDADE MÉDIA:
 
         Na Idade Média as festas realizadas pelos povos pagãos chamadas de AGRÁRIOS E SATURNÁLIA sofreram modificações e com o passar dos tempos foram denominadas de CARNAVAL, palavra originária do latim que significa “CARNE LEVARE”, ou seja: “Levar a carne por vilas e ruas do antigo mundo”. Desde então o carnaval é uma festa muito popular, quer dizer, é um festejo do povo para o povo, marcado por entusiasmo, alegria, batuques, muita bebida, nudez, fantasias, máscaras, mela-mela e libertinagem. É uma festa que tem uma força cósmica, que dá ênfase, sobretudo as categorias mais abrangentes, sem preconceitos, onde o branco se mistura com o preto, o rico com o pobre, a vida em oposição à morte, a alegria em oposição à tristeza. Mas aqui também não se pode dizer que a estrutura não se faça presente. De fato o Carnaval acabou sendo definido como “Período preparatório da penitência e arrependimento do homem em seus pecados.” Enquanto que a Quaresma é um ciclo onde o comportamento do homem deve ser marcado por jejum e pela abstinência da carne, onde os excessos da humanidade devem ser controlados.
         Mesmo o carnaval sendo uma festa de origem profana e não religiosa, é curioso observamos que a sua existência é mais evidente em países onde a maioria da população é católica. O Ciclo carnavalesco tem início logo após o dia 06 de janeiro quando se comemora a visita dos três reis magos ao menino Jesus na manjedoura em Belém e vai até a semana santa finalizando no domingo de Páscoa.
         Na idade média após o Dia de Reis, dava-se início ao festejo carnavalesco, onde os participantes como na antiguidade ficavam com o rosto pintado de cinzas ou carvão, e com muito entusiasmo, havia alegria, batuques, bebedeiras, nudez, fantasias, máscaras, mela-mela e libertinagem.  Após a quarta-feira de cinzas começava a QUARESMA para os católicos, ocasião em que o representante dessa igreja, o Papa anuncia uma grande mensagem de prosperidade e fraternidade entre todos os homens. E passando sete semanas dar-se início a Páscoa, grande festa cristã, conhecida como semana santa.
         Durante vários anos governantes e os Papas Tertuliano, Cipriano e Inocêncio II, tentaram acabar com a festa do Carnaval, desordem por causa da violência, das imoralidades, da falta de respeito e da generalizada pelo povo em torno desse festejo carnavalesco, mas não tiveram êxito. Durante o Ministério de Inocêncio II a igreja finalmente conseguiu reformular os dias do carnaval diminuindo de 30 dias para apenas 01 dia de folia. A maioria dos países adeptos a esta manifestação popular, começam a brincar no sábado chamado sábado de Zé Pereira e vai até a terça-feira de carnaval, porém apenas um dia na semana (terça-feira) é considerado feriado pelo calendário mundial. Desde então,  estabeleceu um calendário para a realização da festa do carnaval. E a partir de então foi divulgado por toda Europa. Apenas na Inglaterra o povo queria que tudo fosse permitido como era antes, mas como eles não respeitavam ninguém, nem mesmo os templos religiosos, o Rei da Inglaterra e o Bispo da Igreja Católica, por volta de 1643 proibiram por vários anos a realização do carnaval naquele país.
Em todo mundo o carnaval sempre foi marcado pela presença de música, danças, nudez, fantasias, máscaras, entusiasmo, embriaguez que contribuíam tanto para a impunidade, como para a necessidade, o desejo de extravasar o interior do homem sem identificá-lo.
Hoje no carnaval podemos observar ainda a presença de bonecos gigantes, papangus, resquícios tradicionais do período medieval onde tinha como objetivo espantar o medo que tinham dos demônios e monstros.
Na península Ibérica, ou seja, Portugal e Espanha, o carnaval era denominado de ENTRUDO, palavra de origem do latim que significa: PERVERTIDOS tendo características bastantes “Pervertidas”, pelo fato dos foliões lançarem ovos uns contra os outros, e outras coisas podres. Era o famoso mela-mela, característica marcante nos carnavais antigos e também nos carnavais do Brasil.
  
