domingo, 11 de março de 2012

PAPO IRREAL COM CHICO CÉSAR

Um servidor encontra Chico César na entrada da Secretaria de Cultura, em João Pessoa. Mira o secretário simpaticamente e o cumprimenta:
- Bom dia, secretário.
- Não sei. Vou consultar o governador e somente depois me pronunciarei.
- O servidor demonstra preocupação e põe-se à disposição do cantor-secretário.
- "Insistentemente perguntou o servidor:" Está tudo bem, secretário?
- "Novamente respondeu o secretário": Não sei. Vou consultar o governador e somente depois me pronunciarei.
- Submisso e pouco eficiente como secretário, Chico César ainda não disse a que veio, em pouco mais de um ano na função. Pior: sairá sem deixar sua marca. Ainda pior: deixará uma marca negativa junto à classe artística. Como secretário, Chico é um bom cantor e compositor....



PONTOS NEGATIVOS:

- A gestão de Chico César é marcada por três pontos negativos: 1. Falta de dinheiro para projetos; 2. Falta de poder para decisão; 3. Falta de diálogo com os artistas;

Redação:Jãmarri Nogueira.


 UM PEDAÇINHO DA HISTÓRIA DO CHICO CÉSAR:

Na terra de Ariano Suassuna, Sivuca e Jackson do Pandeiro não há dúvida do carinho que a Paraíba tem por Francisco Cesár Gonçalves, o Chico César, nascido em Catolé do Rocha, no dia 26 de Janeiro de 1964. De origem humilde, filho de agricultor, cujo Pai também era Mestre de Cultura Popular (Boi-de-Reis), o menino Chico se encantou pela cultura popular desde cedo, ainda no seu torrão quando trilhava pelos caminhos da vida do homem do campo ajudava a família na roça. Depois foi flertado pela música quando trabalhou numa loja que vendia disco (LP) na cidade de Catolé do Rocha, Sertão da Paraíba, alí foi o começo de tudo isso, disse Chico.

Ninguém tem dúvida do seu talento quanto compositor, instrumentista e cantor. Ele é maravilhoso no palco, já assisti vários shows e vejo como Chico evolui quanto artista (criador de arte) desde a década de 80 quando ainda era integrante do Grupo Jaguaribe Carne liderado pelos irmãos Pedro Osmar e Paulo Ró. O conheço desde  a época que morava na Casa do Estudante, situada na Rua da Areia, centro da capital e quando frequentava o Departamento de Cultura instalado no Grupo Thomás Mindello, Centro da Capital, coordenado pelo saudoso Raimundo Nonato.

Os Irmãos Pedro Osmar e Paulo Ró

Show do Grupo Jaguaribe Carne
Certa vez, Chico foi contratado pelo Departamento de Cultura da Prefeitura Municipal de João Pessoa, para fazer apresentações artísticas em algumas escolas da capital. Nesse show Chico César se apresentava com violão e voz,  o qual foi prestigeado por mim e pela amiga Gracinha Amaro. Ficamos animados para trazê-lo a Cabedelo e darmos uma contribuição à cultura local. Para isto, contamos com a colaboração do professor Altimar Pimentel (in-memória), amigo pessoal do Ex-Conferente do Porto de Cabedelo, Raimundo Nonato (in-memória) que era na época o administrador do Departamento de Cultura do Município de João Pessoa. O show aconteceu na Escola Estadual José Guedes Cavalcanti, no horário da manhã e tarde, em meados de 1982. Naquela época desfrutávamos dos sonhos da liberdade da juventude e Chico Cesár era um garotão com seus dezoitos anos, já nos encorajava com seus poemas polêmicos e encantava a todos com seu talento e sua música de vanguarda.





Na época Chico César era estudante do Curso de Jornalismo da Universidade Federal da Paraíba. E após concluir o curso partiu para São Paulo em 1985 na busca de outros horizontes. Lá trabalhou como jornalista e revisor de texto. Nas horas vagas foi estudar música e aperfeiçou-se em violão, passou a compor mais, multiplicando as suas composições e foi dando as suas palhinhas e formando um público na cidade de São Paulo. Então formou a banda Cuscuz Clã que passou a apresentar-se em casas noturnas da noite paulista a exemplo: Blen Blen Club.

Grupo Cuscuz Clã


Em 1991, foi convidado para fazer uma turnê pela Alemanha, e o sucesso na Europa deixou o músico tão entusiasmado que resolveu parar por um tempo a profissão de jornalismo passando a dedicar-se somente a sua carreira artística que tinha uma boa repercussão internacional. Infelizmente o seu reconhecimento aqui no Brasil só veio por conta do belo trabalho desenvolvido na carreira internacional.




Em 1995, lançou seu primeiro disco intitulado - Aos Vivos e o seu primeiro livro Cantáteis, Cantos Elegíacos de Amizade, publicado pelo editora Garamond. Em maio de 2009 foi convidado pelo Prefeito Ricardo Vieira Coutinho para assumir a Presidência da Fundação Cultural de João Pessoa - Funjope, onde colocou a sua marca da valorização dos artistas paraibanos e o respeito as manifestações da cultura popular. Em janeiro de 2010 foi novamente convidado pelo Governador Ricardo Vieira Coutinho, desta vez  para assumir a récem criada Secretaria de Cultura do Estado.



Redação: Tadeu Patrício.







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