Taperoá/PB, terra dos
meus avós, Afonso Correia, Júlia Correia e da minha família pelo lado materno! Tenho orgulho dos ilustres artistas desta terra que são raízes do meu cariri paraibano, a exemplo, o
poeta Zé Vicente que pude conhecer pessoalmente; Abdias Farias (Fole 8 Baixo); Fubá de Taperoá (Cantor de Forró das décadas de 60 e 70); Zito Borborema (Cantor de Trio Forró Pé de Serra, onde também tocava triângulo e pandeiro destacou-se por ser um grande ritmista); Vital Farias e Ariano Suassuna dispensa comentários e Balduíno Lélis, que aos seus
81 ANOS: Uma vida dedicada à memória do povo paraibano.
Balduíno Lélis, filho de Taperoá/PB |
Balduíno Lélis, paraibano, nascido em Taperoá no
coração do semiário do Cariri Paraibano, dedicou sua vida à Cultura,
Arqueologia, Paleontologia e a Preservação da Memória do Povo Paraibano,
concluiu apenas o primário na escola Dona Antonia Lélis na sua cidade natal.
Autodidata, aprendeu a falar Espanhol, Frances e Italiano e Merrime (Kanella)
língua indígena (domínio para conversação).
Durante sua vida profissional tornou referência
no país e no mundo, quando citado pela Enciclopédia Britânica pela relevância
das pesquisas por ele realizadas sobre a cultura pré-histórica nos sítios
arqueológicos da Itacoatiara do Ingá- PB. Lecionou na Universidade Federal da
Paraíba e do Ceará e na Universidade de Tóquio no Japão, esteve como professor
convidado para ministrar palestras sobre baleias pleistocênicas.
Aos seus oitenta e um anos vivendo na pacata
cidade de Taperoá, deixa um grande legado para a cultura brasileira, onde
pesquisou e implantou 14 museus, chamado pelos “Notáveis” da Paraíba de “O
Senhor Museu”.
Na sua lista de museus estão: Museu Escola e
Sacro da Paraíba, Museu Zoobotânico Arruda Câmara, Museu Epitácio Pessoa – Tribunal
de Justiça da Paraíba, Museu da Terra e do Homem – UNIPÊ, Museu de Augusto dos
Anjos UNIPÊ, Memorial de Humberto Nóbrega UNIPE, Memorial da Energia Cruz do
Peixe JP, Museu Histórico de Monteiro/PB, Museu Nacional dos Carros de Boi em
Monteiro, Memorial de Miguel Guilherme em Sumé, Museu histórico e cultural de
Cabaceira, Museu Nacional do Bode em Cabaceiras, Museu Didático e Antropológico
da FAFI – UFPB.
Nas suas diversas faces é ator, cineasta,
romancista, e artista plástico, nas décadas de 60 e 70 uniu-se a jornalistas,
escritores e estudiosos e fundou: Associação Brasileira de Geógrafos (1962),
União Brasileira de Escritores-Seção da Paraíba (1963) Centro Brasileiro de
Arqueologia (1964), Instituto Paraibano de Genealogia e Heráldica (1970) e
torna-se sócio da: Associação Brasileira de Museologia (1965), da Associação
dos Membros do ICOM -1970. É Imortalizado pela Academia de Letras Municipais do
Brasil e Correspondente do Museu Imperial de Petrópolis, é fundador e Vice
Presidente do Instituto Histórico e Geográfico do Cariri – IHGC com sede em São
João do Cariri onde foi homenageado em vida, dando o seu nome ao museu da
cidade matriarca da região do Cariri Paraibano – Museu Balduíno Lélis .
Como pesquisador e folclorista, conterrâneo e
amigo de Ariano Suassuna, conviveu com ilustres figuras como, o cineasta
baiano, Glaber Rocha, o escritor paraibano José Lins do Rego, o folclorista Rio
Grande do Norte, Luís da Câmara Cascudo, Luiz Almeida, o homem que trouxe a
televisão para o Brasil, o paraibano de Monteiro, Assis Chateaubriand, amigo do
Ministro e governador da Paraíba, José Américo de Almeida, que em 1957 nomeou-o
Promotor Adjunto da Comarca de Taperoá.