5. A CHEGADA DO CARNAVAL NO BRASIL:
 
No Brasil o carnaval chega com esta denominação a FESTA DO ENTRUDO que fora trazido pelos nossos colonizadores europeus ainda no século XVI. A festa era apreciada até pelos membros da família real, sendo Dom Pedro I e Dom Pedro II grandes foliões entusiastas.


"O Prefeito da cidade entrega a chave aos cuidados do Rei Momo"
"O Rei e a Rainha do carnaval escolhidos pelo povo"
"O Rei Momo vencedor do curcuso do carnaval 2012"
No início o carnaval tinha uma mistura de ritmos europeus, mesclados aos ritmos nativos e africanos. Ao longo dos anos o carnaval chegado da Europa foi se transformando ao estilo da cultura brasileira. Hoje o carnaval se manifesta em diversas formas conforme as regiões brasileiras.

"Nossa Tradicional Batucada"

"Rainha da Bateria da Escola de Samba Beija-Flor"

6. O CARNAVAL É DENOMINADO A FESTA DO ENTRUDO:
 
As danças mais freqüentes da época colonial eram as polcas, valsas, tangos, quadrilhas, que eram danças de salão da aristocracia européia. Posteriormente surgiram novos ritmos com a formação da cultura indígena, negra e do homem branco, a exemplo as danças do maxixe, o samba, o frevo, o macaratu, a capoeira, o coco de roda, a ciranda, afoxé, fricote, axé. E a partir dos anos 50 novas ritmos foram sendo incorporados à cultura brasileira. É evidente que muito desses ritmos incorporados à cultura nacional acabou influenciando a formação de novas gerações, lembrando que muitos ritmos que chegam ao Brasil têm muito lixo cultural, e muito desse lixo cultural acaba sendo imposto pela mídia, através de grupos de empresários que impõem a sociedade um tipo de dança e música, que estimula a nossa juventude esquecer a sua identidade cultural que é uma das mais ricas do mundo. Vejam a baixo expressões musicais de nossa identidade cultural. Valorize o que é nosso


"Orquestra de Frevo de Recife"
"O Frevo é a principal expressão do carnaval de Permambuco!"
"Orquestra de Frevo Feminina de Pernambuco"

"A sombrinha é o principal elemento do frevo"

E viva o carnaval tradicional brasileiro esquecido dos poderes públicos e da grande mídia.
Pesquisa do Professor Tadeu Patricio.


UFPB e TCE-PB assinam convênio com vista a fiscalizar qualidade dos gastos na educação

24 fevereiro, 2012 04:22 PM | Cabedelo, Educação, Slider.


UFPB e TCE-PB: Convênio vai estabelecer critérios para rejeitar a prestação de contas das prefeituras e do governo do Estado quando esses entes não oferecerem ensino fundamental e médio de qualidade.
Tão importante quanto fiscalizar o valor dos gastos na educação é termos um instrumento de controle da qualidade desses gastos para que a sociedade possa exigir um melhor nível do ensino oferecido pelas prefeituras e pelo governo do Estado na Paraíba. Nesse sentido o reitor da UFPB, Prof. Rômulo Polari e o Presidente do TCE-PB firmaram um convênio no dia 13/02/2012, a fim de estabelecer critérios para rejeitar a prestação de contas das prefeituras e do governo do Estado quando esses entes não oferecerem ensino fundamental e médio de qualidade. Caberá à UFPB, a partir de uma comissão de cursos envolvidos, estabelecer os critérios de qualidade dos gastos no ensino público da Paraíba, no prazo máximo de um ano, a contar da data de assinatura do convênio. Tais critérios ao serem adotados pelo TCE permitirão o controle da eficiência dos gastos públicos na educação enquanto princípio constitucional. Portanto, os critérios de qualidade dos gastos na educação precisam existir para se fazer cumprir o princípio da eficiência. Esses critérios também poderão ser usados pelo poder legislativo e pela sociedade civil organizada nas fases de discussão e aprovação das leis orçamentárias, assim como nas ações de controle social dos gastos públicos na educação.
Atualmente o TCE analisa o montante gasto pelas prefeituras e pelo Estado na educação, verificando apenas o percentual legal mínimo de vinte e cinco por cento das receitas tributárias como manda a Constituição. A qualidade desses gastos realmente é duvidosa e se reflete nos indicadores desenvolvimento da educação em nosso Estado. Temos o exemplo do município de Cabedelo que, segundo dados do próprio TCE-PB, utilizou em 2007 parte dos recursos destinados à educação em gastos com o corpo da guarda municipal daquele município, uma vez que o gestor entendeu que a vigilância dos prédios escolares do município de Cabedelo fazia parte dos gastos com a educação. Situações como essas tenderão a ser coibidas quando os órgãos de controle estatal e a sociedade civil organizada obtiverem parâmetros de qualidade para os gastos na educação. Nesse sentido, a iniciativa da Universidade Federal da Paraíba é de suma importância e poderá ser utilizada para orientar os gastos públicos em outras áreas como os gastos na saúde.
A universidade, a partir do seu potencial de produção e difusão de conhecimento científico e tecnológico, tem muito a contribuir para que a sociedade civil organizada e os órgãos de controle estatais possam exigir dos municípios e do Estado melhor qualidade dos gastos que devem estar sempre vinculados a políticas públicas para o desenvolvimento social e econômico da Paraíba.
Por Ernesto Luiz Batista Filho

