DIA DO MÚSICO EM CABEDELO NÃO HÁ O QUE COMEMORAR!
Associados do MUSIPOC em momentos descontração no Forte.
Tadeu Patrício e Banda Os Raulzitos com o Show Baú do Raul.
O Movimento de Música Popular de Cabedelo – MUSIPOC, parabenizar todos os músicos, em especial os músicos de Cabedelo por esta data tão importante no calendário cultural (22 de Novembro) DIA INTERNACIONAL DO MÚSICO.
Mas de acordo com o músico Tadeu Patrício, infelizmente não temos nada a comemorar em Cabedelo, referindo-se a falta de apoio a cultura popular e aos músicos. Pois não há um projeto de cultura que incentive, valorize a categoria de músico. Pelo contrário, nossos músicos têm ficado de fora das programações dos eventos promovidos pela Prefeitura de Cabedelo. Temos que ir tocar em outras cidades para mostrar no trabalho e receber nossos cachês. Quando somos lembrados por aqui é para tocar gratuitamente.
Como é notório, a prefeitura em Cabedelo, só tem contrato nesses últimos anos "bandas bifes de forró de plástico” para enganar nossa população, juventude e impor a sociedade cabedelense um "produto musical" que é lixo cultural, meramente modismo.
Considero as letras dessas músicas uma afronta a poesia nacional, a grande maioria delas desvalorizam a escrita poética, desestimula a juventude que deixa de ouvir uma música de qualidade com letra mais inteligente para está ouvindo esta poluição sonora de músicas com termos pejorativos. E por causa dessa "modismo musical" crianças e jovens passam a ter vergonha de ouvir uma música bem mais elaborada com letras mais crítica e romântica. "Todo povo tem a cultura que a ele é proporcionado - Gilberto Gil".
Hoje em dia são poucos os compositores que seguem a linha de criar uma letra com mais qualidade poética, porque o mercado, as gravadoras exigem a profanação da poesia musical, infelizmente. Onde estão as autoridades desse país que não põem um limite nesse mercado? Não é voltar a ditadura, mas a sociedade precisa de regras e as rádios assumirem a sua responsabilidade social. Afinal elas só estão no ar porque existem uma concessão pública.
O que tenho ouvido e visto por ai é muita coisa ruim, desde a musicalidade até a plasticidade dos shows com uma cenotécnica que querem vender a falsa ilusão de um mega espetáculo de som e luz, um troca-troca de figurinos das dançarinas de plantão sem nenhuma proposta cultural sintonizada com a nossa cultura brasileira ou mesmo regional.
É bom lembrar que essas bandas eletrônicas desde “gavião despenado até rapadura sem mel”, elas têm que dizer o seu próprio nome para ser identificadas pelo seu público. Você já ouviu algum artista da cultura popular brasileira ou mesmo regional, dizer seu próprio nome na música? Claro que não! Onde está a identidade musical dessas bandas que se utilizada desse meio para serem identificadas?
Já fazem mais de uma década que a Prefeitura Municipal de Cabedelo não tem contratado artistas nesse nível com trabalho comprometido com a nossa cultura popular brasileiro. Não já está na hora da comunidade cobrar tal mudança? Estamos às vésperas do centenário do aniversário do grande MESTRE LUIZ GONZAGA REI DO BAIÃO, 13 de Dezembro de 2011, nada melhor para presentear a população de Cabedelo no dia 12 de Dezembro, quando se comemora a Festa da Emancipação Política do Município, trazendo artistas como o paraibano Zé Ramalho, ou mesmo Alcymar Monteiro, Flávio José, Raimundo Fagner, Gilberto Gil, Elba Ramalho, para se apresentar aqui na terrinha. Pois estes artistas consagrados nacionalmente tem um maravilhoso repertório e eclético para todos os gostos, lembrando que eles tem em seus repertórios músicas do Mestre Lua.
Parece-me que a desinformação cultural vagueia nos gabinetes daqueles que não tem nenhuma sensibilidade para arte e cultura, ou seja, o critério é a “tara mesmo”, certamente pra esses comandantes da política local, seja mais sugestivo ou agradável flertar as pernas, bundas e belezas das dançarinas do que apreciar o talento e a arte musical.
Infelizmente aqui em Cabedelo tem sido o contrário do que pensa o prefeito de João Pessoa, que tem dado todo apoio aos projetos dos músicos do seu município. É um exemplo de zelo pela coisa pública e respeito aos músicos. Não se pode negar o que é fato, acho que Luciano Agra é um grande prefeito e tem praticado a justiça social. Em todos os cantos da capital tem obra de sua administração, principalmente na cultura. Cultura não pode ser vista como elemento de despesa, mas como investimento de cidadania, de inclusão social. Afirmou Tadeu Patrício.
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