Fernando Abath - Pedagogo |
O Diretor da Acica Ernesto
Batista está coberto de razão quando fala, não só com a razão, mas também com a
sensibilidade de um homem antenado com uma visão holística de sustentabilidade,
sobre a necessidade dos cabedelenses e dos paraibanos em geral, perceberem que
o diferencial hoje, nas cidades, é a sua qualidade de vida e desenvolvimento
com respeito ao meio ambiente. Dizer que Cabedelo precisa do Pet coque para se
desenvolver é dar um tiro no pé, ou seja, na sua qualidade de vida. Assim o
fazendo Cabedelo perderá o seu diferencial que tem atraído pessoas para nela
morarem ou negócios ligados aos serviços e ao comércio, exatamente pela sua
qualidade vida. Ampliar uma rodovia para apenas enchê-la de caminhões com a
justificativa de desenvolvimento é pensar no umbigo, pois apenas essas duas
atividades (pet coque e apoio às empresas cimenteiras) não desenvolverão a cidade.
O porto precisa é aprofundar o seu calado, atrair outros investimentos,
inclusive navios cruzeiros, buscar parcerias com a CBTU para o escoamento das
cargas que passa pelo porto, podendo ainda incentivar e fortalecer as
manifestações culturais do município como um grande parceiro; incentivar para
que sejam ampliadas as ações da Praia de Jacaré, inclusive incentivando
projetos culturais que possibilitem o funcionamento diário do anfiteatro
construído naquela comunidade, cujo espaço há anos não vem sendo utilizado por
artistas locais.
Cabe neste momento ter um olhar
para o parque da Praia de Jacaré, viabilizando um financiamento junto a Caixa
Econômica Federal (CEF) e formação do SEBRAE com um programa de
empreendedorismo para os artesões, produtores culturais, artistas e
"empresários" cabedelenses que já atual no parque, para que esta
capacitação possa ampliar o conhecimento, os negócios e o profissionalismo, a
exemplo como tem sido feito em Salvador, quando o governo da Bahia tem
investido maciçamente no Pelourinho.
Por que não expandir e divulgar
a Paixão de Cristo de Cabedelo um projeto que vem sendo realizada pelo GTAAB há
36 anos, cujo espetáculo tem se mantido sem patrocínios significativos?
Por que não criar outro polo
cultural no distrito do renascer de modo a oportunizar alternativas
socioculturais para aquela comunidade construindo um centro cultural naquele
distrito com um parque poliesportivo e uma pista de kart?
Por que não revitalizar o Rio
Paraíba de modo a investir em passeios pelo mesmo a partir do Rio Sanhauá em
João Pessoa com a construção de piers naquela cidade e outro na Praia do Jacaré
retomando o projeto de conclusão do calçadão do parque do jacaré que foi
interrompido em 2004 que estava planejado para ter um grande mirante
observatório da grande João Pessoa a partir dessa área de jacaré?
Lançar
junto aos empresários editais para ampliar os negócios artístico-culturais como
montagens de espetáculos cênicos e de danças para atrair turistas (a exemplo
dos grupos Ilê o Ayê e Olodum da Bahia, Intrépida Trupe do Rio de Janeiro,
Dragão do Mar do Ceará e Escola Piollin de João Pessoa);
Transformar a
Fortaleza de Santa Catarina num grande centro de turismo de identidade, atrair
rede hoteleira, implantar ciclovias e ampliar o transporte público, abrir
empreendimentos para venda e serviços ligados ao turismo de identidade cultural
nas ruas de acesso a Fortaleza de Santa Catarina, onde todas as casas daquela
localidade poderiam ter financiamento da CEF em modelos duplex onde no primeiro
andar a família morar confortavelmente e no térreo pudesse desenvolver um
negócio voltado a sua vocação profissional como artesanato, gastronomia local,
lanchonetes, casas de artes, etc.
Transformação
dos velhos galpões construídos em frente ao cais do porto, em grandes escolas
de aprendiz para jovens onde poderiam fazer cursos para o desenvolvimento da
grande vocação de Cabedelo, o turismo e a pesca e ainda a produção cultural do
município com a formação profissional de jovens aprendizes na área de adereços
e figurinos para o carnaval, festejos juninas, festas natalinas e outras
festividades revitalizando assim as festas tradicionais do município;
cursos de artesanato em coco, osso, escama de peixe; cursos de marcenaria e
serralheria; cursos na área da hotelaria, além de outros cursos da vocação
natural de Cabedelo.
Criação do
Museu da Memória da Paraíba e de Cabedelo; Retomada da galeria de artes visuais
fechada em 2005 pela prefeitura local. Ufa, minha imaginação não para de pensar
o quanto Cabedelo pode desenvolver sem se sujar, sem perder o seu encanto e sua
qualidade de vida, sem achar que a sua vida passará a ser melhor olhando
caminhões poluentes passarem. O que queremos ver passar são as bandas de música
com os seus dobrados a nos acalentar.
Enfim, são tantos
e tantos outros empreendimentos que Cabedelo pode implantar sem ser o único
caminho da suja solução. Um cidadão cabedelense, por opção e amor a
cidade.
Fernando Abath Cananéa
Doutorando em Educação/UFPB
Mestre em Educação/UFPB
Especialista em Educação
Popular/UFPB
Pedagogo/UFPB
Consultor Pedagógico da Maré Produções Artísticas e Educacionais
Consultor Pedagógico da Maré Produções Artísticas e Educacionais
Consultor Pedagógico do Projeto de
Extensão Arte e Cultura
Catarina/UFPB/PRAC/COEX
Membro do Grupo de Pesquisa em Extensão Popular-PPGE/CE/UFPB
Membro do Grupo de Pesquisa em Extensão Popular-PPGE/CE/UFPB
Membro do Laboratório de Estágio
Supervisionado-LAES/CE/UFPB
é incrível a falta de conhecimento e a quantidade de susgestões sem nexo apresentadas neste texto.
ResponderExcluirCom vontade política, pode-se fazer um pier para navios passageiros em Jacaré!!!Um VLCC pode fazer um giro naquela área, literalmente falando.
ResponderExcluirVamos ser objetivos ao comentarmos sobre assuntos que sejam pertinentes no nosso dia a dia. Não vamos maquiar a realidade, ou aproveitar o momento que é de todos participarem com um único objetivo de ir contra este projeto caso este com nada contribua no desenvolvimento da cidade.
ResponderExcluirVejo que alguém fala coisas que não condiz com a realidade. Perceba, existe dentre esses comentários, pessoas que nem de longe sabe o que vem ser VLCC, ou seja, simplesmente um navio de grande calado, e de dimensões de mais de trezentos metros, de forma alguma conseguiria, ou consegue fazer alguma manobra nesta área.
Gente, o momento não é propicio para fazer algo a favor de si próprio. Eu acredito que a hora seja de unirmos forças, de nos mobilizarmos juntamente aqueles que nos representam, e não de atingirmos pessoas, cidadãos que se encontram preocupados com a situação em que se ver a nossa cidade. Deixemos esta ferramenta de mercado para outra hora, vamos arregaçar as mangas das nossas camisas e juntos estudarmos tal questão, explanar para ao menos esclarecidos toda situação.
Este é um espaço democrático onde as pessoas podem externar as suas idéias, agora lamento a sua falta de coragem para o debate das idéias quando covardemente se esconde atrás de um pseudônimo foleira denominado de politikalhaparaibana. É no mínimo esdrúxulo meu senhor! E ai!
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