Cordel que deixou Rede Globo e Pedro Bial indignados - Leia e Reflita! 

Antonio Barreto, nasceu nas caatingas do sertão baiano, Santa Bárbara - Bahia-Brasil.
1. Professor, poeta e cordelista. Amante da cultura popular, dos livros, da natureza, da poesia e das pessoas que vieram ao Planeta Azul para evoluir espiritualmente.
2. Graduado em Letras Vernáculas e pós graduado em Psicopedagogia e Literatura Brasileira.
Seu terceiro livro de poemas, Flores de Umburana, foi publicado em dezembro de 2006 pelo Selo Letras da Bahia.
3. Vários trabalhos em jornais, revistas e antologias, tendo publicado aproximadamente 100 folhetos de cordel abordando temas ligados à Educação, problemas sociais, futebol, humor e pesquisa, além de vários títulos ainda inéditos.

Antonio Barreto também compõe músicas na temática regional: toadas, xotes e baiões.
.


Autor: Antonio Barreto,
Cordelista natural de Santa Bárbara-BA, residente em Salvador.
 


BIG BROTHER BRASIL UM PROGRAMA IMBECIL:

I
Curtir o Pedro Bial
E sentir tanta alegria
É sinal de que você
O mau-gosto aprecia
Dá valor ao que é banal
É preguiçoso mental
E adora baixaria.


II
Há muito tempo não vejo
Um programa tão 'fuleiro'
Produzido pela Globo
Visando Ibope e dinheiro
Que além de alienar
Vai por certo atrofiar
A mente do brasileiro.



III
Me refiro ao brasileiro
Que está em formação
E precisa evoluir
Através da Educação
Mas se torna um refém
Iletrado, 'zé-ninguém'
Um escravo da ilusão.


IV
Em frente à televisão
Longe da realidade
Onde a bobagem fervilha
Não sabendo essa gente
Desprovida e inocente
Desta enorme 'armadilha'.


V
Cuidado, Pedro Bial
Chega de esculhambação
Respeite o trabalhador
Dessa sofrida Nação
Deixe de chamar de heróis
Essas girls e esses boys
Que têm cara de bundão.


VI
O seu pai e a sua mãe,
Querido Pedro Bial,
São verdadeiros heróis
E merecem nosso aval
Pois tiveram que lutar
Pra manter e te educar
Com esforço especial.


VII
Muitos já se sentem mal
Com seu discurso vazio.
Pessoas inteligentes
Se enchem de calafrio
Porque quando você fala
A sua palavra é bala
A ferir o nosso brio.


VIII
Um país como Brasil
Carente de educação
Precisa de gente grande
Para dar boa lição
Mas você na rede Globo
Faz esse papel de bobo
Enganando a Nação.


IX
Respeite, Pedro Bienal
Nosso povo brasileiro
Que acorda de madrugada
E trabalha o dia inteiro
Da muito duro, anda rouco
Paga impostos, ganha pouco:
Povo HERÓI, povo guerreiro.


X
Enquanto a sociedade
Neste momento atual
Se preocupa com a crise
Econômica e social
Você precisa entender
Que queremos aprender
Algo sério - não banal.