Dentre das suas principais pesquisas estão:
Cerâmica Popular da Paraíba, Cerâmica Popular do Ceará - Tabatinga do Aracati
1967, Cerâmica utilitária no Nordeste nos estados da PB, CE, RN, MA, Cerâmica
Indígena do Areeiro, Cerâmica Marajoara Poço do Capim - Ilha de Marajó. Levantamento
das inscrições Rupestre da Paraíba (1965 a 1969), Exumação da área Arqueológica
da pedra do ingá, Auxiliar do Prof° Carlos de Paula Couto – diretor do Museu de
Paleontologia do Museu Nacional - 1962, Ciclo do Couro na Paraíba, Teares de
algodão e bolandeiras do Cariri e Sertão Paraibano, Levantamento folclórico da
Paraíba, Levantamento folclórico - místico e mítico e religioso do Itapicurú
para o Dept° de Antropologia da UFPB, Plantas medicinais usadas no Itapicuri
(colinas), Traços étnicos, familiares sócias folclóricos míticos místicos comportamentais
de colinas – MA, Casa de Farinhas da Paraíba, mandiocas lendas, Pesquisa sobre
o João Redondo – folclore da região canavieira da Paraíba, chefiou a da expedição
Alto Tupy – 1964 pelo instituto de antropologia do Cera –UFCE
Como romancista escreveu ainda não publicado: A
Bota Maldita – Contos Regionais; O Conto dos Contos de Réis; O Causo do Capitão
Tranquilino e o Padre Ananias.
Atuou no primeiro longa metragem rodado na
Paraíba, nos filmes: Fogo Salário da Morte, produção de José Bezerra e Solha. Também
foi dele o papel do Capitão Antonio Silvino no longa “Menino de Engenho”, uma
produção de Glaber Rocha e Walter Lima as mais recentes atuação na sétima arte
são: São Gregório no filme “São Gerônimo” de João Bressane, o Coronel Bezerra
na minissérie o Auto da Compadecida (gravado em Taperoá) e o pai de Padre Rolim
no longa “Um Sonho de Inacim – O aprendiz de Padre Rolim, direção de Eliézer
Rolim”. Fundou também com seus amigos cineastas a Academia Paraibana de Cinema.
E em 1987 diante do êxodo nordestino, cria a
Universidade Leiga do Trabalho em pleno coração do cariri. Onde os ofícios são
repassados de uma geração para outra e ai sim garantir que a cultura do fazer
de hoje e ontem possam acontecer no futuro, hoje a ULT é reconhecida pelo
Ministério da Cultura como Pontão de Cultura que capacita e forma os jovens
como “Guardiões da Memória”
Por esses feitos recebeu menções honrosas e Voto
de louvor da Assembleia Legislativa do Estado da Paraíba, pela colaboração a
cultura da PB de 1969, recebeu menção honrosa da Câmara Municipal de João
Pessoa, pelos relevantes serviços prestados a valorização da cultura, em 1966,
recebeu voto de louvou do Conselho Universitário da UFPB pela implantação do
museu didático da FAFI -1966 e recebeu da Câmara Municipal de João Pessoa pela
implantação do Zoobotancico 1972.
Recebe Honra ao mérito no IV Centenário Paraíba
e na VI noite da Cultura paraibana, e a Medalha Rui Barbosa do congresso dos
Tribunais de Contas do Brasil.
Aos
81 (oitenta) anos completados no último dia 23 de agosto continua se dedicando
as suas pesquisas concentrando suas atividades na criação e implantação do
Museu da “Com Ciência” Nordestina, Memorial que contará os hábitos e costumes
do cotidiano do povo nordestino, que será instalado na cidade de Taperoá sua
Terra Natal.
Grande Tadeu, sempre rememorando gande nomes e boas lembranças. Eu como paraibana, também me orgulho desse nosso povo puramente cultural Parabéns a essa figura, exemplo de jovialidade mental que continua trabalhando em prol da Cultura da nossa terrinha ...Paraíba.
ResponderExcluirps; trazes no sangue essa herança Tadeu!
feliz 20i4 amigo do coração!
bjs de luz!