domingo, 9 de junho de 2013

COMENTÁRIO DE FERNANDO ABATH SOBRE A QUESTÃO DO MEIO AMBIENTE E DA MOBILIDADE URBANA EM CABEDELO




Fernando Abath - Pedagogo

O Diretor da Acica Ernesto Batista está coberto de razão quando fala, não só com a razão, mas também com a sensibilidade de um homem antenado com uma visão holística de sustentabilidade, sobre a necessidade dos cabedelenses e dos paraibanos em geral, perceberem que o diferencial hoje, nas cidades, é a sua qualidade de vida e desenvolvimento com respeito ao meio ambiente. Dizer que Cabedelo precisa do Pet coque para se desenvolver é dar um tiro no pé, ou seja, na sua qualidade de vida. Assim o fazendo Cabedelo perderá o seu diferencial que tem atraído pessoas para nela morarem ou negócios ligados aos serviços e ao comércio, exatamente pela sua qualidade vida. Ampliar uma rodovia para apenas enchê-la de caminhões com a justificativa de desenvolvimento é pensar no umbigo, pois apenas essas duas atividades (pet coque e apoio às empresas cimenteiras) não desenvolverão a cidade. O porto precisa é aprofundar o seu calado, atrair outros investimentos, inclusive navios cruzeiros, buscar parcerias com a CBTU para o escoamento das cargas que passa pelo porto, podendo ainda incentivar e fortalecer as manifestações culturais do município como um grande parceiro; incentivar para que sejam ampliadas as ações da Praia de Jacaré, inclusive incentivando projetos culturais que possibilitem o funcionamento diário do anfiteatro construído naquela comunidade, cujo espaço há anos não vem sendo utilizado por artistas locais.

Cabe neste momento ter um olhar para o parque da Praia de Jacaré, viabilizando um financiamento junto a Caixa Econômica Federal (CEF) e formação do SEBRAE com um programa de empreendedorismo para os artesões, produtores culturais, artistas e "empresários" cabedelenses que já atual no parque, para que esta capacitação possa ampliar o conhecimento, os negócios e o profissionalismo, a exemplo como tem sido feito em Salvador, quando o governo da Bahia tem investido maciçamente no Pelourinho.

Por que não expandir e divulgar a Paixão de Cristo de Cabedelo um projeto que vem sendo realizada pelo GTAAB há 36 anos, cujo espetáculo tem se mantido sem patrocínios significativos?

Por que não criar outro polo cultural no distrito do renascer de modo a oportunizar alternativas socioculturais para aquela comunidade construindo um centro cultural naquele distrito com um parque poliesportivo e uma pista de kart?

Por que não revitalizar o Rio Paraíba de modo a investir em passeios pelo mesmo a partir do Rio Sanhauá em João Pessoa com a construção de piers naquela cidade e outro na Praia do Jacaré retomando o projeto de conclusão do calçadão do parque do jacaré que foi interrompido em 2004 que estava planejado para ter um grande mirante observatório da grande João Pessoa a partir dessa área de jacaré? 

Lançar junto aos empresários editais para ampliar os negócios artístico-culturais como montagens de espetáculos cênicos e de danças para atrair turistas (a exemplo dos grupos Ilê o Ayê e Olodum da Bahia, Intrépida Trupe do Rio de Janeiro, Dragão do Mar do Ceará e Escola Piollin de João Pessoa); 

Transformar a Fortaleza de Santa Catarina num grande centro de turismo de identidade, atrair rede hoteleira, implantar ciclovias e ampliar o transporte público, abrir empreendimentos para venda e serviços ligados ao turismo de identidade cultural nas ruas de acesso a Fortaleza de Santa Catarina, onde todas as casas daquela localidade poderiam ter financiamento da CEF em modelos duplex onde no primeiro andar a família morar confortavelmente e no térreo pudesse desenvolver um negócio voltado a sua vocação profissional como artesanato, gastronomia local, lanchonetes, casas de artes, etc.

 Transformação dos velhos galpões construídos em frente ao cais do porto, em grandes escolas de aprendiz para jovens onde poderiam fazer cursos para o desenvolvimento da grande vocação de Cabedelo, o turismo e a pesca e ainda a produção cultural do município com a formação profissional de jovens aprendizes na área de adereços e figurinos para o carnaval, festejos juninas, festas natalinas e outras festividades revitalizando assim as festas tradicionais do município; cursos de artesanato em coco, osso, escama de peixe; cursos de marcenaria e serralheria; cursos na área da hotelaria, além de outros cursos da vocação natural de Cabedelo. 

Criação do Museu da Memória da Paraíba e de Cabedelo; Retomada da galeria de artes visuais fechada em 2005 pela prefeitura local. Ufa, minha imaginação não para de pensar o quanto Cabedelo pode desenvolver sem se sujar, sem perder o seu encanto e sua qualidade de vida, sem achar que a sua vida passará a ser melhor olhando caminhões poluentes passarem. O que queremos ver passar são as bandas de música com os seus dobrados a nos acalentar.

Enfim, são tantos e tantos outros empreendimentos que Cabedelo pode implantar sem ser o único caminho da suja solução. Um cidadão cabedelense, por opção e amor a cidade.


Fernando Abath Cananéa
Doutorando em Educação/UFPB
Mestre em Educação/UFPB
Especialista em Educação Popular/UFPB
Pedagogo/UFPB
Consultor Pedagógico da Maré Produções Artísticas e Educacionais
Consultor Pedagógico do Projeto de Extensão Arte e Cultura
Catarina/UFPB/PRAC/COEX
Membro do Grupo de Pesquisa em Extensão Popular-PPGE/CE/UFPB
Membro do Laboratório de Estágio Supervisionado-LAES/CE/UFPB











4 comentários:

  1. é incrível a falta de conhecimento e a quantidade de susgestões sem nexo apresentadas neste texto.

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  2. Com vontade política, pode-se fazer um pier para navios passageiros em Jacaré!!!Um VLCC pode fazer um giro naquela área, literalmente falando.

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  3. Vamos ser objetivos ao comentarmos sobre assuntos que sejam pertinentes no nosso dia a dia. Não vamos maquiar a realidade, ou aproveitar o momento que é de todos participarem com um único objetivo de ir contra este projeto caso este com nada contribua no desenvolvimento da cidade.

    Vejo que alguém fala coisas que não condiz com a realidade. Perceba, existe dentre esses comentários, pessoas que nem de longe sabe o que vem ser VLCC, ou seja, simplesmente um navio de grande calado, e de dimensões de mais de trezentos metros, de forma alguma conseguiria, ou consegue fazer alguma manobra nesta área.

    Gente, o momento não é propicio para fazer algo a favor de si próprio. Eu acredito que a hora seja de unirmos forças, de nos mobilizarmos juntamente aqueles que nos representam, e não de atingirmos pessoas, cidadãos que se encontram preocupados com a situação em que se ver a nossa cidade. Deixemos esta ferramenta de mercado para outra hora, vamos arregaçar as mangas das nossas camisas e juntos estudarmos tal questão, explanar para ao menos esclarecidos toda situação.

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  4. Este é um espaço democrático onde as pessoas podem externar as suas idéias, agora lamento a sua falta de coragem para o debate das idéias quando covardemente se esconde atrás de um pseudônimo foleira denominado de politikalhaparaibana. É no mínimo esdrúxulo meu senhor! E ai!

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