XI
Esse programa da Globo
Vem nos mostrar sem engano
Que tudo que ali ocorre
Parece um zoológico humano
Onde impera a esperteza
A malandragem, a baixeza:
Um cenário sub-humano.


XII
A moral e a inteligência
Não são mais valorizadas.
Os "heróis" protagonizam
Um mundo de palhaçadas
Sem critério e sem ética
Em que vaidade e estética
São muito mais que louvadas.


XIII
Não se vê força poética
Nem projeto educativo.
Um mar de vulgaridade
Já tornou-se imperativo.
O que se vê realmente
É um programa deprimente
Sem nenhum objetivo.


XIV
Talvez haja objetivo
"professor", Pedro Bial
O que vocês tão querendo
É injetar o banal
Deseducando o Brasil
Nesse Big Brother vil
De lavagem cerebral.


XV
Isso é um desserviço
Mal exemplo à juventude
Que precisa de esperança
Educação e atitude
Porém a mediocridade
Unida à banalidade
Faz com que ninguém estude.


XVI
É grande o constrangimento
De pessoas confinadas
Num espaço luxuoso
Curtindo todas baladas:
Corpos "belos" na piscina
A gastar adrenalina:
Nesse mar de palhaçadas.


XVII
Se a intenção da Globo
É de nos "emburrecer"
Deixando o povo demente
Refém do seu poder:
Pois saiba que a exceção
(Amantes da educação)
Vai contestar a valer.


XVIII
A você, Pedro Bial
Um mercador da ilusão
Junto a poderosa Globo
Que conduz nossa Nação
Eu lhe peço esse favor:
Reflita no seu labor
E escute seu coração.


XIX
E vocês caros irmãos
Que estão nessa cegueira
Não façam mais ligações
Apoiando essa besteira.
Não deem sua grana à Globo
Isso é papel de bobo:
Fujam dessa baboseira.


XX
E quando chegar ao fim
Desse Big Brother vil
Que em nada contribui
Para o povo varonil
Ninguém vai sentir saudade:
Quem lucra é a sociedade
Do nosso querido Brasil.


XXI
E saiba, caro leitor
Que nós somos os culpados
Porque sai do nosso bolso
Esses milhões desejados
Que são ligações diárias
Bastante desnecessárias
Pra esses desocupados.


XXII
A loja do BBB
Vendendo só porcaria
Enganando muita gente
Que logo se contagia
Com tanta futilidade
Um mar de vulgaridade
Que nunca terá valia.


XXIII
Chega de vulgaridade
E apelo sexual.
Não somos só futebol,
baixaria e carnaval.
Queremos Educação
E também evolução
No mundo espiritual.


XXIV
Cadê a cidadania
Dos nossos educadores
Dos alunos, dos políticos
Poetas, trabalhadores?
Seremos sempre enganados
e vamos ficar calados
diante de enganadores?


XXV
Barreto termina assim
Alertando ao Bial:
Reveja logo esse equívoco
Reaja à força do mal.
Eleve o seu coração
Tomando uma decisão
Ou então: siga, animal.

FIM 




A ORIGEM DO NOME FAVELA


Conheça um pouco desta história.....
       Se você não sabe a origem da palavra FAVELA, então dê uma lida abaixo e passe a saber tudo sobre o assunto.
       Também há explicações sobre a origem dos nomes das favelas. Por que Mangueira ou Vidigal.  Baita aula!!!

Favela no Rio de Janeiro com o Cristo Redentor ao Fundo

Você já parou para pensar qual o motivo de chamarmos os bairros pobres e sem infraestrutura de "FAVELAS"? Eu sempre achei que fosse um nome indígena ou qualquer coisa assim,mas a história é bem mais interessante que isto.
O origem do nome "FAVELA" remete a um fato marcante ocorrido no Brasil na passagem do século XIX para o século XX: a Guerra de Canudos.
Na Caatinga nordestina, é muito comum uma planta espinhenta e extremamente resistente chamada "FAVELA".

