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Santa Catarina nasceu em Alexandria, principal cidade do Egito antigo. Era
filha do ilustre Rei Costus e de D. Sabinela, nobres descendentes diretos dos
reis e governadores do país! A pequena Catarina era dotada de uma beleza
incomparável, porém destacava-se pelo seu espírito alegre e despojado.
Desde muito cedo demonstrou uma inteligência clara e brilhante; teve como
mestres os sábios de Alexandria e, tão rápidos foram seus progressos, que aos
13 anos era mestra das sete artes: oratória, poesia, música, dança, plástica, escultura e arquitetura.
Quando Catarina estava com 15 anos, o Rei Costus, seu pai, faleceu e assim foi
com sua mãe para as montanhas das Cilícia, vivendo assim uma temporada de descobertas.
Durante aquele tempo conheceu Ananias, um velho sacerdote amável e
comunicativo. Ananias transmitiu a Catarina os mistérios do Cristianismo. Dona
Sabinela, já era cristã batizada, e desejava o mesmo para a sua filha, além de
um bom casamento que trouxesse segurança e proteção.
Numa determinada noite, mãe e filha, tiveram um sonho bastante significativo no
qual a Santíssima Virgem Maria apresentava o Menino Jesus a Catarina, e este,
tomando da mão de Catarina, coloca em seu dedo um anel de ouro, anel de
compromisso. Maria pede a Catarina que seja batizada. Quando Catarina desperta
do sono percebe o anel em seu dedo! Desejosa em cumprir o que prometera em
sonho, Catarina procura ainda mais, instruir-se nas verdades da fé, e, assim
sendo, recebe o Santo Batismo. Dona Sabinela e a filha confiaram o reino a um
governador e voltaram à Alexandria.
Com a morte de sua mãe, Catarina transforma sua residência num lar de acolhida
e escola de formação Cristã. A nossa jovem, tendo apenas 18 anos, é capaz de confundir
os maiores filósofos de Alexandria e arredores. Catarina é testemunho de fé e
vida incontáveis para os que a seguem, e nela encontram as repostas das
verdades do evangelho de Jesus Cristo!
O Imperador Maximiano
havia decretado uma perseguição aos cristãos e sua doutrina, tendo Conhecimento
e sabedor do grande preparo de Catarina, prometeu um prêmio ao filósofo que
conseguisse afastar a jovem da religião Cristã. Numa discussão pública, para a
qual Catarina foi convidada, tudo fizeram para desorientá-la. Ela porém,
iluminada pelo Espírito Santo, respondeu-lhes com tanta clareza e sabedoria que
os próprios filósofos abandonaram a missão.
Surpreendido pelo êxito inesperado da discussão pública, o imperador procurou,
por todos os meios, arrancar Catarina do Cristianismo. Adulações e promessas de
fazê-la imperatriz: tudo em vão!
Com soberano desdém, a jovem repeliu as ofertas do Imperador, declarando-se
esposa de Cristo. Catarina foi lançada em um cárcere escuro, onde ficou doze
dias. Quando saiu de lá estava mais bela do que nunca; seus olhos eram como
fachos de luz e sua pele alva estava reluzente.
Nossa jovem mártir é entregue aos algozes, condenada ao martírio da roda. No
momento em que ia ser estendida sobre a roda, Catarina traçou o sinal da cruz e
a roda despedaçou-se imediatamente. Este milagre fez com que o povo rendesse
louvor ao Deus dos Cristãos e a própria Imperatriz confessasse a sua fé no
Filho de Deus. Cada vez mais irritado e enfurecido, Maximiano, percebendo que
todos os seus esforços eram em vão, pronunciou a sentença de morte e mandou
levá-la ao lugar do suplício. Após uma oração de louvor e súplica e
agradecimento ao Deus verdadeiro. Catarina foi decapitada e de suas veias saiu
leite ao invés de sangue!
Seu corpo foi levado
ao Monte Sinai, onde a sepultaram. Dizem que os próprios anjos levaram seu
corpo! Mais tarde sobre sua sepultura foi construído um convento, que ainda
hoje existe, e é habitado por monges gregos.
Santa Catarina de Alexandria, por seu grande saber, é padroeira dos estudantes,
filósofos e juristas, e com muito orgulho, a padroeira do Estado de Santa
Catarina.
Em Cabedelo, a sua
imagem chegou no século XVIII, após partida dos holandês do Nordeste
brasileiro. A imagem foi trazida pelos irmãos lusitanos da cidade de Viena do
Castelo para a Fortaleza de Santa Catarina, oriundo distrito português
pertencente à província tradicional do Minho, que se limita a norte e a leste
com a Espanha, a sul com o Distrito de Braga e a oeste com o oceano Atlântico
caminhos dos navegantes portugueses até o litoral paraibano a península de
Cabedelo no estado da Paraíba.
Observação: Pesquisa em andamento (Tadeu Patrício)
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