Planta que produz óleo comestível e combustível

Entre 1896 e 1897, liderados por Antônio Conselheiro, milhares de sertanejos cansados da humilhação e dificuldades de sobrevivência num Nordeste tomado de latifúndios improdutivos e secas, criam a cidadela de Canudos, no interior da Bahia, revoltando-se contra a situação calamitosa em que viviam.
Mapa da Região de Canudos - Bahia
Em Canudos, muitos sertanejos se instalaram nos arredores do "MORRO DA FAVELA", batizado em homenagem a esta planta.
Estátua de Antonio Conselheiro olha pela Nova Canudos.
A cidade original foi alagada para a construção de um Açude

Morro da Favela na época da Guerra de Canudos


Morro da Favela onde aconteceu a Guerra de Canudos, atualmente.

Com medo de que a revolta minasse as bases da República recém instaurada, foi realizado um verdadeiro massacre em Canudos, com milhares de mortes, torturas e estupros em massa, num dos mais negros episódios da história militar brasileira, feito com maciço apoio popular.
Quando os soldados republicanos voltaram ao Rio de Janeiro, deixaram de receber seus soldos, e por falta de condições de vida mais digna, instalaram-se em casas de madeira sem nenhuma infraestrutura em  morros da cidade (o primeiro local foi o atual "Morro da Providência"), ao qual passaram a chamar de "FAVELA", relembrando as péssimas condições que encontraram em Canudos.
Morro da Providência em foto antiga. Onde tudo começou...

Morro da Providência no Rio de Janeiro, atualmente
Este tipo de sub-moradia já era utilizado a alguns anos pelos escravos libertos, que sem condições financeiras de viver nas cidades, passaram também a habitar as encostas. O termo pegou e todos estes agrupamentos passaram a chamar-se FAVELAS.
Mas existem vários "MITOS" sobre as Favelas que precisam ser avaliados...

01 - Costumamos achar que as maiores Favelas do mundo encontram-se no Brasil, mas é um engano. Nenhuma comunidade brasileira aparece entre as 30 maiores do Mundo. México, Colômbia, Peru e Venezuela lideram o Ranking, em mais um triste recorde para a América Latina.





Vista aérea da Favela de NEZA, nas proximidades da Cidade do México
A Maior Favela do Mundo com mais de 2,5 milhões e meio de habitantes

02 - Outro engano comum é achar que as Favelas são um fenômeno "terceiro-mundista", restrito a países subdesenvolvidos ou emergentes. Apesar de em quantidade bem menor, países desenvolvidos como Espanha também tem suas Favelas, chamadas por lá de "Chabolas".

Chabolas Madrileñas, as Favelas Espanholas

03 - E um terceiro mito é o de que as Favelas apenas aumentam, não importa o que o governo faça...A especulação imobiliária e planos governamentais já acabaram com algumas favelas, mesmo no Rio de Janeiro. O caso mais famoso é o da Favela da Catacumba, ao lado da Lagoa Rodrigo de Freitas, que foi extinta em 1970. A Favela do Pinto também é um outro exemplo...

Favela da Catacumba na Década de 60. Hoje, parque e prédios de luxo
Dizia-se que no local existiu um Cemitério Indígena. 

ORIGEM DOS NOMES DE ALGUMAS FAVELAS DO RJ 

Vista do Morro da Babilônia com Corcovado ao fundo

Babilônia:

A vegetação exuberante e a vista privilegiada de Copacabana levou os moradores a compararem o local com os "Jardins Suspensos da Babilônia".


Favela da Rocinha - Rio de Janeiro
Rocinha:
 
Nos anos 30, após a crise da Bolsa de 1929 que levou vários produtores de café à bancarrota, o  terreno da Fazenda Quebra-Cangalha foi invadido e dividido em pequenas chácaras, que vendiam sua produção na Praça Santos Dumont, responsável pelo abastecimento de toda a Zona Sul da cidade. Quando os clientes perguntavam de onde vinham os legumes, diziam: "-É de uma tal Rocinha lá no Alto da Gávea"

Morro da Mangueira - Rio de Janeiro

Mangueira:

Nos anos 40, na entrada da trilha de subida do Morro, que na época ainda era coberto pela mata, foi colocada uma placa que dizia: "Em breve neste local, Fábrica de Chápeus Mangueira". A fábrica nunca foi construída, mas a placa permaneceu, batizando uma das mais emblemáticas comunidades cariocas.



Morro do Vidigal - Rio de Janeiro

Vidigal:

Em homenagem ao dono original do terreno onde hoje se localiza a Favela, o Major Miguel Nunes Vidigal, figura muito influente durante o Império.